Mudança em lei no Afeganistão impede que mulheres acusem homens de abusos sexuais

Alteração no código penal é considerada um retrocesso no combate à violência em um país onde matar pela honra é normal

Uma mudança no código de processo criminal do Afeganistão vai proibir que qualquer mulher deponha contra um parente que tenha abusado sexualmente dela. É um retrocesso ao progresso lento de combate à violência no país.

A alteração na lei, já aprovada pelo parlamento, aguarda apenas a assinatura do presidente do país, Hamid Karzai. Essa mudança é um ato de silêncio contra as vítimas. “O que está acontecendo é uma farsa”, afirma Manizha Naderi , diretora do grupo Women for Afghan Women (em tradução livre, “Mulheres pelas Mulheres Afegãs”, em entrevista ao jornal britânico “The Guardian”. ” Isso fará com que seja impossível julgar casos de violência contra as mulheres… As pessoas mais vulneráveis não vão conseguir.”

De acordo com a nova lei, casos com o de Sahar Gul, de 15 anos, que ficou acorrentada pelos sogros em um porão, passando fome, sofrendo agressões e queimaduras porque se recusou a se prostituir, não poderão mais ser registrados no Ministério Público. Os assassinatos por pais e irmãos que não concordem com o comportamento da mulher, o casamento forçado ou a venda de meninas, serão quase impossíveis de punir.

Fonte: Marie Claire

 

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