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    Barbie de Maya Angelou || Reprodução Instagram

    Escritora e ativista Maya Angelou ganha Barbie em sua homenagem no mês da História Negra

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    Primeira vereadora negra eleita na Câmara de Curitiba, Carol Dartora recebeu ameaças de morte por e-mail (DIVULGAÇÃO/Imagem retirada do site El País)

    Ameaças de neonazistas a vereadoras negras e trans alarmam e expõem avanço do extremismo no Brasil

    Ingrid Silva é a primeira bailarina negra e brasileira a ser palestrante principal em Harvard

    Pesquisadoras também produziram livreto em homenagem às profissionais que atuam no combate ao coronavírus - Ilustrações: Marcelo Jean Machado

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    A cantora Alaíde Costa Kazuo Kajihara/ Sesc-SP

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      Brasil: etnocracia branca contra a maioria negra

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      Irmãs de 16 anos são alvos de racismo e sexismo no Rally Dakar; FIA repudia

      Reprodução/Facebook

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      “Mas morreu esse tanto de gente por covid-19 mesmo?”

      Arquivo Pessoal

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      Alicia Keys (Foto: Rob Latour/Shutterstock)

      Alicia Keys pede para Joe Biden lançar iniciativa de justiça racial nos EUA

      Enfermeira Mônica Calazans, de 54 anos, é a primeira brasileira a receber dose da vacina Coronavac (Foto: Governo do Estado de São Paulo / Divulgação)

      “Precisa dizer que Mônica é negra?”: o racismo à brasileira e a CoronaVac 

      Em foto de 2019, Ananda Portela segura a mão da avó, internada com covid-19 Imagem: Acervo Pessoal

      Após o final do ano, a covid-19 explodiu em minha família – e no país

      Thiago Amparo (Foto: Marcus Leoni/CLAUDIA)

      O Brasil é uma enfermeira preta vacinada

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      Do crente ao ateu, não faltam explicações para o racismo religioso no Brasil

      Foto: Deldebbio

      Prefeito de Duque de Caxias é investigado por intolerância religiosa a crenças de matriz africana

      FÁBIO VIEIRA/ESPECIAL METRÓPOLES

      Após ser alvo de ataques transfóbicos e racistas, Érika Hilton irá processar 50 pessoas

      A parlamentar Laetitia Avia propôs a nova nova lei, enquanto o primeiro-ministro Jean Castex foi ridicularizado por seu sotaque (GETTY IMAGES)

      Por que a França pode criminalizar a discriminação pelo sotaque

      Adolescente de 16 anos foi espancada pelo pai por ser lésbica, na Bahia — Foto: Divulgação/Polícia Civi

      Adolescente é espancada pelo pai na BA e relata que motivo é ela ser lésbica; avó da vítima denunciou homem à polícia

      (Jonathan Alcorn/AFP/)

      Painel trata combate ao racismo como exercício de cidadania e justiça

      Imagem: Geledes

      Racismo Estrutural – Banco é condenado a indenizar cliente por discriminação racial

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        Jessica Ellen em foto de divulgação do single Pomba Gira (Foto: Gabriella Maria)

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        Tatiana Tibúrcio levou o prêmio APCA de Melhor Atriz por sua interpretação da doméstica Mirtes Souza, no especial 'Falas Negras' — Foto: TV Globo/Victor Pollak

        Tatiana Tibúrcio ganha o prêmio APCA de Melhor Atriz por atuação em ‘Falas Negras’

        Edneia Limeira dos Santos - Foto: Nego Júnior

        Samba Rock na Cidade de São Paulo: Uma Análise da Evolução do Gênero Desde os Anos 1970 nos Bailes Blacks, até o Registro Como Patrimônio Cultural Imaterial

        Francisco Ribeiro Eller (ou Chico Chico), 27 anos (Foto: Marina Zabenzi)

        Chicão, filho de Cássia Eller: ‘Batalha das minhas mães é parte do que sou’

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        ‘Uma Noite em Miami’: Regina King celebra o homem negro em encontro estelar

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        O escritor nigeriano Wole Soyinka, durante visita ao Brasil em 2015 - Bruno Poletti/Folhapress

        ‘Aké’ é oportunidade de ler Wole Soyinka, um dos maiores nomes da África

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              “Amar a negritude”: a descolonização na luta antirracista

              25/06/2020
              em Artigos e Reflexões, Guest Post
              Tempo de leitura: 6 min.

              Fonte: Por Anna Beatriz Passos da Silva Carlos, enviado para o Portal Geledés
              Bell Hooks/ Foto: retirado no Google imagens.

              Bell Hooks/ Foto: retirado no Google imagens.

              Uma das coisas mais difíceis é você amar aquilo que você vê. Bell Hooks (2010) escreve, “a arte e a forma de amar começa na capacidade de nos conhecer e nos afirmar” (s/p). Olhar para o espelho e nos reconhecer como seres humanos incríveis é um processo que está sempre em construção. Olhar para si sem crítica e sem julgamentos é uma tarefa quase impossível em uma sociedade racista. Porém sendo “quase” significa que a capacidade de nos amar é tarefa alcançável. Amar esse corpo escuro; esses cabelos rebeldes; esse nariz largo; essa boca grande; amar a si do jeitinho que se sente mais confortável. 

              Repito a palavra “amar”, pois como bem aponta a autora, “o amor cura”. Não venho querendo explicar o que é o amor, cada um sabe e entende de forma diferente o significado dessa palavra, venho expressar um pouco de todo turbilhão que eu sinto/senti nesses anos sendo uma cientista social (futura socióloga), mulher, negra, bissexual, acima do peso, com 24 anos. Tento compreender o significado de “amar a negritude”, conceito colocado pela intelectual Bell Hooks e o impacto na luta libertadora da lógica da supremacia da branquitude.

              Em uma das aulas em que lecionou, Hooks (2019) discute o romance “Passing”, de Nella Larsen com a turma. Nesse livro, uma das personagens, Clare, uma mulher negra que passou como branca por toda a sua vida adulta casando com um empresário branco e rico, tem o desejo de “ser negra”, desejo esse que a faz ser assassinada. Hooks coloca uma pauta para turma, a possibilidade de pensar o perigo de amar a negritude em uma cultura supremacista branca, que sua ameaça no tecido da ordem social poderia levar a morte. 

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              10/11/2020

              O clima da sala ficou pesado, os estudantes estavam interessados em debater o desejo que as pessoas negras têm em ser brancas. Não puderam levar a sério um debate crítico sobre “amar a negritude”, o interesse era discutir o auto-ódio. Narrativas demonstrando as diversas maneiras que as pessoas negras tentaram conquistar a branquitude, sejam nas atitudes, nas escolhas de roupas ou nos grupos específicos.

              Após o término da aula, Hooks relata que se sentiu como se tivesse observado um ritual do impacto da supremacia branca com a coletividade em nossas psiques, moldando a forma como agimos, falamos, andamos e sonhamos. O aspecto mais assustador desse ritual é o silenciamento no debate construtivo sobre amar a negrite. Estamos tão imersos em falar sobre nossas dores, em como essa cultura nos diminui, que não refletimos nosso valor, o de nossa identidade e cultura, pois imaginar que podemos desejar ser contra uma hegemonia é um ato muito perigoso. 

              “Em um contexto supremacista branco, ‘amar a negritude’, raramente é uma postura política refletida no dia a dia. Quando é mencionada, é tratada como suspeita, perigosa e ameaçadora.” (HOOKS, 2019, p. 40).

              O auto-ódio ainda é muito discutido dentro da academia, mesmo quando há uma aceitação das nossas características fenotípicas, continuamos apegados ao discurso ligado na narrativa ao desejo anterior de “ser branco”. Mas o que seria, afinal, essa tentativa de construção de amor à negritude que tanto ameaça a cultura hegemônica?

              “Amar a negritude” é esse ato de descolonizar e romper com pensamento supremacista branco que insinua que somos inferiores, inadequados, marcados pela vitimização (HOOKS, 2019). Internalizar para si o amor pela sua cor; pela sua cultura; pelos seus traços e pelos seus modos. Podemos dizer que é um “pensar negro” entender que a nossa negritude e a nossa epistemologia é relevante, pois nós somos relevantes, nosso pensamento tem que estar dentro das instituições, assim como nós temos que estar presentes. E isso é perigoso.

              “Em nossos empregos, quando nos expressamos a partir de um ponto de vista descolonizado, arriscamos ser vistos como perigosos e pouco cordiais.” (HOOKS, 2019, p. 50).

              Colocar nossas opiniões pode ser muitas vezes entendido como uma afronta digna de punição fazendo com que muitos negros estejam dispostos a ignoras essas diferenças, mesmo consciente em seu ambiente de trabalho, na estimativa de alcance de recompensa de bens materiais e status quo na sociedade supremacista branca. 

              Bell Hooks (2019) expõe a lógica da branquitude que seduz as pessoas negras com a promessa de sucesso apenas à aqueles que estiverem disposto a negar o valor da negritude condizendo com os valores da supremacia branca e vendo a negritude como um marcador de vitimização.

              “Conforme as pessoas negras personificam essas atitudes e se comportam de modo semelhante aos estereótipos racistas, observamos maior apoio ou aceitação na cultura. Um grande exemplo é o branco consumidor de rap misógino que reproduz a ideia de que homens negros são animais violentos e brutos.” (HOOKS, 2019, p. 50).

              Uma cultura de dominação se caracteriza com a autonegação dos seus cidadãos, bombardeados por mensagens que desvalorizam nossa imagem, somos mais marginalizados e internalizamos em nossas almas. Diminuímo-nos por acreditar que a subordinação do negro seja algo natural.

               Nesse contexto, é com um debate construtivo ao amor à negritude que conseguiremos nossa libertação para uma luta contra esse sistema opressor. Somente descolonizando nossos pensamentos, vendo nosso valor como seres humanos conseguiremos ter força para combater de frente. 

              Ser forte é uma das exigências que nos colocam para viver nesse mundo; temos que ser fortes, pois vivemos em uma sociedade machista; temos que ser forte, pois vivemos em uma sociedade racista; temos que ser forte, pois vivemos em uma sociedade heteronormativa e temos que ser forte porque a vida é difícil e precisamos seguir em frente. E digo, não há problema em ser forte, o problema é querer ser forte sozinho, se podemos contar um alguém, por que não simplesmente contamos com ela? Às vezes é constrangedor, às vezes só conseguimos abrir com certa pessoa, às vezes só conseguimos falar certas coisas que não são nem um terço do que estamos sentido. Mas uma coisa é certa, se tiver alguém não tem porque não tentar. E isso é se amar.

              Pedir ajuda é a nossa maior força dentro da luta antirracista e também nosso maior ato de amor, saber que não estamos sozinhos nos faz forte o suficiente para olharmos o espelho e nos afirmarmos como indivíduos que valemos a pena. E nós valemos a pena, basta aceitar. Essa aceitação é amor, 

              Quando conhecemos o amor, quando amamos, é possível enxergar o passado com outros olhos; é possível transformar o presente e sonhar o futuro. Esse é o poder do amor. O amor cura (HOOKS, 2010, s/p). 

              Compreendo que a luta antirracista é antes de tudo uma luta de aceitação. Combate árduo contra uma cultura que ensina a nos odiarmos. Como no poema da coreógrafa, Victoria Santa Cruz (2013), “Gritaram-me negra” na infância, por não saber a verdade que aquilo escondia, retrocedi e me senti negra.  Odiei por muito tempo minha aparência, principalmente, meus cabelos. Até um dia, que de tanto retroceder, dei um basta e voltei às minhas raízes e, juntamente, com leituras das feministas negras e apoio de amigos e familiares, admiti: “negra sou”, me orgulho disso e sei que não estou só. 

              A nossa união nos fortalece. Ame, ame a si e seu semelhante; ame a si e seu diferente, une-se a eles e juntos transformaremos o mundo.

              E para os nossos colegas brancos que apoiam a nossa luta, um pequeno recado, enquanto não questionarem seus privilégios diante a construção social e política na sociedade causada pela supremacia branca, continuarão a exercer as ideias da hegemonia. Não entenderão a verdadeira intenção da luta antirracista e seu papel na desconstrução da sociedade. Não é só entender o que é racismo é buscar a fundo as consequências que o racismo traz para a formação identitária, política, cultural. Entender sua condição de sujeito em relação aos indivíduos não-brancos, só assim, saindo da zona de conforto que conseguirá entender a real luta antirracista. 

              A luta é árdua e perigosa, ir contra a cultura dominante pode levar a série de retaliações, porém estar disposto a seguir em frente sabendo que não está só é um estímulo para uma luta libertária.

               

              REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

              HOOKS, Bell. Olhares Negros: Raça e Representação. Editora Elefante, 2019

              ______. Me gritaram negra! A poeta Victoria Santa Cruz. In: Geledes, 2013, s/p. Disponível em: https://www.geledes.org.br/me-gritaron-negra-a-poeta-victoria-santa-cruz/ Acesso: Junho 2020.

              _____. Vivendo de amor. In: Geledes, 2010, s/p. Disponível em: http://arquivo.geledes.org.br/areas-de-atuacao/questoes-de-genero/180-artigos-degenero/4799-vivendo-de-amor Acesso: Junho 2020.

               


              ** ESTE ARTIGO É DE AUTORIA DE COLABORADORES OU ARTICULISTAS DO PORTAL GELEDÉS E NÃO REPRESENTA IDEIAS OU OPINIÕES DO VEÍCULO. PORTAL GELEDÉS OFERECE ESPAÇO PARA VOZES DIVERSAS DA ESFERA PÚBLICA, GARANTINDO ASSIM A PLURALIDADE DO DEBATE NA SOCIEDADE. 

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              • "O artigo inicia-se a partir do conceito de cultura no sentido geral, antropológico. Entre os tantos termos que são utilizados para definição de cultura. Neste artigo, cultura será analisada por meio dos próprios atores que a promovem, nas esferas sociais e políticas. Além disso, por ser o samba rock uma manifestação cultural contemporânea e em avanço, foi analisado o conceito de que para uma cultura em observação, as variáveis são muitas e estão em pleno acontecimento, construção e evolução." Leia o Guest Post de Edneia Limeira em www.geledes.org.br
              • A coluna NOSSAS HISTÓRIAS desta quarta-feira vem com a assinatura da historiadora Iracélli da Cruz Alves! O tema “Mulheres negras, política e cultura do cancelamento no Brasil republicano” é abordado no artigo e no vídeo nos quais ela oferece reflexões a partir de registros da atuação de mulheres negras integrantes do Partido Comunista Brasileiro (PCB) na década de 1940! Confira um trecho: “O que essas mulheres têm em comum? Todas eram comunistas, trabalhadoras e muito provavelmente negras, como é perceptível nas poucas imagens que até hoje encontrei. Além disso, não podemos esquecer que a classe trabalhadora brasileira tem sido majoritariamente negra, o que aumenta a probabilidade de essa pressuposição fazer sentido para os casos em que não acessei registros fotográficos. Outro ponto em comum em suas trajetórias é que todas participaram ativamente da vida política do país em meados do século XX, atuando significativamente no partido no qual escolheram militar. No entanto, foram praticamente esquecidas (ou silenciadas?) tanto pela historiografia política do Brasil quanto pelas narrativas históricas sobre o PCB. Os nomes delas, na maioria das vezes, nem sequer são citados.” Leia todo o artigo no Geledés: https://www.geledes.org.br/mulheres-negras-politica-e-cultura-do-cancelamento-no-brasil-republicano/ Veja o vídeo no Acervo Cultne: https://youtu.be/pS35-3RuNMc
              • Já que o mundo está em medida de contenção social, acredito estar diante de um dos maiores desafios que o ser humano possa receber da vida, que é o de ter a oportunidade de ficar sozinho e explorar a sua consciência, conhecer quem é essa pessoa que cohabita em meu corpo, ou seja tentar descobrir quem “eu dentro de mim”. Leia o Guest Post de Tatiane Cristina Nicomedio dos Santos em: www.geledes.org.br
              • Enfermeira Monica Calazans, primeira pessoa vacinada em território nacional
              • "Escolhi parafrasear no título do presente guest post a escritora brasileira, Conceição Evaristo, que constrói contos e poemas reveladores da condição da população negra no país. A intelectual operaciona a categoria de “escrevivência”, através de uma escrita que narra o cotidiano, as lembranças e as experiências do outro, mas sobretudo, a sua própria, propagando os sentimentos, as lutas, as alegrias e resistências de um povo cujas vozes são silenciadas." Leia o Guest Post de Ana Paula Batista da Silva Cruz em: www.geledes.org.br
              • ✊🏾 1960-1970: Grupo Palmares de Porto Alegre e a afirmação do Dia da Consciência Negra ✊🏾 Está disponível mais uma sala da Exposição “20 de Novembro - Dia Nacional da Consciência Negra” no Google Arts & Culture! Link: https://artsandculture.google.com/culturalinstitute/beta/u/4/exhibit/1960-1970-grupo-palmares-de-porto-alegre-e-a-afirma%C3%A7%C3%A3o-do-dia-da-consci%C3%AAncia-negra/tgLSJakjmcizKA 🙌🏿 Esta sala é especialmente dedicada à movimentação do Grupo Palmares em Porto Alegre, fundado em 1971, afirmando o Vinte de Novembro como Dia da Consciência Negra. Em 2021, o Vinte completa 50 anos! Conecte-se ao compromisso de ativistas negros e negras gaúchas em defesa de uma história justa sobre as lutas negras por liberdade por meio de depoimentos, fotografias, poemas, anotações, cartas, entre outros documentos. Vamos junt@s! 🖤 O material pode ser acessado em português e inglês e é mais um resultado da parceria entre a Rede de HistoriadorXs NegrXs(@historiadorxsnegrxs , Geledés Instituto da Mulher Nega e o Acervo Cultne! (@cultne) 🎉 Ao longo de todo 2021, muitas outras “Nossas Histórias” sobre vidas, lutas e saberes da gente negra serão contadas em salas de exposições virtuais!
              • "A história do indigenismo no século XIX tem importantes pontos de conexão com a história do tráfico escravista. A investigação dessas conexões permite compreender como possibilidades de branqueamento foram projetadas na nação brasileira, para além da mais conhecida: a imigração europeia ocorrida entre o último quartel do século XIX e 1930." Leia o artigo do historiador Samuel Rocha Ferreira publicado na coluna “Nossas Histórias” **A coluna “Nossas Histórias” é uma realização da Rede de Historiadoras Negras e Historiadores Negros em parceira com o Portal Geledés e o Acervo Cultne.
              • "Afirmar que este ano foi ganho para a EDUCAÇÃO parece beirar à cegueira. Escolas fechadas, estudantes, professores, gestores todos os servidores em casa e sem aulas presenciais." Leia o Guest Post de Jocivaldo dos Anjos em: www.geledes.org.br
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              Geledés Instituto da Mulher Negra

              GELEDÉS Instituto da Mulher Negra fundada em 30 de abril de 1988. É uma organização da sociedade civil que se posiciona em defesa de mulheres e negros por entender que esses dois segmentos sociais padecem de desvantagens e discriminações no acesso às oportunidades sociais em função do racismo e do sexismo vigentes na sociedade brasileira.

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