Reeducandas participam de ação humanizada alusiva ao Dia das Mães, com reflexão sobre a maternidade
Texto de Mayara Wasty enviado por Arísia Barros para o Portal Geledés
“Nada é por acaso e devemos aprender com toda experiência na vida”. Essas foram as palavras da psicóloga Juliana Gomes, durante palestra para as internas do Presídio Santa Luzia, nesta segunda-feira (14). A ação fez parte da ‘Parada da Feijoada Solidária com as Mães Encarceradas’ ou as ‘Grades dos 130 anos da Abolição Inconclusa”, evento alusivo ao Dia das Mães.
A iniciativa do Instituto Raízes de Áfricas, em parceria com a Secretaria de Estado da Ressocialização e Inclusão Social (Seris), levantou a discussão sobre a maternidade, estabelecendo espaços de fala e troca de experiência. “Temos a condição de mudança e podemos fazer a diferença”, referiu-se Gomes sobre a atuação situação de privação de liberdade das reeducandas.
A coordenadora do Instituto, Arísia Barros, ressalta a importância das ações continuadas. “Voltamos para ouvir vocês; é sempre um prazer estar aqui. Queremos que vocês entendam a importância desses momentos”, afirmou. No evento, as internas participaram da dinâmica ‘árvore dos sonhos’, onde as internas foram convidadas a refletir sobre a maternidade e liberdade.
Cada mulher pôde colocar na árvore uma palavra que significasse a relação com os filhos. Emocionadas, recordaram os vínculos amorosos. “Agradeço, em nome de todas, por esse momento, para nós é muito importante esse tipo de ação”, afirmou a reeducanda Rubinete dos Santos, representando as demais internas na frente de honra.
A agente penitenciária e subchefe do Presídio Santa Luzia, Nadja da Silva, destacou o impacto do evento na ressocialização das internas. “É um enorme prazer receber as ações que proporcionam esses momentos, pois auxiliam na reinserção social. Espero que vocês absorvam o que está sendo realizado de positivo hoje”, finalizou.
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