Parte da torcida do Lokomotiv de Moscou levou ao estádio faixas de cunho racista em que agradeciam ao clube inglês West Brom por ter contratado o atacante nigeriano Peter Odemwingie.
Uma das faixas tinha o desenho de uma banana, em uma suposta alusão racista ao termo “macaco”, e a frase “Obrigado, West Brom”. Outra mensagem dizia: “Peter, obrigado por não estar mais conosco”.
A Rússia é candidata a sediar a Copa do Mundo de 2018 ou 2022 e alguns governantes disseram que o fato pode atrapalhar a candidatura.
Hugh Robertson, ministro dos esportes da Inglaterra, lamentou o ocorrido. A Rússia é tida como a grande concorrente da Inglaterra na disputada para sediar a Copa do Mundo de 2018.
“O racismo não tem lugar no futebol ou nos esportes em geral. Se houver uma evidência de que isso de fato ocorreu, eu espero que as autoridades competentes ajam com dureza”, disse ao jornal inglês “The Sun”.
Já Kevin Miles, dirigente da Federação dos Torcedores de Futebol da Inglaterra, foi mais enfático.
“Não sei como um país com esse tipo de preconceito pode ser seriamente considerado apto para sediar uma Copa do Mundo”.
Após o incidente, alguns representantes russos tentaram negar qualquer tipo de manifestação racista, dizendo que os cartazes eram uma brincadeira de criança.
“Não vejo motivos para dramatizar isso. Na Rússia, “tomar uma banana” é uma gíria para ir mal em uma prova, e o Odemwingie era criticado por suas performances”, disse um porta-voz da embaixada da Rússia em Londres.
Acusações deste tipo não são novidade na Rússia. Em 2008, durante a Copa da Uefa, Ronald Zubar, Andre Ayew e Charles Kabhore, do Olympique de Marselha, foram hostilizados por torcedores do Zenit, de São Petersburgo.
Peter Odemwingie fez sua estreia pelo West Brom marcando o gol da vitória do time.
Fonte: Folha.com
