Os meios de comunicação italianos destacam, esta quarta-feira, o momento em que o primeiro ministro Sílvio Berlusconi aproveita um breve encontro com a chefe do Executivo da Dinamarca, Helle Thorning-Schmidt, para a admirar sem dissimular. Veja o vídeo
Com o título “Para onde olha Berlusconi” o jornal La Repubblica destaca na página da Internet que antes de começar a Cimeira Europeia, na quarta-feira à noite, em Bruxelas, Berlusconi cruzou-se na sala de reuniões com Thorning-Schmidt, que cumprimentou com uma pequena vénia e um breve aperto de mãos.
Logo após o cumprimento, a primeira-ministra da Dinamarca dirigiu-se à cadeira que lhe é destinada na mesa de reuniões, enquanto Sílvio Berlusconi, que já estava de costas, voltou-se e baixou o olhar para admirar Helle Thorning-Schmidt, sem esconder o gesto.
A cena foi captada pelas câmaras que se encontravam no local e estão a ser divulgadas por diversos órgãos de comunicação italianos e no site de partilha de vídeos YouTube.
Os chefes de Estado e de governo da União Europeia continuam ainda reunidos em Bruxelas para encontrarem uma solução para a crise económica que afeta a Zona Euro.
Na quarta-feira, a Itália comprometeu-se a apresentar um plano de crescimento até 15 de Novembro, através de um documento que deverá ser apresentado esta noite em Bruxelas pelo chefe do governo Sílvio Berlusconi.
No texto, divulgado pela agência de notícias italiana ANSA, redigido após intensos contactos com o seu aliado da Liga do norte, Berlusconi promete designadamente que a idade da reforma vai ser aumentada para 67 anos a partir de 2026. Os despedimentos por motivos económicos também deverão ser facilitados.
“As condições necessárias para obter uma pensão de antiguidade já foram revistas (…). Estas condições estão relacionadas com a evolução da esperança de vida”, refere o texto de 15 páginas.
Estas declarações coincidem com as anteriores informações dos media italianos, que se referiam a um acordo de última hora sobre as reformas obtido por Berlusconi com o seu aliado da Liga do Norte.
Por outro lado, e até 30 de Novembro, vai ser lançado um plano de alienação de activos públicos de pelo menos cinco mil milhões de euros por ano, durante um período de três anos.
Por sua vez, as regiões deverão definir urgentemente um programa de privatizações das empresas que controlam.
Estas medidas destinam-se a reduzir a dívida colossal de 1.900 mil milhões de euros (120 por cento do PIB) do país que inquieta os mercados.
Fonte: JN