Segundo Kevin-Prince Boateng, o racismo é uma doença igual à Malária. O jogador do Milan afirmou que a prática é uma “doença perigosa” e que deve ser repudiada pelas autoridades.
“Houve momentos em minha vida em que eu não queria enfrentar o problema. Tentei ignorá-lo como se fosse uma dor de cabeça que, mais cedo ou mais tarde, vai embora. Eu só tinha que esperar”, disse em reunião da ONU em Genebra.
“Isso, no entanto, é uma ilusão. Ele não vai desaparecer por si só. Nós temos o dever de enfrentar o racismo e para combatê-lo”, ressaltou.
“O conceito de ‘racista’ pouco não existe. Não há quantidades toleráveis de racismo. É inaceitável, independentemente de onde ele acontece ou a forma que ele leva”, disse.
“Quando eu jogava para Gana, eu aprendi a lutar contra a malária. Eu acho que o racismo e a malária têm muito em comum”, alertou.
“Estádios de futebol, como em outros lugares, estão cheios de jovens. Se não lutarmos contra a estagnação, muitos dos que são saudáveis, hoje, podem ser infectados com uma das doenças mais perigosas do nosso tempo”, afirmou.
“É tão importante para enfrentar o racismo hoje como era no passado. Temos de encontrar inspiração daqueles que arriscaram suas vidas para a causa”, lembrou.
“Estou convencido de que seria um erro fatal de acreditar que podemos lutar contra o racismo, ignorando-o e esperando que ele vai embora como uma dor de cabeça. Isso não vai acontecer”, finalizou.
Fonte: Goal