ST. PAUL, Mineápolis (Reuters) – Um júri ouviu nesta segunda-feira (24) os discursos de abertura em um julgamento federal de direitos civis de três ex-policiais de Mineápolis que participaram da morte sob custódia de George Floyd.
Tou Thao, J. Alexander Kueng e Thomas Lane foram acusados de violarem os direitos civis de Floyd durante a prisão do homem negro e algemado de 46 anos em uma rua no lado de fora de um supermercado de Mineápolis em 2020, cujo vídeo gerou protestos nas ruas contra racismo e brutalidade policial no mundo inteiro.
Ano passado, o antigo colega deles, Derek Chauvin, 45, foi declarado culpado de assassinato na morte de Floyd ao fim de um julgamento estadual televisionado para todo país, em abril de 2021, e um juiz de Minnessota o sentenciou a 22 anos e meio na prisão.
Chauvin, que é branco, também foi acusado ao lado de seus colegas por promotores federais por ter violado os direitos civis de Floyd na posição de policiais. Chauvin mudou sua declaração para culpado em dezembro. Thao, Kueng e Lane, que podem ficar anos na prisão se forem condenados, se declararam inocentes.
Promotores da divisão dos direitos civis do Departamento de Justiça dos EUA buscaram convencer o júri que os homens deliberadamente falharam em ajudar Floyd quando ele estava inconsciente enquanto Chauvin se ajoelhava sobre seu pescoço. A acusação diz que uma pessoa sob custódia tem o direito a “ser liberto da indiferença deliberada de um policial pelas suas sérias necessidades médicas”.
Thao e Kueng encaram mais uma acusação, que diz que eles deliberadamente falharam em impedir Chauvin de usar força excessiva contra Floyd, caído e algemado, violando o direito de Floyd de ser livre de uma apreensão inadequada.
Após o julgamento federal, os três homens ainda serão julgados em nível estadual por terem contribuído para o assassinato de Floyd.