Enfrentamento ao Racismo Institucional: “Vamos fazer”, afirma Jorge Chediek

 

Foto: Funcionários do Sistema Nações Unidas participantes da oficina de Enfrentamento ao Racismo Institucional e Jorge Chediek, Coordenador Residente da ONU no Brasil (ao centro)

Nos dias 9 e 10 de abril, 32 funcionários de 10 agências do Sistema Nações Unidas no Brasil se dedicaram a participar de uma oficina sobre racismo institucional. O objetivo foi refletir sobre a reprodução do racismo nas e pelas instituições, por meio da aplicação do Guia de Enfrentamento do Racismo Institucional, lançado em maio de 2013 e organizado a partir de uma parceria entre organizações da sociedade civil feministas e antirracistas brasileiras, Governo Federal e ONU.

O guia oferece uma metodologia e novos elementos para a construção de diagnósticos, planos de ação e indicadores que permitam o enfrentamento ao racismo institucional e a criação de um ambiente favorável à formulação e implementação de políticas públicas, buscando equalizar o acesso de pessoas vitimas de racismo a seus benefícios.

Esta foi a primeira vez em que a metodologia foi aplicada a uma instituição e marca um momento emblemático para a ONU no Brasil no sentido de olhar com transparência e profundidade para suas práticas internas e externas, repensá-las e modificá-las.

Jorge Chediek, Coordenador Residente do Sistema Nações Unidas no Brasil, reconheceu a relevância da oficina e afirmou: “Nosso mandato central é apoiar o desenvolvimento do Brasil. A partir desta oficina, os funcionários voltam com suas energias recarregadas aos escritórios para trabalharmos, aprofundarmos, melhorarmos nossos argumentos políticos e programáticos e mudarmos nossas práticas internas, de recrutamento e de programas para enfrentar o racismo institucional. Vamos fazer e servir de exemplo. Este é um compromisso do Coordenador Residente e de todo o Sistema Nações Unidas no Brasil”.

A expectativa é que as agências possam replicar a metodologia do Guia e aplicar os aprendizados na construção de planos de ação, indicadores e cronograma de trabalho. Atividades que deverão ser acompanhadas por ações de monitoramento e avaliação das iniciativas executadas com o objetivo de enfrentar o racismo institucional.

A ferramenta foi desenvolvida no âmbito do projeto “Mais direitos e mais poder para as mulheres brasileiras”, financiado pelo Fundo de Igualdade de Gênero da ONU Mulheres, pelas ONGs Geledés e CFEMEA, em consultoria com Jurema Werneck. A atividade foi organizada como parte do plano de trabalho do Grupo de Trabalho de Gênero, Raça e Etnia, coordenado pela ONU Mulheres.

Na tarde do dia 8 de abril, os funcionários do Sistema ONU e de instituições parceiras assistiram a uma palestra sobre Cooperação Internacional para o Desenvolvimento e Promoção da Igualdade Racial, proferida pela Ministra Luiza Bairros, realizada na sede da OPAS – Organização PanAmericana de Saúde.

Fonte: Onu Mulheres 

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