Três anos sem Marielle Franco

Era uma quarta-feira, 14/03, jantávamos em um pequeno restaurante em Salvador depois de um dia intenso de atividades no Fórum Social Mundial que em sua 13ª edição, em 2018, acontecia naquela cidade, na Universidade Federal da Bahia. Na tv do restaurante o Jornal Nacional noticiou: A vereadora Marielle Franco foi assassinada à tiros, quando saía de uma atividade na Casa das Pretas, região central do Rio de Janeiro.

Um reboliço se instalou em nossa mesa. As pessoas alí presentes (defensoras e defensores de Direitos Humanos), passados alguns minutos de torpor, algumas já chorando, levantavam-se para correr para o aeroporto e ir para o Rio de Janeiro.

Foi assim que recebi a notícia da morte de Marielle Franco e de Anderson Gomes. Eu não conheci Marielle Franco pessoalmente, tinha essa expectativa pois, em abril daquele fatídico ano, participaríamos de um evento organizado pela ALARI – Afro-Latin American Research Institute, na Universidade de Harvard, sobre Racismo e Movimentos Negros no Brasil, onde eu representaria o Geledés-Instituto da Mulher Negra numa mesa para discorrer sobre Movimentos Sociais e Estado e ela estaria lá na mesa sobre Direito à biodiversidade, à cidade e a outras territorialidades.¹

Hoje, passados três anos da morte de Marielle Franco, sem que tenhamos respostas para as perguntas: “Quem mandou matar Marielle? Qual a motivação do crime? pensei escrever sobre esse brutal assassinato sob a minha perspectiva, neste pequeno relato.

A dica de leitura para hoje é UPP – A redução da favela à três letras: Uma análise da política de segurança pública do Estado do Rio de Janeiro (Marielle Franco – UFF).

#MariellePresente
#QuemMandouMatarMarielleFranco
#3anossemrespostas
#MarielleVive
#JustiçaporMarielleEAnderson


¹Universidade de Harvard recebe evento sobre racismo e movimentos negros no Brasil – Uneafro Brasil

Maria Sylvia de Oliveira – Presidenta de Geledés-Instituto da Mulher Negra

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