Rio de Janeiro: Vídeo conta a história do Quilombo das Guerreiras

 

“Mulheres Guerreiras”, vídeo produzido pelo coletivo “Pela Moradia” homenageia e conta a história do “Ocupação sem-teto Quilombo das Guerreiras”. Um coletivo que ocupou um prédio abandonado há vinte anos, e que durante sete anos resistiu à especulação imobiliária na região portuária, mostrando ser possível viver coletivamente em um modelo de autogestão e organização que prioriza as relações sociais e o apoio mútuo.

Favela 247

Após ser ocupado um prédio na Avenida Francisco Bicalho, 49, região portuária do Rio de Janeiro, serviu por mais de sete anos como espaço para a prática do convívio e construção coletiva e modelo de autogestão. No espaço, abandonado há vinte anos, obras de melhorias foram realizadas, e delas surgiram cozinha, biblioteca, espaço de festa e de aula. Tudo construídos com o trabalho de um grupo de mulheres sem-teto que, em 2006, ocupou o prédio. Sozinhas elas revitalizaram esse espaço. Com parceiros, foram capazes de alfabetizar jovens e adultos, de organizar projetos de reforço escolar e levar o cinema aos seus moradores.

Mas toda essa experiência e construção não resistiram ao modelo de revitalização pensado pelo município do Rio. Com o avanço das obras do Porto Maravilha a especulação imobiliária cresceu e a “Ocupação sem-teto Quilombo das Guerreiras” foi removida do local. Entretanto elas continuam organizadas, agora, como Coletivo de Moradores do Quilombo das Guerreiras. Exigindo moradia coletiva, garantida pela prefeitura.

Em homenagem a essa história de resistência, reorganização social e luta o coletivo Pela Moradia, que denuncia violações e presta apoio à luta popular pelo direito à moradia, gravou o vídeo Mulheres Guerreiras, uma homenagem a essas mulheres que não desistam da luta e buscam os seus direitos de ocupar e viver da forma que sonham e desejam. Realizado por Gui Morais, Luiza Colombo e Matheus Grandi, o filme conta com depoimentos dos antigos moradores da ocupação e traz imagens do espaço no ato da chegada do coletivo e após a sua organização.

Assista abaixo ao vídeo na íntegra.

 

 

Fonte: Combate Racismo Ambiental

 

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