Envie seu texto para o Portal
sábado, janeiro 23, 2021
Portal Geledés
  • Home
  • Geledés
    • O Geledés
    • Quem Somos
    • O que fazemos?
    • Projetos em Andamento
      • PLPs em Ação – Geledés no Enfrentamento ao coronavírus
    • Apoiadores & Parceiros
    • Geledés no Debate
    • Guest Post
    • Gęlędę na tradição yorubá
    • Publicações de Geledés
    • Geledés 30 anos
    • Memória Institucional
    • Worldwide
  • Questões de Gênero
    • Todos
    • LGBTQIA+
    • Marielle Franco
    • Mulher Negra
    • Sueli Carneiro
    • Violência contra Mulher
    DAVE KOTINSKYGETTY IMAGES

    Quem é Amanda Gorman, a poeta de 22 anos convidada para a posse de Biden

    Barbie de Maya Angelou || Reprodução Instagram

    Escritora e ativista Maya Angelou ganha Barbie em sua homenagem no mês da História Negra

    Anielle Franco (Foto: Bléia Campos)

    Mulheres pretas acadêmicas

    Mônica Calazans tem 54 anos e trabalha na UTI do Instituto de Infectologia Emílio Ribas (Foto: Arquivo pessoal)

    Primeira a ser vacinada é mulher, negra e enfermeira do Emílio Ribas em SP

    Primeira vereadora negra eleita na Câmara de Curitiba, Carol Dartora recebeu ameaças de morte por e-mail (DIVULGAÇÃO/Imagem retirada do site El País)

    Ameaças de neonazistas a vereadoras negras e trans alarmam e expõem avanço do extremismo no Brasil

    Ingrid Silva é a primeira bailarina negra e brasileira a ser palestrante principal em Harvard

    Pesquisadoras também produziram livreto em homenagem às profissionais que atuam no combate ao coronavírus - Ilustrações: Marcelo Jean Machado

    Projeto dá visibilidade ao trabalho de cientistas negras brasileiras de forma lúdica

    Divulgação

    2º Festival Frente Feminina abre inscrições e seleciona artistas negras para residência artística virtual

    A cantora Alaíde Costa Kazuo Kajihara/ Sesc-SP

    ‘Não tenho muito o que me queixar da vida’, diz a cantora Alaíde Costa

    Trending Tags

      • Mulher Negra
      • Violência contra Mulher
      • LGBTQIA+
      • Sueli Carneiro
      • Marielle Franco
    • Questão Racial
      • Todos
      • Artigos e Reflexões
      • Casos de Racismo
      • Cotas Raciais
      • Violência Racial e Policial
      Comissão ARNS (Divulgação )

      Brasil: etnocracia branca contra a maioria negra

      Aliyyah e Yasmeen Koloc/ Imagem retirada do site UOL

      Irmãs de 16 anos são alvos de racismo e sexismo no Rally Dakar; FIA repudia

      Reprodução/Facebook

      O que será dos profissionais de saúde que distorcem a ciência?

      Bianca Santana - Foto: João Benz

      “Mas morreu esse tanto de gente por covid-19 mesmo?”

      Arquivo Pessoal

      O Sol de Cada Um

      Alicia Keys (Foto: Rob Latour/Shutterstock)

      Alicia Keys pede para Joe Biden lançar iniciativa de justiça racial nos EUA

      Enfermeira Mônica Calazans, de 54 anos, é a primeira brasileira a receber dose da vacina Coronavac (Foto: Governo do Estado de São Paulo / Divulgação)

      “Precisa dizer que Mônica é negra?”: o racismo à brasileira e a CoronaVac 

      Em foto de 2019, Ananda Portela segura a mão da avó, internada com covid-19 Imagem: Acervo Pessoal

      Após o final do ano, a covid-19 explodiu em minha família – e no país

      Thiago Amparo (Foto: Marcus Leoni/CLAUDIA)

      O Brasil é uma enfermeira preta vacinada

      Trending Tags

      • #memoriatemcor
      • Artigos e Reflexões
      • Casos de Racismo
      • Cotas Raciais
      • Violência Racial e Policial
    • Em Pauta
    • Discriminação e Preconceitos
      • Todos
      • Casos de Preconceito
      • Defenda-se
      Maíra Vida: Advogada, Professora, Conselheira Estadual da OAB BA e Presidenta da Comissão Especial de Combate à Intolerância Religiosa (Foto: Angelino de Jesus)

      Do crente ao ateu, não faltam explicações para o racismo religioso no Brasil

      Foto: Deldebbio

      Prefeito de Duque de Caxias é investigado por intolerância religiosa a crenças de matriz africana

      FÁBIO VIEIRA/ESPECIAL METRÓPOLES

      Após ser alvo de ataques transfóbicos e racistas, Érika Hilton irá processar 50 pessoas

      A parlamentar Laetitia Avia propôs a nova nova lei, enquanto o primeiro-ministro Jean Castex foi ridicularizado por seu sotaque (GETTY IMAGES)

      Por que a França pode criminalizar a discriminação pelo sotaque

      Adolescente de 16 anos foi espancada pelo pai por ser lésbica, na Bahia — Foto: Divulgação/Polícia Civi

      Adolescente é espancada pelo pai na BA e relata que motivo é ela ser lésbica; avó da vítima denunciou homem à polícia

      (Jonathan Alcorn/AFP/)

      Painel trata combate ao racismo como exercício de cidadania e justiça

      Imagem: Geledes

      Racismo Estrutural – Banco é condenado a indenizar cliente por discriminação racial

      GettyImagesBank

      13 palavras e expressões da língua portuguesa para não usar mais

      Racismo e desigualdades: o que há de democrático na Covid-19?

      Trending Tags

        • Defenda-se
      • África e sua diáspora
        • Todos
        • Africanos
        • Afro-americanos
        • Afro-brasileiros
        • Afro-brasileiros e suas lutas
        • Afro-canadenses
        • Afro-europeus
        • Afro-latinos e Caribenhos
        • Entretenimento
        • Esquecer? Jamais
        • Inspiradores
        • No Orun
        • Patrimônio Cultural
        Rainha Abla Pokou (Foto: Imagem retirada do site DW)

        Rainha Abla Pokou: Mãe do povo Baoulé da Costa do Marfim

        Jessica Ellen em foto de divulgação do single Pomba Gira (Foto: Gabriella Maria)

        Jéssica Ellen canta a Umbanda e celebra ancestralidade em ‘Macumbeira’: ‘Conexão espiritual’

        Tatiana Tibúrcio levou o prêmio APCA de Melhor Atriz por sua interpretação da doméstica Mirtes Souza, no especial 'Falas Negras' — Foto: TV Globo/Victor Pollak

        Tatiana Tibúrcio ganha o prêmio APCA de Melhor Atriz por atuação em ‘Falas Negras’

        Edneia Limeira dos Santos - Foto: Nego Júnior

        Samba Rock na Cidade de São Paulo: Uma Análise da Evolução do Gênero Desde os Anos 1970 nos Bailes Blacks, até o Registro Como Patrimônio Cultural Imaterial

        Francisco Ribeiro Eller (ou Chico Chico), 27 anos (Foto: Marina Zabenzi)

        Chicão, filho de Cássia Eller: ‘Batalha das minhas mães é parte do que sou’

        Elenco de 'Uma Noite em Miami' (Foto: Patti Perret/Amazon)

        ‘Uma Noite em Miami’: Regina King celebra o homem negro em encontro estelar

        O protagonista de "Os Intocáveis", Omar Sy, (Foto: Jordan Strauss/Invision/AP - Jordan Strauss)

        Além de Lupin: conheça a carreira de Omar Sy em 5 filmes

        O escritor nigeriano Wole Soyinka, durante visita ao Brasil em 2015 - Bruno Poletti/Folhapress

        ‘Aké’ é oportunidade de ler Wole Soyinka, um dos maiores nomes da África

        Divulgação

        Série Oxalaive promove 14 encontros poéticos virtuais

        Trending Tags

          • Africanos
          • Afro-americanos
          • Afro-brasileiros
          • Afro-brasileiros e suas lutas
          • Afro-canadenses
          • Afro-europeus
          • Afro-latinos e Caribenhos
          • Entretenimento
          • Esquecer? Jamais
          • Inspiradores
          • No Orun
          • Patrimônio Cultural
        Sem resultados
        Ver todos os resultados
        • Home
        • Geledés
          • O Geledés
          • Quem Somos
          • O que fazemos?
          • Projetos em Andamento
            • PLPs em Ação – Geledés no Enfrentamento ao coronavírus
          • Apoiadores & Parceiros
          • Geledés no Debate
          • Guest Post
          • Gęlędę na tradição yorubá
          • Publicações de Geledés
          • Geledés 30 anos
          • Memória Institucional
          • Worldwide
        • Questões de Gênero
          • Todos
          • LGBTQIA+
          • Marielle Franco
          • Mulher Negra
          • Sueli Carneiro
          • Violência contra Mulher
          DAVE KOTINSKYGETTY IMAGES

          Quem é Amanda Gorman, a poeta de 22 anos convidada para a posse de Biden

          Barbie de Maya Angelou || Reprodução Instagram

          Escritora e ativista Maya Angelou ganha Barbie em sua homenagem no mês da História Negra

          Anielle Franco (Foto: Bléia Campos)

          Mulheres pretas acadêmicas

          Mônica Calazans tem 54 anos e trabalha na UTI do Instituto de Infectologia Emílio Ribas (Foto: Arquivo pessoal)

          Primeira a ser vacinada é mulher, negra e enfermeira do Emílio Ribas em SP

          Primeira vereadora negra eleita na Câmara de Curitiba, Carol Dartora recebeu ameaças de morte por e-mail (DIVULGAÇÃO/Imagem retirada do site El País)

          Ameaças de neonazistas a vereadoras negras e trans alarmam e expõem avanço do extremismo no Brasil

          Ingrid Silva é a primeira bailarina negra e brasileira a ser palestrante principal em Harvard

          Pesquisadoras também produziram livreto em homenagem às profissionais que atuam no combate ao coronavírus - Ilustrações: Marcelo Jean Machado

          Projeto dá visibilidade ao trabalho de cientistas negras brasileiras de forma lúdica

          Divulgação

          2º Festival Frente Feminina abre inscrições e seleciona artistas negras para residência artística virtual

          A cantora Alaíde Costa Kazuo Kajihara/ Sesc-SP

          ‘Não tenho muito o que me queixar da vida’, diz a cantora Alaíde Costa

          Trending Tags

            • Mulher Negra
            • Violência contra Mulher
            • LGBTQIA+
            • Sueli Carneiro
            • Marielle Franco
          • Questão Racial
            • Todos
            • Artigos e Reflexões
            • Casos de Racismo
            • Cotas Raciais
            • Violência Racial e Policial
            Comissão ARNS (Divulgação )

            Brasil: etnocracia branca contra a maioria negra

            Aliyyah e Yasmeen Koloc/ Imagem retirada do site UOL

            Irmãs de 16 anos são alvos de racismo e sexismo no Rally Dakar; FIA repudia

            Reprodução/Facebook

            O que será dos profissionais de saúde que distorcem a ciência?

            Bianca Santana - Foto: João Benz

            “Mas morreu esse tanto de gente por covid-19 mesmo?”

            Arquivo Pessoal

            O Sol de Cada Um

            Alicia Keys (Foto: Rob Latour/Shutterstock)

            Alicia Keys pede para Joe Biden lançar iniciativa de justiça racial nos EUA

            Enfermeira Mônica Calazans, de 54 anos, é a primeira brasileira a receber dose da vacina Coronavac (Foto: Governo do Estado de São Paulo / Divulgação)

            “Precisa dizer que Mônica é negra?”: o racismo à brasileira e a CoronaVac 

            Em foto de 2019, Ananda Portela segura a mão da avó, internada com covid-19 Imagem: Acervo Pessoal

            Após o final do ano, a covid-19 explodiu em minha família – e no país

            Thiago Amparo (Foto: Marcus Leoni/CLAUDIA)

            O Brasil é uma enfermeira preta vacinada

            Trending Tags

            • #memoriatemcor
            • Artigos e Reflexões
            • Casos de Racismo
            • Cotas Raciais
            • Violência Racial e Policial
          • Em Pauta
          • Discriminação e Preconceitos
            • Todos
            • Casos de Preconceito
            • Defenda-se
            Maíra Vida: Advogada, Professora, Conselheira Estadual da OAB BA e Presidenta da Comissão Especial de Combate à Intolerância Religiosa (Foto: Angelino de Jesus)

            Do crente ao ateu, não faltam explicações para o racismo religioso no Brasil

            Foto: Deldebbio

            Prefeito de Duque de Caxias é investigado por intolerância religiosa a crenças de matriz africana

            FÁBIO VIEIRA/ESPECIAL METRÓPOLES

            Após ser alvo de ataques transfóbicos e racistas, Érika Hilton irá processar 50 pessoas

            A parlamentar Laetitia Avia propôs a nova nova lei, enquanto o primeiro-ministro Jean Castex foi ridicularizado por seu sotaque (GETTY IMAGES)

            Por que a França pode criminalizar a discriminação pelo sotaque

            Adolescente de 16 anos foi espancada pelo pai por ser lésbica, na Bahia — Foto: Divulgação/Polícia Civi

            Adolescente é espancada pelo pai na BA e relata que motivo é ela ser lésbica; avó da vítima denunciou homem à polícia

            (Jonathan Alcorn/AFP/)

            Painel trata combate ao racismo como exercício de cidadania e justiça

            Imagem: Geledes

            Racismo Estrutural – Banco é condenado a indenizar cliente por discriminação racial

            GettyImagesBank

            13 palavras e expressões da língua portuguesa para não usar mais

            Racismo e desigualdades: o que há de democrático na Covid-19?

            Trending Tags

              • Defenda-se
            • África e sua diáspora
              • Todos
              • Africanos
              • Afro-americanos
              • Afro-brasileiros
              • Afro-brasileiros e suas lutas
              • Afro-canadenses
              • Afro-europeus
              • Afro-latinos e Caribenhos
              • Entretenimento
              • Esquecer? Jamais
              • Inspiradores
              • No Orun
              • Patrimônio Cultural
              Rainha Abla Pokou (Foto: Imagem retirada do site DW)

              Rainha Abla Pokou: Mãe do povo Baoulé da Costa do Marfim

              Jessica Ellen em foto de divulgação do single Pomba Gira (Foto: Gabriella Maria)

              Jéssica Ellen canta a Umbanda e celebra ancestralidade em ‘Macumbeira’: ‘Conexão espiritual’

              Tatiana Tibúrcio levou o prêmio APCA de Melhor Atriz por sua interpretação da doméstica Mirtes Souza, no especial 'Falas Negras' — Foto: TV Globo/Victor Pollak

              Tatiana Tibúrcio ganha o prêmio APCA de Melhor Atriz por atuação em ‘Falas Negras’

              Edneia Limeira dos Santos - Foto: Nego Júnior

              Samba Rock na Cidade de São Paulo: Uma Análise da Evolução do Gênero Desde os Anos 1970 nos Bailes Blacks, até o Registro Como Patrimônio Cultural Imaterial

              Francisco Ribeiro Eller (ou Chico Chico), 27 anos (Foto: Marina Zabenzi)

              Chicão, filho de Cássia Eller: ‘Batalha das minhas mães é parte do que sou’

              Elenco de 'Uma Noite em Miami' (Foto: Patti Perret/Amazon)

              ‘Uma Noite em Miami’: Regina King celebra o homem negro em encontro estelar

              O protagonista de "Os Intocáveis", Omar Sy, (Foto: Jordan Strauss/Invision/AP - Jordan Strauss)

              Além de Lupin: conheça a carreira de Omar Sy em 5 filmes

              O escritor nigeriano Wole Soyinka, durante visita ao Brasil em 2015 - Bruno Poletti/Folhapress

              ‘Aké’ é oportunidade de ler Wole Soyinka, um dos maiores nomes da África

              Divulgação

              Série Oxalaive promove 14 encontros poéticos virtuais

              Trending Tags

                • Africanos
                • Afro-americanos
                • Afro-brasileiros
                • Afro-brasileiros e suas lutas
                • Afro-canadenses
                • Afro-europeus
                • Afro-latinos e Caribenhos
                • Entretenimento
                • Esquecer? Jamais
                • Inspiradores
                • No Orun
                • Patrimônio Cultural
              Sem resultados
              Ver todos os resultados
              Portal Geledés
              Sem resultados
              Ver todos os resultados

              “A escravidão não oferece resposta para tudo”

              13/05/2020
              em Geledés no Debate
              Tempo de leitura: 10 min.

              Fonte: Por Kátia Mello para Geledés no Debate
              Foto: Webert da Cruz

              Foto: Webert da Cruz

              Neste 13 de maio, são 132 anos da assinatura da Lei Áurea, decretando a abolição. Para falar sobre o período pós-abolição e a correlação com os dias atuais, a coluna Geledés no debate entrevistou a professora e pesquisadora do Departamento de História da UnB, Ana Flávia Magalhães Pinto, autora dos livros “Escritos de Liberdade: literatos negros, racismo e cidadania no Brasil oitocentista” e “Imprensa negra no Brasil oitocentista”. Ana Flávia também é coordenadora da regional Centro-Oeste do GT Emancipações e Pós-Abolição da Anpuh; e integrante da Rede de HistoriadorXs NegrXs.

              Geledés – Quando analisamos as estatísticas da pandemia de covid -19, é notável como a doença atinge os grupos raciais de forma diferenciada. Dados divulgados no dia 10 de abril destacaram que ela está ocorrendo de forma mais letal para pretos e pardos, que representam quase 1 em cada 4 brasileiros hospitalizados com Síndrome Respiratória Aguda Grave (23,9%), mas chegam a 1 em cada 3 entre os mortos (34,3%). De que forma essas mortes em maior número na população negra se interliga com nossa herança escravocrata?

              A sociedade brasileira do pós-abolição se acomodou a chamar de “herança escravocrata” as violências eventualmente reconhecidas contra pessoas negras. Acontece que a escravidão não oferece resposta para tudo. Precisamos aprender a lidar com ela como parte da explicação sobre situações do passado e do presente. O racismo não pode ser entendido como pleno equivalente dessa “herança escravocrata”. Ele também tem historicidade e não foi, nem é um mero acessório da escravidão. Mesmo sem querer, falamos em “herança escravocrata” porque aprendemos a reduzir a população negra ao papel social do “escravo”, do não sujeito, do não cidadão, do não humano. A construção histórica da incompatibilidade entre pessoa negra e a imagem de indivíduo digno de respeito dependeu, em grande medida, das interdições postas a homens e mulheres livres e libertas, mas racialmente inferiorizadas na hierarquia social durante e depois da vigência da escravidão. Quando foi institucionalizada a cidadania brasileira, em 1822, não foi priorizando pessoas como nós que a elite desse país projetou o futuro, mesmo havendo aqui a maior população negra livre e liberta das Américas. Não por acaso, em 2020, antevéspera do bicentenário da Independência do Brasil, a maior vulnerabilidade social da população negra verificada nos números frios das mortes por covid-19 é mais um exemplo de como o racismo foi organizando cidades, acesso à renda, bens, serviços de saúde, educação, mesmo sendo isso constitucionalmente garantido a todos, sem discriminação. Há décadas, os ativistas antirracistas da saúde pública têm explicitado como a configuração do risco agravado está vinculada à forma como as vulnerabilidades são intensamente atravessadas pelas desigualdades sociais historicamente construídas.

              ArtigosRelacionados

              Uma história negra com certeza: a escrita histórica nos jornais negros paulistanos

              23/12/2020
              Figura-chave no movimento abolicionista brasileiro, Luiz Gama também se destacava por seus talentos literários e jornalísticos, diz Ligia Fonseca Ferreira (WIKICOMMONS)

              Quem foi Luiz Gama, figura-chave no movimento abolicionista brasileiro

              25/11/2020
              A pesquisadora Ana Flávia Magalhães Pinto no Instituto Central de Ciências (ICC), da Universidade de Brasília (Foto: Arquivo Pessoal)

              20 de Novembro e a defesa de nossos melhores sonhos de liberdade

              23/11/2020

              “Não por acaso, em 2020, antevéspera do bicentenário da Independência do Brasil, a maior vulnerabilidade social da população negra verificada nos números frios das mortes por covid-19 é mais um exemplo de como o racismo foi organizando cidades, acesso à renda, bens, serviços de saúde, educação, mesmo sendo isso constitucionalmente garantido a todos, sem discriminação.”

              Geledés – Desde o início da pandemia, estabeleceu-se que o coronavírus é um “vírus democrático”, atingindo as populações da mesma forma. Porém o fenômeno de impactar com maior virulência as populações negras e pobres também acontece nos EUA, que também passou por séculos de escravidão. Existe uma relação entre o legado da escravidão no Brasil e nos EUA e com o Estado como o suposto garantidor da vida?

              Em abril deste ano, diante dos números que revelavam o quão desproporcionais eram as taxas de infecção e mortalidade da população negra nos EUA por covid-19, houve quem dissesse que o problema era de ordem social e não racial. Acreditando estar demonstrando a centralidade da categoria classe, os defensores do argumento se amparavam no fato de que as pessoas negras estão mais expostas à contaminação pela natureza do trabalho precarizado que desempenham, por serem as que menos têm acesso ao sistema de saúde privado daquele país, etc. Dados do início do mês de maio apontam que em São Paulo, pessoas negras têm 62% mais risco de morrer por covid-19 que pessoas brancas. As razões encontradas são as mesmas. Ou seja, o racismo produz e agrava vulnerabilidades sociais que instituem estratificações entre grupos humanos. O conceito de classe, tal como utilizado, não explica o que temos visto. Uma vulnerabilidade em saúde agravada por força do racismo não acontece porque a população negra tem uma predisposição natural para o adoecimento e a morte. Ao mesmo tempo, não custa lembrar que entender o porquê de pessoas negras estarem morrendo em maior proporção não é o mesmo que negar que brancos pobres também estejam morrendo. Por que, então, negar que o racismo organiza as chances de viver ou morrer em países como EUA e Brasil? Talvez porque ainda falte coragem para que os Estados ditos democráticos admitam explicitamente que não se importam com a vida de parcelas consideráveis ou majoritárias de suas gentes e que o inegociável mesmo é tomar providências para que os que importam sejam salvos.

              Foto: Webert da Cruz

              Geledés – A revolta da Vacina de 1904, comumente apresentada como uma manifestação da população do Rio de Janeiro contra a vacinação compulsória, foi uma medida estabelecida pelo Estado brasileiro e apoiada pelo sanitarista Oswaldo Cruz para ser contida a varíola. Na visão de alguns historiadores, porém, a revolta é entendida como um movimento dos quilombolas e das classes pobres brancas contra as condições sanitárias da época. Como analisa essa revolta no período pós-abolição?

              A Revolta da Vacina aconteceu num momento em que várias outras medidas de saneamento eugenista da cidade do Rio de Janeiro eram postas em curso amparadas em práticas de criminalização e estigmatização das populações negra e pobre que ocupavam espaços estratégicos daquele centro urbano. Se, por um lado, a promoção de medidas de combate à varíola (e outras doenças como a febre amarela e a peste bubônica) era algo necessário, por outro, os métodos empregados não. Tanto que o conflito não foi apenas entre autoridades do governo e da saúde, de um lado, e população negra, pobre e ignorante, do outro. Um exemplo interessante para fugir dessa dicotomia – e até mesmo nos contrapor ao mero bordão que se tornou a frase “A história sempre se repete” -, são as críticas do médico negro Vicente de Souza às decisões endossadas pelo também doutor Oswaldo Cruz. Vicente de Souza, antigo abolicionista, republicano de perfil popular e socialista, até mesmo num gesto de coerência, manteve-se ao lado dos grupos vitimizados pela violência governamental. É importante, portanto, não estabelecer uma equivalência entre a reação da população daquela época e o negacionismo que temos visto tanto por parte do presidente quanto por seus apoiadores dos dias atuais.

              “Falta coragem para que os Estados ditos democráticos admitam explicitamente que não se importam com a vida de parcelas consideráveis ou majoritárias de suas gentes e que o inegociável mesmo é tomar providências para que os que importam sejam salvos.”

              Geledés – A história foi reducionista em relação à relevância dos líderes abolicionistas negros, atribuindo, frequentemente, à libertação dos escravos à figura de José do Patrocínio e por vezes, de maneira caricata. Qual o papel desses líderes abolicionistas negros?

              Mais do que colecionar figurinhas com foto e nome de pessoas, o reconhecimento da multiplicidade de abolicionistas negros e negras é um passo fundamental para entendermos como as lutas pelo fim da escravidão foram vivenciadas no plural. Além de apresentar contrapontos ao projeto da elite que se fez vencedor sobretudo após o golpe que deu início à República, esse exercício nos permite aprender também sobre as diferenças entre lideranças negras. Isso porque estamos falando de pessoas que se posicionavam a partir de seus locais de trabalhos de alto e baixo prestígio social, espaços de lazer, associações religiosas e de lazer, etc., de norte a sul do país.

              Geledés – Qual a relevância em se estabelecer um diálogo entre essas lideranças e o atual movimento antirracista, inclusive, em relação ao acesso à educação e cidadania de pessoas negras no país?

               Preconceito de cor e ódio de raça foram expressões que fizeram parte das discussões abolicionistas, mesmo que pairasse o temor de que isso levasse ao descontrole da ação de gente negra escravizada, liberta e livre contra escravistas brancos e pretensamente brancos. Luiz Gama, José Ferreira de Menezes, André Rebouças, José do Patrocínio e Vicente de Souza são alguns dos nomes de abolicionistas negros que encararam o desafio de botar as cartas do racismo na mesa do debate público em diferentes momentos, sobretudo ao longo das décadas de 1870 e 1880. Fizeram isso se posicionando a respeito de pilares do Estado e das práticas de sociabilidade brasileiras. Acredito que essa experiência de tensionamento e negociação são um capítulo importante de ser absorvido por ativistas do Movimento Negro e de Mulheres Negras, bem como demais pessoas antirracistas no cenário atual. O desequilíbrio de forças eram bem marcado, mas o aprendizado adquirido por essas pessoas nesse período me parece fundamental para darmos cada vez mais materialidade à máxima de que “nossos passos vêm de longe”.

              Geledés – Se fosse descrever o dia após a abolição, “day after”, como relataria a vida dos ex-escravos após a Lei Áurea? Como eles lidavam com a liberdade?

              Mais uma vez, é preciso frisar que o 14 de maio de 1888 foi vivenciado por uma variedade de pessoas negras. Gente cuja família já estava na liberdade há gerações, tendo já nascido livre. Indivíduos que haviam conquistado ou restituído sua liberdade ao longo da vida. E também homens e mulheres que foram libertados por força da Lei Áurea. Sem falar daquelas pessoas que só saberiam da extinção legal da escravidão tempos de depois e viveram na pele o desejo de permanência do escravismo. Como desconfiança ou otimismo, a julgar pelas festas de ruas e celebrações mais tímidas, para as pessoas negras que viveram ou assistiram às lutas pelo fim da escravidão e tiveram notícia do desfecho oficial, o dia após a abolição foi vivido como um momento de reafirmação de expectativas. É certo que não demoraria para que muitos desses anseios fossem frustrados, mas também é verdade que muitas dessas pessoas seguiram apostando nas lutas diárias por suas vidas.

              “Mais do que colecionar figurinhas com foto e nome de pessoas, o reconhecimento da multiplicidade de abolicionistas negros e negras é um passo fundamental para entendermos como as lutas pelo fim da escravidão foram vivenciadas no plural.”

              Geledés – Em seu livro “Escritos de Liberdade” (Editora da Unicamp, 2018), chama a atenção o fato de que o primeiro censo demográfico realizado no Brasil do século 19 trazia a estatística de que seis em cada dez pessoas pretas e pardas já viviam nas condições de livres e libertas, 16 anos antes do fim da escravidão. A partir desse dado, como o Brasil construiu seu “mito racial”?

               A tensão produzida pela desigualdade racial em terras brasileiras é algo que não começa no século XIX. Ainda que reconhecidas as peculiaridades do período colonial, é possível verificar em documentos históricos como isso era parte do cotidiano há muito mais tempo. O fim do século XIX, com efeito, é quando se dá a universalização da liberdade e o nivelamento por baixo da cidadania das pessoas negras no país. Curiosamente, essa sociedade que absorveu o maior contingente de africanos escravizados, foi a última nação das Américas a abolir a escravidão e via sua população negra como um entrave a seu progresso criou para si uma saída para justificar as desigualdades produzidas e legitimadas: Teríamos formado uma nação livre do ódio de raça. Aqui, ao contrário dos EUA, como argumentou Joaquim Nabuco: “A escravidão, por felicidade nossa, não azedou nunca a alma do escravo contra o senhor – falando coletivamente – nem criou entre as duas raças ódio recíproco que existe naturalmente entre opressores e oprimidos”. Considerando os fatos, essa seria a melhor saída possível para a escravidão no Brasil. Só que, diferentemente de ser uma realidade, o mito da democracia racial foi um projeto de dominação branca para a manutenção da subalternidade negra.

              Geledés – Neste sentido, quais são as práticas mais relevantes de se interditar o exercício da liberdade e dos direitos da população negra ao longo do pós-abolição?

              É difícil falar em práticas mais relevantes de interdição quando se trata de uma sociedade organizada para garantir a negação de direitos de cidadania à maioria de sua população. É por isso que os estudos sobre o racismo no Brasil têm tanto material para analisar. Se você entrar pelas experiências educacionais, vai deparar com um universo de possibilidades para perceber essas interdições. O mesmo se aplica aos campos da saúde, segurança, mercado de trabalho, lazer, moda e por aí vai. O grande desafio de desmontar o racismo estrutural na vida brasileira é que não há contextos mais ou menos racistas.

              Geledés- Para ressignificar a escravidão, muitos estudiosos apontam a necessidade de obrigatoriedade do ensino da história afro-brasileira no currículo escolar. Porém essa prática, prevista na Lei federal 10.639/2003, não foi em frente. Como analisa essa situação e quais outras formas de se avançar nessa temática?

              A falta de empenho governamental e as dificuldades para o amadurecimento das práticas de educação antirracista não nos permite tomar como fato que as Lei n 10.639/2003 e n. 11.645/2008 não foram em frente. Como disse Luiza Bairros, em 2013, “implementar ou não implementar a lei remete a uma disputa do ponto de vista de valores e de significados profundos da formação do Brasil. É isso que a lei está pedindo. Quando eu olho por esse ponto de vista, eu acho até que avançou. Pensando por esse lado, não era para ter acontecido absolutamente nada”. É inegável que o debate sobre racismo no Brasil ganhou terreno nas últimas décadas e isso certamente tem a ver com o vivido de forma discreta ou explícita na Educação Básica e no Ensino Superior. Até mesmo a ampliação dos espaços nas redes sociais e nos meios de comunicação mais convencionais tem a ver com dinâmicas instituídas e fortalecidas no ambiente escolar.

              “Curiosamente, essa sociedade que absorveu o maior contingente de africanos escravizados foi a última nação das Américas a abolir a escravidão e via sua população negra como um entrave a seu progresso criou para si uma saída para justificar as desigualdades produzidas e legitimadas: Teríamos formado uma nação livre do ódio de raça.”

              Geledés -A escravidão foi reconhecida como crime contra a humanidade pela ONU, por meio do Estatuto de Roma, do Tribunal Penal Internacional, em 1998. Porém é possível identifica-la em distintas situações em nosso país. Em setembro de 2019, um menino foi amordaçado e chicoteado por seguranças da rede de supermercados Ricoy, em São Paulo. O que é o “pelourinho moderno” no Brasil?

               Não acredito que acionar a imagem do “pelourinho moderno” seja produtivo para os nossos objetivos. Já temos provas suficientes de que a sociedade não estabelece relação de empatia profunda com a figura dos escravizados. Reforçar as imagens da escravidão, portanto, não ajuda a luta pelo reconhecimento da humanidade da gente negra no tempo presente. Associar os linchamentos ao passado, além disso, é uma forma de anistiar a responsabilidade do tempo presente. Nesse sentido, justamente por não abrir mão de explicitar a seriedade e a profundidade da violência racial, eu compartilho do entendimento de Grada Kilombo sobre os malefícios de se reeditar as imagens da escravidão na atualidade. A quem e a que interessa fixar a pessoa negra do presente nos lugares da escravidão?

               

              Tags: aboliçãoabolicionistasAna Flávia Magalhães Pintocrimes da escravidãoHistória do Brasil
              PLPs em Ação - Geledés no enfrentando ao corona virus PLPs em Ação - Geledés no enfrentando ao corona virus PLPs em Ação - Geledés no enfrentando ao corona virus
              Postagem Anterior

              Em dia de live do Cidade Negra, Toni Garrido fala de preconceito: ‘Às vezes, me sinto ET’

              Próxima Postagem

              Funcionária que teve pulsos amarrados será indenizada

              Deixe um comentário abaixo, sua contribuição é muito importante.

              Artigos Relacionados

              Nossas Histórias

              Uma história negra com certeza: a escrita histórica nos jornais negros paulistanos

              23/12/2020
              Figura-chave no movimento abolicionista brasileiro, Luiz Gama também se destacava por seus talentos literários e jornalísticos, diz Ligia Fonseca Ferreira (WIKICOMMONS)
              Afro-brasileiros

              Quem foi Luiz Gama, figura-chave no movimento abolicionista brasileiro

              25/11/2020
              A pesquisadora Ana Flávia Magalhães Pinto no Instituto Central de Ciências (ICC), da Universidade de Brasília (Foto: Arquivo Pessoal)
              Afro-brasileiros e suas lutas

              20 de Novembro e a defesa de nossos melhores sonhos de liberdade

              23/11/2020
              Arte: Romulo Arruda
              Artigos e Reflexões

              Dia da Consciência Negra e luta antirracista

              20/11/2020
              Sinfrônio (à direita) trabalhou nas obras do Catetinho, sede do governo durante a construção da capital (foto: Arquivo Público-DF) Fonte: Agência Senado
              Afro-brasileiros e suas lutas

              Resgate da presença negra na formação de Brasília mobiliza estudiosos e sociedade

              08/10/2020
              A escritora Maria Firmina dos Reis, em desenho: não há imagem da autora disponível, e retrato que conhecido é na verdade da escritora gaúcha Maria Benedita Cãmara Imagem: Câmara dos Deputados/Reprodução/Imagem retirada do site TAB
              Esquecer? Jamais

              Autora negra antecipou o abolicionismo na literatura brasileira em 1859

              13/08/2020
              Próxima Postagem
              Imagem: Geledés

              Funcionária que teve pulsos amarrados será indenizada

              Últimas Postagens

              Rainha Abla Pokou (Foto: Imagem retirada do site DW)

              Rainha Abla Pokou: Mãe do povo Baoulé da Costa do Marfim

              23/01/2021

              Posicionamento da Coalizão Negra por Direitos sobre a Comissão de Juristas da Câmara Federal destinada ao aperfeiçoamento da legislação de combate ao racismo

              Jéssica Ellen canta a Umbanda e celebra ancestralidade em ‘Macumbeira’: ‘Conexão espiritual’

              Brasil: etnocracia branca contra a maioria negra

              Irmãs de 16 anos são alvos de racismo e sexismo no Rally Dakar; FIA repudia

              Tatiana Tibúrcio ganha o prêmio APCA de Melhor Atriz por atuação em ‘Falas Negras’

              Artigos mais vistos (7dias)

              DAVE KOTINSKYGETTY IMAGES

              Quem é Amanda Gorman, a poeta de 22 anos convidada para a posse de Biden

              20/01/2021
              Regé-Jean Page (Foto: Reprodução/Instagram)

              Quem é Regé-Jean Page, a estrela da série “Bridgerton”?

              13/01/2021

              52 nomes africanos femininos e masculinos para o seu bebê

              31/03/2020
              Diego Reis, CEO do Banco Afro | Divulgação/Imagem retirada do site o Globo

              Banco Afro atinge 30 mil clientes com salto após declaração de sócia do Nubank

              13/01/2021
              O protagonista de "Os Intocáveis", Omar Sy, (Foto: Jordan Strauss/Invision/AP - Jordan Strauss)

              Além de Lupin: conheça a carreira de Omar Sy em 5 filmes

              16/01/2021

              Twitter

              Facebook

              • "O artigo inicia-se a partir do conceito de cultura no sentido geral, antropológico. Entre os tantos termos que são utilizados para definição de cultura. Neste artigo, cultura será analisada por meio dos próprios atores que a promovem, nas esferas sociais e políticas. Além disso, por ser o samba rock uma manifestação cultural contemporânea e em avanço, foi analisado o conceito de que para uma cultura em observação, as variáveis são muitas e estão em pleno acontecimento, construção e evolução." Leia o Guest Post de Edneia Limeira em www.geledes.org.br
              • A coluna NOSSAS HISTÓRIAS desta quarta-feira vem com a assinatura da historiadora Iracélli da Cruz Alves! O tema “Mulheres negras, política e cultura do cancelamento no Brasil republicano” é abordado no artigo e no vídeo nos quais ela oferece reflexões a partir de registros da atuação de mulheres negras integrantes do Partido Comunista Brasileiro (PCB) na década de 1940! Confira um trecho: “O que essas mulheres têm em comum? Todas eram comunistas, trabalhadoras e muito provavelmente negras, como é perceptível nas poucas imagens que até hoje encontrei. Além disso, não podemos esquecer que a classe trabalhadora brasileira tem sido majoritariamente negra, o que aumenta a probabilidade de essa pressuposição fazer sentido para os casos em que não acessei registros fotográficos. Outro ponto em comum em suas trajetórias é que todas participaram ativamente da vida política do país em meados do século XX, atuando significativamente no partido no qual escolheram militar. No entanto, foram praticamente esquecidas (ou silenciadas?) tanto pela historiografia política do Brasil quanto pelas narrativas históricas sobre o PCB. Os nomes delas, na maioria das vezes, nem sequer são citados.” Leia todo o artigo no Geledés: https://www.geledes.org.br/mulheres-negras-politica-e-cultura-do-cancelamento-no-brasil-republicano/ Veja o vídeo no Acervo Cultne: https://youtu.be/pS35-3RuNMc
              • Já que o mundo está em medida de contenção social, acredito estar diante de um dos maiores desafios que o ser humano possa receber da vida, que é o de ter a oportunidade de ficar sozinho e explorar a sua consciência, conhecer quem é essa pessoa que cohabita em meu corpo, ou seja tentar descobrir quem “eu dentro de mim”. Leia o Guest Post de Tatiane Cristina Nicomedio dos Santos em: www.geledes.org.br
              • Enfermeira Monica Calazans, primeira pessoa vacinada em território nacional
              • "Escolhi parafrasear no título do presente guest post a escritora brasileira, Conceição Evaristo, que constrói contos e poemas reveladores da condição da população negra no país. A intelectual operaciona a categoria de “escrevivência”, através de uma escrita que narra o cotidiano, as lembranças e as experiências do outro, mas sobretudo, a sua própria, propagando os sentimentos, as lutas, as alegrias e resistências de um povo cujas vozes são silenciadas." Leia o Guest Post de Ana Paula Batista da Silva Cruz em: www.geledes.org.br
              • ✊🏾 1960-1970: Grupo Palmares de Porto Alegre e a afirmação do Dia da Consciência Negra ✊🏾 Está disponível mais uma sala da Exposição “20 de Novembro - Dia Nacional da Consciência Negra” no Google Arts & Culture! Link: https://artsandculture.google.com/culturalinstitute/beta/u/4/exhibit/1960-1970-grupo-palmares-de-porto-alegre-e-a-afirma%C3%A7%C3%A3o-do-dia-da-consci%C3%AAncia-negra/tgLSJakjmcizKA 🙌🏿 Esta sala é especialmente dedicada à movimentação do Grupo Palmares em Porto Alegre, fundado em 1971, afirmando o Vinte de Novembro como Dia da Consciência Negra. Em 2021, o Vinte completa 50 anos! Conecte-se ao compromisso de ativistas negros e negras gaúchas em defesa de uma história justa sobre as lutas negras por liberdade por meio de depoimentos, fotografias, poemas, anotações, cartas, entre outros documentos. Vamos junt@s! 🖤 O material pode ser acessado em português e inglês e é mais um resultado da parceria entre a Rede de HistoriadorXs NegrXs(@historiadorxsnegrxs , Geledés Instituto da Mulher Nega e o Acervo Cultne! (@cultne) 🎉 Ao longo de todo 2021, muitas outras “Nossas Histórias” sobre vidas, lutas e saberes da gente negra serão contadas em salas de exposições virtuais!
              • "A história do indigenismo no século XIX tem importantes pontos de conexão com a história do tráfico escravista. A investigação dessas conexões permite compreender como possibilidades de branqueamento foram projetadas na nação brasileira, para além da mais conhecida: a imigração europeia ocorrida entre o último quartel do século XIX e 1930." Leia o artigo do historiador Samuel Rocha Ferreira publicado na coluna “Nossas Histórias” **A coluna “Nossas Histórias” é uma realização da Rede de Historiadoras Negras e Historiadores Negros em parceira com o Portal Geledés e o Acervo Cultne.
              • "Afirmar que este ano foi ganho para a EDUCAÇÃO parece beirar à cegueira. Escolas fechadas, estudantes, professores, gestores todos os servidores em casa e sem aulas presenciais." Leia o Guest Post de Jocivaldo dos Anjos em: www.geledes.org.br
              Facebook Twitter Instagram Youtube

              Geledés Instituto da Mulher Negra

              GELEDÉS Instituto da Mulher Negra fundada em 30 de abril de 1988. É uma organização da sociedade civil que se posiciona em defesa de mulheres e negros por entender que esses dois segmentos sociais padecem de desvantagens e discriminações no acesso às oportunidades sociais em função do racismo e do sexismo vigentes na sociedade brasileira.

              Fique em casa

              Rainha Abla Pokou (Foto: Imagem retirada do site DW)

              Rainha Abla Pokou: Mãe do povo Baoulé da Costa do Marfim

              23/01/2021
              Foto: Reprodução/ Coalizão Negra por Direitos

              Posicionamento da Coalizão Negra por Direitos sobre a Comissão de Juristas da Câmara Federal destinada ao aperfeiçoamento da legislação de combate ao racismo

              23/01/2021
              Jessica Ellen em foto de divulgação do single Pomba Gira (Foto: Gabriella Maria)

              Jéssica Ellen canta a Umbanda e celebra ancestralidade em ‘Macumbeira’: ‘Conexão espiritual’

              22/01/2021

              1997 - 2020 | Portal Geledés

              Sem resultados
              Ver todos os resultados
              • Home
              • Geledés
                • O Geledés
                • Quem Somos
                • O que fazemos?
                • Projetos em Andamento
                  • PLPs em Ação – Geledés no Enfrentamento ao coronavírus
                • Apoiadores & Parceiros
                • Geledés no Debate
                • Guest Post
                • Gęlędę na tradição yorubá
                • Publicações de Geledés
                • Geledés 30 anos
                • Memória Institucional
                • Worldwide
              • Questões de Gênero
                • Mulher Negra
                • Violência contra Mulher
                • LGBTQIA+
                • Sueli Carneiro
                • Marielle Franco
              • Questão Racial
                • Artigos e Reflexões
                • Casos de Racismo
                • Cotas Raciais
                • Violência Racial e Policial
              • Em Pauta
              • Discriminação e Preconceitos
                • Defenda-se
              • África e sua diáspora
                • Africanos
                • Afro-americanos
                • Afro-brasileiros
                • Afro-brasileiros e suas lutas
                • Afro-canadenses
                • Afro-europeus
                • Afro-latinos e Caribenhos
                • Entretenimento
                • Esquecer? Jamais
                • Inspiradores
                • No Orun
                • Patrimônio Cultural

              1997 - 2020 | Portal Geledés

              Welcome Back!

              Login to your account below

              Forgotten Password?

              Create New Account!

              Fill the forms bellow to register

              All fields are required. Log In

              Retrieve your password

              Please enter your username or email address to reset your password.

              Log In

              Add New Playlist

              Utilizamos cookies para fornecer uma melhor experiência para os visitantes do Portal Geledés. Ao prosseguir você aceita os termos de nossa Política de Privacidade.OKVer Política de Privacidade