Mulheres ainda se dividem entre a casa e o trabalho, aponta o IBGE

Mesmo cada vez mais inseridas no mercado de trabalho, as mulheres ainda realizam afazeres domésticos. Do total de mulheres ocupadas, 87,9% cuidam deste tipo de tarefa. Já entre os homens, 46,1% realizam atividades domésticas.

Fonte: Folha Online

Ao longo da semana, as mulheres dedicam, em média, 20,9 horas para cuidar da casa. Os homens gastam menos da metade disso: 9,2 horas semanais. Os dados fazem parte da Síntese dos Indicadores Sociais 2009, feita com base em dados da Pnad 2008 (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios).

 

“Além das pressões exercidas pelo trabalho e da constante necessidade de qualificação profissional, a maioria das mulheres ocupadas ainda tem que se comprometer com a realização das atividades domésticas, principalmente, quando não contam com a ajuda dos homens”, assinala o relatório divulgado nesta sexta-feira pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

 

Entre 1998 e 2008, aumentou a proporção de mulheres com apenas um filho. Entre as que têm rendimento familiar per capita de 2 salários mínimos ou mais, 40,3% estão nessa condição, ante proporção de 33% dez anos antes. Movimento menos intenso foi observado entre as que tem rendimento familiar de até meio salário mínimo per capita de 22% em 98 para 22,5% em 2008.

 

As mulheres com três filhos ou mais significaram 49% do total entre as que têm rendimento familiar per capita de até meio salário mínimo. Em 1998, essa proporção era de 52,6%. Já entre as mulheres com renda familiar per capita de dois salários mínimos ou mais, 20,2% tinham três filhos ou mais em 2008, ante proporção de 20,2% dez anos antes.

 

Taxa de atividade

 

O IBGE verificou ainda que, de cada cem mulheres, 52 estavam ocupadas ou procurando trabalho –especialmente para as mulheres entre 15 a 19 anos (42,5%). O órgão destaca que a taxa é bem superior a de países latino-americanos, como Argentina (22,3%) e México (24,9%), e a dos europeus, como Alemanha (27,8%), Espanha (24,8%) e França (11,4%), ficando próxima dos Estados Unidos (43,7%). A taxa de frequência escolar deste grupo é de 70%, ou seja, as jovens têm que conciliar estudo, trabalho e afazeres domésticos.

 

Outro ponto ressaltado pelo IBGE foi a alta atividade das mulheres idosas brasileiras. Segundo o estudo, Brasil, México e Argentina se destacam no cenário internacional, com uma taxa em torno de 20%, enquanto nos países europeus citados fica em menos de 10%. Isso acontece, frisa o IBGE, “em razão dos sistemas de proteção social serem mais eficientes, garantindo maior bem-estar à população idosa”.

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