
Objetivos
-Refletir sobre a utilização da mão de obra escrava no Brasil.
– Compreender a inserção da escravidão brasileira no comércio atlântico.
Conteúdos
– História do Brasil
– Trabalho escravo
Anos 7º e 8º
Tempo estimado
4 aulas
Material necessário
Mapa do comércio Atlântico, livros e sites sobre a escravidão no Brasil.
Flexibilização
Para alunos com deficiência auditiva
Plano de Aula – A escravidão no Brasil. Durante as discussões em sala procure fazer o registro no quadro das informações mais importantes comentadas por você e pelos alunos para que o estudante surdo acompanhe. Solicite que ele anote as principais informações no caderno, fale sempre de frente para o aluno e peça que os colegas falem um de cada vez para que ele possa fazer a leitura orofacial. Se necessário, reforce algumas das atividades realizadas e amplie o tempo de realização das etapas. Sempre conte com o apoio do profissional responsável pelo AEE para desenvolver as habilidades do aluno, mas lembre-se: ter um intérprete de Libras em sala é muito importante para o desenvolvimento dos estudantes com deficiência auditiva.
Desenvolvimento
1ª etapa

Apresente o mapa “O Comércio Atlântico no século XVIII e no início do século XIX” p 94 HISTÓRIA GERAL DA ÁFRICA V – África do século XVI ao XVIII.
Discuta coletivamente com os alunos as rotas comerciais presentes no mapa. Pode-se perceber nele o intenso tráfico comercial atlântico ao longo dos séculos XVIII e XIX. Observe com os alunos que não existe apenas um comércio entre a Europa e a América, ou a Europa e a África – como se costuma acreditar – e que diversos produtos são comercializados diretamente entre os dois continentes. Destaque a diversidade de produtos saídos das Américas em direção à Europa e África.
Nesta discussão não pode deixar de aparecer que o tráfico comercial envolvia produtos dos três continentes, sendo a América produtora de gêneros tropicais, a Europa de produtos manufaturados e a África de escravos. Explique para eles que os produtos manufaturados tem maior valor agregado, permitindo o maior acúmulo de riquezas na Europa.
2ª etapa
A partir das discussões solicite aos alunos que formulem hipóteses para explicar esta vinda massiva de escravos africanos para as Américas. Organize a sala em grupos para efetuar pesquisas que comprovem ou refutem as hipóteses formuladas.
Oriente os alunos sobre a pesquisa histórica a ser realizada, atentando para a necessidade de consultar fontes diversificadas e confiáveis. Indique alguns materiais a serem consultados como por exemplo:
uma-historia-do-negro-no-brasil
HISTÓRIA GERAL DA ÁFRICA V – África do século XVI ao XVIII – UNESCO
A Escravidão Indígena
3ª etapa

Discuta os resultados obtidos nas pesquisas com os alunos. Durante a discussão devem aparecer e ser esclarecidos os seguintes tópicos: a necessidade de grandes contingentes de mão de obra, a facilidade da fuga dos indígenas, a disputa com os jesuítas pelo trabalho indígena, o lucro obtido pelo comércio de escravos, as redes pré-existentes de trabalho compulsório na África.
Frise com os alunos o fato de redes comerciais dependerem necessariamente de agentes locais, portanto, que existem pessoas nos diversos continentes obtendo lucros com essas transações comerciais, ainda que a maior parte dos lucros se concentre na Europa por conta da gestão do sistema comercial e do maior valor agregado dos produtos.
Avaliação
Peça aos alunos que escrevam, a partir das pesquisas realizadas e da discussão de seus resultados, uma síntese sobre as razõesd a utilização de escravos africanos no Brasil.
Consultoria: Lucas Oliveira
Professor de História da Escola Santi, em São Paulo, SP
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Fonte: Nova Escola