Mapa da Desigualdade: Por que falar em Desigualdade?

Fonte: Rede Nossa São Paulo

Muitas vezes, quando se fala em desigualdade, a primeira coisa que as pessoas visualizam é o desequilíbrio na distribuição de renda. Porém, quando falamos em desigualdade, estamos nos referindo às suas diversas formas de se manifestar: desigualdade de gênero, desigualdade racial e, principalmente, em desigualdades regionais.

Essas assimetrias perpetuam ciclos viciosos de estagnação social e acesso a direitos básicos, como educação e saúde de qualidade; direito à moradia, ao trabalho, à cultura; direito a ter boas condições de mobilidade e segurança; direito a um meio ambiente saudável e a uma infância feliz.

Os efeitos da desigualdade são perversos e afetam a todas e todos, inclusive às pessoas socialmente mais privilegiadas. Esses efeitos se refletem em vários aspectos mensuráveis, como nos índices de criminalidade e violência (social e simbólica); nos tipos e na remuneração do trabalho; no nível de estresse e nas doenças que afetam a população. Esses números demonstram, explicitamente, os sinais de uma sociedade desequilibrada e com baixos índices de bem-estar social.

O que é o Mapa da Desigualdade

Publicado desde 2012, o trabalho consiste no levantamento de uma série de indicadores de cada um dos 96 distritos da capital, de modo que se possa comparar dados e verificar os locais mais desprovidos de serviços e equipamentos públicos. Em muitos casos, a enorme distância entre o melhor e o pior indicador – que determina o “Desigualtômetro” que aparece nas páginas de cada tema – dá uma boa dimensão dos desafios que precisam ser superados.

Dessa forma, este mapa ajuda os gestores municipais a identificar prioridades e necessidades da população e seus distritos. Ao contribuir para o entendimento de dinâmicas importantes da cidade, também se coloca como um instrumento para a elaboração de políticas públicas mais inclusivas e a construção de planos setoriais mais integrados. No mais, o Mapa da Desigualdade preenche uma lacuna em termos de difusão de informações públicas, amplia o alcance do conhecimento sobre os territórios e facilita a assimilação dos dados disponíveis.

Em um município em que milhões de pessoas são separadas pelo acesso (ou a falta dele) a bens e serviços públicos fundamentais, colocar em evidência os dados oficiais e disponíveis é apenas o primeiro passo para que tenhamos uma cidade à altura de sua importância para o país e, principalmente, que ofereça qualidade de vida para todos os seus habitantes. Um lugar sem extremos tão distantes em termos socioeconômicos, mais acolhedor para os moradores e integralmente reconhecido pelo próprio poder público.

Veja o Mapa da Desigualdade – completo

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