Após gafe da IstoÉ, Luiza Erundina defende: ‘Agressão de gênero não é crítica política’

A deputada federal Luiza Erundina (PSOL) postou em seu Facebook uma nota na qual repudia a agressão de gênero à presidente Dilma Rousseff.

Por , do HuffPost Brasil

No texto, ela diz que “agressão de gênero não é crítica política” e que a presidente “merece ser criticada por várias decisões tomadas à frente do Executivo”, mas que isso não justifica as agressões de gênero direcionadas a ela.

AGRESSÃO DE GÊNERO NÃO É CRÍTICA POLÍTICA

A presidente Dilma Rousseff merece ser criticada por várias decisões tomadas …

Publicado por Luiza Erundina em Segunda, 4 de abril de 2016

A postagem da deputada foi feita dois dias depois da divulgação da polêmica capa da última edição da revista IstoÉ. A reportagem intitulada “As explosões nervosas da presidente” mostra Dilma como uma autoridade desequilibrada e sem condições emocionais para comandar o País.Desde sua publicação, a reportagem foi duramente criticada nas redes sociais por feministas, que a consideraram extremamente machista e compartilharam a hashtag #IstoÉMachismo.

Este não é um post sobre política.

Este é um post sobre GASLIGHTING, que é uma forma de machismo cruel e perniciosa….

Publicado por Think Olga em Sábado, 2 de abril de 2016

No último sábado, o Think Olga, ONG dedicada ao empoderamento feminino, divulgou uma nota sobre o tema, contextualizando-o com o termo Gaslighting – violência emocional por meio de manipulação psicológica, que leva a mulher a achar que é louca ou incapaz.

“É muito grave quando a imprensa apresenta esse comportamento – e ela o faz com toda intenção e consciência de seus atos -, pois ela legitima sua ocorrência nas nossas vidas e na vida de todas as mulheres. Como no caso da capa desta semana da Revista ISTOÉ, que traz a presidente Dilma em uma foto de aparente descontrole emocional e cujo foco é noticiar esse comportamento na presidenta com o único objetivo de retratá-la como louca e desmerecê-la pessoal e profissionalmente.”

No último domingo, Erundina formalizou sua pré-candidatura à Prefeitura de São Paulo pelo PSOL. Após deixar o PSB em março, a deputada agora disputará a prefeitura da capital com Ivan Valente como vice.

+ sobre o tema

Gênero, raça e espaço: trajetórias de mulheres negras

A matéria prima dessa comunicação se compõe de trajetórias...

Idioma e tradições culturais ainda são obstáculos para mulheres indígenas

Além de estarem sujeitas as mesmas dificuldades que todas...

Benedita anuncia Marcha das Mulheres Negras em novembro

A deputada Benedita da Silva (PT-RJ) anunciou, em plenário,...

III encontro pernambucano das mulheres de terreiro Apejó Eketá Obirin N`ILE

PROGRAMAÇÃO Sexta Feira 24 de Julho de 2009 8h00 - Abertura...

para lembrar

Conselho de Ética instaura processo contra Bolsonaro

Após ser denunciado pelo Ministério Público Federal por incitação...

Toda a força da mulher negra

Serena e incisiva, Zaika dos Santos usa sua música,...

Calar é preciso

Sem a possibilidade de parar no Dia Internacional da...
spot_imgspot_img

O mapa da LGBTfobia em São Paulo

970%: este foi o aumento da violência contra pessoas LGBTQIA+ na cidade de São Paulo entre 2015 e 2023, segundo os registros dos serviços de saúde. Trata-se de...

Grupos LGBT do Peru criticam decreto que classifica transexualidade como doença

A comunidade LGBTQIA+ no Peru criticou um decreto do Ministério da Saúde do país sul-americano que qualifica a transexualidade e outras categorias de identidade de gênero...

TSE realiza primeira sessão na história com duas ministras negras

O TSE realizou nesta quinta (9) a primeira sessão de sua história com participação de duas ministras negras e a quarta com mais ministras...
-+=