O Vasco lançou na última segunda-feira manifesto antirracista, na carona dos 100 anos dos Camisas Negras, time que foi excluído pela federação de futebol do Rio em 1923 por ter negros e operários. O episódio ocasionou a Resposta Histórica, como ficou conhecida a decisão do cruz-maltino de romper com os responsáveis pelo futebol carioca no ano seguinte. O vídeo divulgado nas redes sociais do cruz-maltino, em que ele reforça sua defesa dos ideais de respeito, igualdade e inclusão, furou a bolha dos vascaínos e fez com que clubes rivais se manifestassem. Até o Barcelona declarou apoio à causa.
No Brasil, Remo, América-MG, CSA, Santo André, Coritiba, Cruzeiro, Bahia, Palmeiras, Ceará, Coritiba, Bahia, Brusque, Tuna Luso, Vitória e Confianca (SE) interagiram com o Vasco e a postagem em suas redes sociais. Os clubes portugueses Porto, Vitória de Setúbal e Paços Ferreira também comentaram.
O vídeo, que dura 1m36s, já conta com 2,3 milhões de visualizações nas redes sociais do Vasco (Instagram, Youtube e Twitter). Idealizado pelos departamentos de marketing e de comunicação, ele foi produzido pela agência End to End.
Diretores em Brasília
Paralelamente, a SAF aproveitou a partida contra o Nova Iguaçu em Brasília para estreitar laços com ministérios do governo federal mais ligados à causa do manifesto. O CEO Luiz Melo, a diretora jurídica Gisele Cabrera e o diretor de comunicação Felippe Costa estiveram com a ministra da Igualdade Racial Anielle Franco, com o ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania Silvio Almeida e com a ministra dos Esportes, Ana Moser.
Na pauta, a discussão de ações em que o cruz-maltino possa atuar ao lado do governo federal para combater a discriminação racial, além de projetos de inclusão social através do esporte.
