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    Camila Moura de Carvalho (Arquivo Pessoal)

    Camila Moura de Carvalho: Por que o feminismo negro?

    Djamila Ribeiro – Filósofa e Escritora “Não é preciso ser negro para se engajar na luta antirracista” (Foto: Victor Affaro)

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    Anielle Franco (Foto: Bléia Campos)

    A importância da proteção de defensores e defensoras de direitos humanos 

    Ilustração/ Thaddeus Coates

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    Bianca Santana - Foto: João Benz

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     A24 Studios/Reprodução

    O Homem Negro Vida

    A nigeriana Ngozi Okonjo-Iweala prepara seu discurso após ser nomeada, em sua casa de Potomac, Maryland. (Foto: ERIC BARADAT / AFP)

    A nigeriana Ngozi Okonjo-Iweala será a primeira mulher africana a dirigir a OMC

    (Foto: Divulgação/ Editora ContraCorrente) 

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      Bianca Santana, jornalista, cientista social e pesquisadora - Foto: Bruno Santos/Folhapress

      Notícia sem contexto contribui para o genocídio negro no Brasil, afirma pesquisadora

      Alice Hasters (Foto: Tereza Mundilová/ @terezamundilova)

      Alice Hasters – Por que os brancos gostam de ser iguais

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      Família diz que menino morto no Rio foi retirado da porta de casa pela PM

      Foto: Diêgo Holanda/G1

      Perigo: ele nasceu preto

      Foto: Ari Melo/ TV Gazeta

      Moradores carregam corpos e relatam danos psicológicos após ações da PM na Baixada Fluminense

      Keeanga-Yamahtta Taylor (© Don Usner)

      O que o Black Lives Matter diz ao mundo e ao Brasil

      83% dos presos injustamente por reconhecimento fotográfico no Brasil são negros

      Ilustração/ Thaddeus Coates

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      Brasil segue no topo de ranking de assassinatos de pessoas trans no mundo

      Maíra Vida: Advogada, Professora, Conselheira Estadual da OAB BA e Presidenta da Comissão Especial de Combate à Intolerância Religiosa (Foto: Angelino de Jesus)

      Do crente ao ateu, não faltam explicações para o racismo religioso no Brasil

      Foto: Deldebbio

      Prefeito de Duque de Caxias é investigado por intolerância religiosa a crenças de matriz africana

      FÁBIO VIEIRA/ESPECIAL METRÓPOLES

      Após ser alvo de ataques transfóbicos e racistas, Érika Hilton irá processar 50 pessoas

      A parlamentar Laetitia Avia propôs a nova nova lei, enquanto o primeiro-ministro Jean Castex foi ridicularizado por seu sotaque (GETTY IMAGES)

      Por que a França pode criminalizar a discriminação pelo sotaque

      Adolescente de 16 anos foi espancada pelo pai por ser lésbica, na Bahia — Foto: Divulgação/Polícia Civi

      Adolescente é espancada pelo pai na BA e relata que motivo é ela ser lésbica; avó da vítima denunciou homem à polícia

      (Jonathan Alcorn/AFP/)

      Painel trata combate ao racismo como exercício de cidadania e justiça

      Imagem: Geledes

      Racismo Estrutural – Banco é condenado a indenizar cliente por discriminação racial

      GettyImagesBank

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        Chiquinha Gonzaga aos 47 anos, em 1984 (Acervo Instituto Moreira Salles/Coleção Edinha Diniz/Ciquinha Gonzaga)

        Negritude de Chiquinha Gonzaga ganha acento em exposição em São Paulo

        Edusa Chidecasse (Foto: Reprodução/ @tekniqa.studios)

        Websérie Bantus entrevista atriz angolana

        Itamar Assumpção/Caio Guatalli

        Itamar Assumpção para crianças

        Lula Rocha, expoente do movimento negro do Espírito Santo - Arquivo pessoal

        Morte: Agregador, articulou cultura e educação no movimento negro

        Chiquinha Gonzaga  Acervo Instituto Moreira Salles/Coleção Edinha Diniz/Divulgação

        Itaú Cultural abre a série Ocupação em 2021 com mostra dedicada à maestrina Chiquinha Gonzaga

        Vacinação contra a Covid-19 dos Quilombolas da comunidade Sucurijuquara, região isolada do Distrito de Mosqueiro, no Pará (Foto: FramePhoto / Agência O Globo)

        Covid-19: maioria da população, negros foram menos vacinados até agora

        Osaka comemora título do Austraçlian Open após vitória contra Brady (Foto: ASANKA BRENDON RATNAYAKE / REUTERS)

        Osaka conquista Australian Open e chega ao 4º título de Grand Slam

        Viviane Ferreira (Foto: Imagem retirada do site Glamurama)

        Cineasta Viviane Ferreira será a nova diretora-presidente da SPCINE

        Steve Granitz/WireImage

        Regina King interpretará a primeira congressista negra dos Estados Unidos

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              Em AmarElo – É Tudo Para Ontem, Emicida e Fióti dão aula de ficar para história – de fazer preto se orgulhar e branco pensar

              Documentário é, ao mesmo tempo, aula sobre música, Brasil, racismo, cidades, São Paulo, e cultura - já pode cair no vestibular

              13/12/2020
              em Entretenimento
              Tempo de leitura: 6 min.

              Fonte: Rolling Stone, por Yolanda Reis
              Emicida canta AmarElo no Theatro Municipal de São Paulo em 2019 (Foto: Jef Delgado)

              Emicida canta AmarElo no Theatro Municipal de São Paulo em 2019 (Foto: Jef Delgado)

              “O que tentamos expandir é o grande direito de existir, mano. Não resistir. Resistir já é uma resposta, então a resistência já te coloca num lugar secundário, porque você precisa responder a uma estrutura. AmarElo é um grande manifesto pelos direitos de poder existir sem precisar responder à opressão” – Emicida.

              Emicida no Theatro Municipal de São Paulo em 2019 (Foto: Jef Delgado)

              Emicida chegará em 2021 subindo em um novo patamar da música brasileira. O rapper lança, em 8 de dezembro de 2020, o documentário AmarElo – É Tudo Para Ontem pela Netflix (produção de Evandro Fióti e direção de Fred Ouro Preto). À primeira vista, parece uma produção sobre o disco dele, lançado sob o mesmo nome em 2019, e o maravilhoso show de estreia no Theatro Municipal de São Paulo. Mas é muito além disso: é uma verdadeira aula de história digna de ficar para a história.

              O que começa em microcosmos termina num abraço da cultura brasileira no geral. Emicida narra sua história pessoal, de batalhas de rima e crescer na Zona Norte de São Paulo ao show no Theatro para apresentar AmarElo. Mas conta bem além disso: vai um século para o passado, e mostra como, na semana de 22, os Oito Batutas eram tão contemporâneos quanto o rap é hoje.

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              Empoderamento feminino e negro: Flávia Souza lança música sobre a força da mulher

              19/02/2021

              O objetivo do filme, muito além de um docushow, é mostrar como a arte do Brasil é preta. É assim há mais de um século, mas custa para verem assim. AmarElo – É Tudo Pra Ontem retoma o direito da expressão e de conquista de lugares. Mostra a história que muitos não querem ver – tanto cultural quanto social. “O AmarElo é um grande manifesto pelos direitos de poder existir sem precisar responder à opressão. Ser maior do que ela,” disse Emicida em entrevista para Rolling Stone. Confira o papo:

              Emicida no Theatro Municipal de São Paulo em 2019 (Foto: Jef Delgado)

              Rolling Stone: E aí, Emicida, como você tá?

              Emicida: Tô bem. Tô daora. Tô bacana. Tamo aí… Enquanto tiver milho, a gente faz pipoca.

              RS: Quero começar elogiando o documentário. Achei sensacional. Terminei de assistir de madrugada e mandei mensagem para a equipe, de lição de casa, para redação inteira assistir. Está sensacional!

              E: [Risos]. Obrigado. Que f***. Você terminou ele com qual sensação? A entrevista ficou ao contrário! Eu também tenho só 12 minutos para fazer a entrevista?

              RS: [Risos] Acho que a primeira sensação foi um peso, né? Primeiro, na consciência, porque [sou branca] e minha história afeta muito diretamente a sua. Um peso por tudo que meus amigos passaram. Sou da Zona Norte [de São Paulo, onde Emicida cresceu] e conheço muita história parecida com a sua. A principal questão foi um peso… Mas também, esperança, de ver o tanto que vocês conseguiram nesses últimos anos. Isso é f***.

              E: É… Acho que conseguimos contar uma história que pensa nos momentos de dureza, mas terminamos ele com muita beleza e uma provocação muito forte, saca? Do tipo ‘ok, sejamos melhores.’

              Emicida canta AmarElo no Theatro Municipal de São Paulo em 2019 (Foto: Jef Delgado)

              RS: Sim, isso foi bem incisivo. Falando do final pro começo, então: você passa toda aquela mensagem de união, de como enquanto um estiver livre mas o outro não, ninguém está livre de verdade. Gostei muito disso, e queria saber como você acha que as outras lutas acompanham a sua luta?

              E: Eu… Às vezes, uso a palavra luta. Não é tão estranho para mim. Mas luta não é a minha palavra preferida. Às vezes, consegue sintetizar bem um determinado momento. Mas, a verdade, é que à medida que amadureci compreendi como é maravilhoso se olhar no espelho e sentir que você é um ser um humano. Isso aconteceu por uma série de coisas: as pessoas que conheci, as pessoas que tenho ao meu redor, as pessoas que trabalhei, inclusive no documentário – foram pessoas fantásticas, por causa das viagens que fiz, do que li… Tudo isso é uma somatória que me coloca num lugar que me faz ter essa sensação.

              Aí, talvez esse seja o coração de todas as atividades que são produzidas, no sentido de expandir o que significam direitos humanos pelo planeta. Tá ligado? O que essas pessoas querem? Os ativistas de direitos humanos querem que essas pessoas se olhem no espelho e se sintam humanas, entenderem que elas podem colaborar, produzir, viver, trabalhar… Não serão prejudicadas por nenhuma característica com a qual elas nasceram, saca? Ou a forma que se orientam em questões de gênero…

              Emicida e Majur tocam no Municipal (Foto: Jef Delgado)

              Então, “luta” é uma boa palavra, mas acho que o que fazemos, o que tentamos expandir, é o grande direito de existir, mano. Não resistir. Resistir já é uma resposta, então a resistência já te coloca num lugar secundário, porque você precisa responder a uma estrutura.

              O que fazemos, tanto no projetoAmarElo como disco, e intensificamos no documentário, é mostrar que tivemos perguntas muito melhores ao longo da história desse país. Mas, nesse momento, estamos respondendo perguntas medíocres. Tá ligado? Precisamos nos reconectar com a qualidade das perguntas para que essa existência seja o centro, e não resistir mais. Entendeu?

              Porque até na melhor das intenções, as pessoas querem fazer com que essas lutas sejam visibilizadas, e nessa boa intenção as pessoas tendem a colocar essas pessoas… Vamos falar aí de pessoas de pele escura, indígenas, mulheres, LGBTQ+… [Cara***, foi a primeira vez que acertei a sigla! Carai, to ficando profissional!] Mas mesmo que na boa intenção, às vezes, as pessoas colocam cada um desses grupos num lugar que parece que a existência deles é responder à opressão, quando na verdade é muito mais…

              O AmarElo é um grande manifesto pelos direitos de poder existir sem precisar responder à opressão. Ser maior do que ela.

              RS: No documentário, tem uma passagem com Zeca Pagodinho. Vocês estão conversando e você fala como nos últimos 10 anos houve um progresso, e definiu esse como “o período que não precisamos provar nada para ninguém.” Como você, como músico, sentiu essa mudança?

              E: Quando cheguei aqui, rap não era compreendido como música em muitos lugares. A própria imprensa tinha uma maneira muito superficial e estereotipada de se referir ao gênero. Junto de outros artistas, conseguimos expandir o que isso significa. Isso também signifca que, junto com outros movimentos da sociedade, também expandimos o que significa ser uma pessoa preta, o que significa ser uma pessoa de quebrada. É muito amplo e não dá para colocar ninguém, nenhum grupo numa caixinha e dizer “essas pessoas são assim, se comportam desse jeito”, a experiência humana é muito vasta, sacou?

              Digo isso porque a Laboratório Fantasma, nosso selo, é uma conjuntura de uma série de aspectos. Primeiro, temos uma grande busca artística. Temos a intenção de dar continuidade à grandiosidade da criação do Brasil, da arte brasileira. Por isso a gente provoca a ir cutucar lá a Semana de 22. Porque acreditamos que precisamos ser tão grandiosos quanto esse tipo de movimento. Por isso provocamos a ir pegar a origem do samba, orbitamos em torno disso desde sempre, e todo o Brasil que venceu estava em torno disso.

              Só para exemplificar, e porque eles também estão no projeto do documentário, pegamos movimentos com essa grandiosidade e se provoca a tentar reproduzir o que seriam eles hoje. Pela forma como nos organizamos, pela construção que temos e apresentamos artisticamente, e pela relevância que temos – não só no ambiente da música, mas da cultura do país – chego à conclusão de que esse lugar de independência e maturidade me dá a liberdade de não precisar responder a questionamentos menores. Isso é que significa “não precisar provar nada a ninguém.”

              Claro, tenho uma série de questões com as quais quero me relacionar para fazer com que as discussões do que é a criatividade aqui, neste país, avancem. Mas, a verdade, é que me sinto livre para não precisar responder questionamentos menores.

              Foto: Jef Delgado

              RS: Algo que veio demais na minha cabeça é: todas as pessoas do mundo que falam dessa causa precisam assistir esse documentário. Gostei muito que, por mais que seja um documentário brasileiro sobre música brasileira, ainda é um assunto completamente mundial. Este ano tivemos, no mundo ocidental, muitas discussões de questões raciais… Queria que você me dissesse qual é a mensagem principal que você acha que o documentário entrega para quem não é do Brasil?

              E: Vivemos um momento em que o Brasil virou uma piada internacionalmente. Para quem se relaciona com pessoas do exterior diariamente, por causa de lançamentos – nossos discos são lançados na Inglaterra, Portugal… Trabalhamos com pessoas no Japão, nos EUA. Imagina que a imagem que o Brasil tem nesse momento é de pena. Oscilamos entre o Brasil ser um gigante digno de pena e uma piada.

              Trabalhar com a Netflix é bacana nesse sentido porque explodimos para 190 países de uma vez. Então, temos a oportunidade de apresentar a grandiosidade do Brasil e, com o cartão de visitas que sempre foi o melhor cartão de visitas daqui – a cultura – para poder falar sobre a grandiosidade do que nasce aqui. Essa é minha empolgação, até porque é um tema pouquíssimo visitado na historiografia de documentários grandes deste país.

              Temos muitos documentários maravilhosos sobre a cultura do Brasil, muitos a respeito da escravidão… Mas a escravidão não são as pessoas pretas. É uma interrupção da história das pessoas pretas. Acho que o documentário que produzimos coloca tudo em seu lugar. Mostra como produzimos uma arte que se provocou a pensar o país. Nem só pensar o país: produzí-lo. Tudo que amamos e acreditamos que deu certo é fruto dos pilares que são apresentados no documentário. Quero muito que as pessoas do exterior tenham essa sensação de “mano, tomara que o Brasil recupere sua grandiosidade logo.”

              Fonte: Rolling Stone, por Yolanda Reis
              Tags: documentárioEmicidaMúsicamusica negraNetflix
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              • Para fechar fevereiro, a coluna Nossas Histórias vem com a assinatura da historiadora Bethania Pereira, que nos convida a pensar sobre as camadas de negação da história do Haiti. Confira um trecho do artigo do artigo"O Pioneirismo haitiano nas lutas pela liberdade no Atlântico"."A partir de 1824, o presidente Jean-Pierre Boyer passou a oferecer terras e cidadania para os imigrantes exclusivamente negros, vindos dos Estados Unidos. Ao chegar no Haiti, as pessoas teriam acesso a um lote de terra, ferramentas e, após um ano, receberiam a cidadania haitiana. A fim de fazer seu projeto reconhecido, Boyer enviou Jonathas Granville como seu representante oficial para os Estados Unidos. Lá, Granville pode se reunir com afro-americanos de diferentes locais mas, aparentemente, foi na cidade de Baltimore, onde ele participou de reuniões na African Methodist Episcopal Church – Bethel [Igreja Metodista Episcopal Africana] e pode se encontrar com homens e mulheres negros e negras. Acesse o material na íntegra em: A Coluna Nossas Histórias é parceria entre a Rede de HistoriadorXs NegrXs, o Geledés e o Acervo Cultune #Haiti #Liberdade #Direitos #SéculoXIX #HistoriadorasNegras #NossasHistórias.
              • #Repost @naosomosalvo • • • • • • A @camaradeputados, o @senadofederal e o @supremotribunalfederal precisam frear a política armamentista da Presidência da República, que coloca em risco nossa segurança e nossa democracia. 72% da população brasileira é contrária à proposta do governo de que é preciso armar a população: precisamos unir nossas forças e vozes contra esses retrocessos! Pressione agora: www.naosomosalvo.com.br As armas que a gente precisa são as que não matam.
              • No próximo sábado, dia 27 de fevereiro, às 17h, as Promotoras Legais Populares- PLPs, realizam uma live para falar sobre ações e desafios durante a pandemia, no canal do YouTube de Geledés Instituto da Mulher Negra.
              • Abdias Nascimento, por Sueli Carneiro “Sempre que penso em Abdias Nascimento o sentimento que me toma é de gratidão aos nossos deuses por sua longa vida e extraordinária história fonte de inspiração de todas as nossas lutas e emblema de nossa força e dignidade. A história política e a reflexão de Abdias Nascimento se inserem no patrimônio político-cultural pan-africanista, repleto de contribuições para a compreensão e superação dos fatores que vêm historicamente subjugando os povos africanos e sua diáspora. Abdias Nascimento é a grande expressão brasileira dessa tradição, que inclui líderes e pensadores da estatura de Marcus Garvey, Aimé Cesaire, Franz Fannon, Cheikh Anta Diop, Léopold Sedar Senghor, Patrice Lumumba, Kwame Nkruman, Amílcar Cabral, Agostinho Neto, Steve Biko, Angela Davis, Martin Luther King, Malcom X, entre muitos outros. A atualidade e a justeza das análises e das posições defendidas por Abdias Nascimento ao longo de sua vida se manifestam contemporaneamente entre outros exemplo, nos resultados da III Conferência Mundial Contra o Racismo, a Discriminação Racial, a Xenofobia e Formas Correlatas de Intolerância, ocorrida em setembro de 2001, em Durban, África do Sul, que parecem inspiradas em seu livro O Genocídio do Negro Brasileiro (1978) e em suas incontáveis proposições parlamentares.Aprendemos com ele tudo de essencial que há por saber sobre a questão racial no Brasil: a identificar o genocídio do negro, as manhas dos poderes para impedir a escuta de vozes insurgentes; a nos ver como pertencentes a uma comunidade de destino, produtores e herdeiros de um patrimônio cultural construído nos embates da diáspora negra com a supremacia branca em toda parte. Qualquer tema que esteja na agenda nacional sobre a problemática racial no presente já esteve em sua agenda política há décadas atrás, nada lhe escapou. Mas sobretudo o que devemos a ele é a conquista de um pensar negro: uma perspectiva política afrocentrada para o desvelamento e enfrentamento dos desafios para a efetivação de uma cidadania afrodescendente no Brasil, o seu mais generoso legado à nossa luta.” 📷Romulo Arruda
              • #Repost @brazilfound • • • • • • InstaLive Junte-se a nós para uma conversa com Januário Garcia, ícone da história do movimento negro no Brasil, enquanto celebramos o mês da história negra (Black History Month).⁠ ⁠ 📆: Terça-feira, 23 de fevereiro ⁠ ⏱: 18 hs horário de Brasília⁠ 📍: Instagram da BrazilFoundation (@brazilfound)⁠ ⁠ Fotógrafo brasileiro, Januário Garcia há mais de 40 anos vem documentando os aspectos social, político, cultural e econômico das populações negras do Brasil. Formado em Comunicação Visual, passou por prestigiados jornais e grandes agências de publicidade do Rio de Janeiro e é autor das fotos de álbuns icônicos de artistas consagrados. ⁠ ⁠ Januário participa de importantes espaços de memória, arte e cultura do povo negro; é co-fundador do Instituto de Pesquisas das Culturas Negras, é membro do Conselho Memorial Zumbi e, atualmente, Presidente do Instituto Januário Garcia, um Centro de Memória Contemporâneo de Matrizes Africanas.⁠ ⁠ *⁠ #BrazilFoundation #mêsdahistórianegra #blackhistorymonth #januáriogarcia #brasil @januariogarciaoficial
              • Hoje é o dia nacional de luta por um auxílio emergêncial de 600 reais até o fim da pandemia! Fortaleça em todas as redes: #AuxilioEmergencial600reais #AteOFimDaPandemia #VacinaParaTodesPeloSUS Acompanhe os atos: https://coalizaonegrapordireitos.org.br/ato-nacional-pelo-auxilio-emergencial/
              • "As estratégias de liberdade desempenhadas pelos escravizados tiveram muitas dinâmicas. Em algumas oportunidades, era a carta de alforria o recurso daqueles que buscavam conquistar a saída da escravidão." Leia o artigo do historiador Igor Fernandes de Alencar, para a coluna
              • "Os ares colonizatórios destroem nossos pulmões. A população negra no mundo vem sendo asfixiada desde o processo de escravidão que mortificou as almas e os corpos do povo negro para dar “vida” a um novo modo de existência que podem ser compreendidos como mutações coloniais." Leia o Guest Post de Francélio Ângelo de Oliveira em www.geledes.org.br
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              Geledés Instituto da Mulher Negra

              GELEDÉS Instituto da Mulher Negra fundada em 30 de abril de 1988. É uma organização da sociedade civil que se posiciona em defesa de mulheres e negros por entender que esses dois segmentos sociais padecem de desvantagens e discriminações no acesso às oportunidades sociais em função do racismo e do sexismo vigentes na sociedade brasileira.

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