Manifesto global pede fim da violência contra crianças e jovens nas escolas e arredores

Jovens de todo o mundo vão pedir aos governos o fim da violência nas escolas e arredores, durante o Fórum Mundial de Educação, que ocorre esta semana no Reino Unido.

Da ONU

Recomendações para acabar com violência contra crianças e jovens em escolas do mundo todo serão apresentadas a líderes mundiais que se reúnem esta semana no Fórum Mundial de Educação, em Londres. Foto:@ ARTSY SOLOMON/Nappy

O Manifesto Jovem #ENDviolence foi redigido no fim de 2018 por mais de 100 crianças e jovens de todo o mundo, incluindo a brasileira Lays dos Santos, que viajou à África do Sul, a convite do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), para representar meninas e meninos brasileiros.

O manifesto pede que pais, responsáveis, escolas, formuladores de políticas e comunidades levem os estudantes a sério; estabeleçam regras claras; façam leis restringindo armas; garantam segurança na escola; forneçam instalações escolares seguras; capacitem professores e conselheiros; e ensinem sobre consentimento e resposta à violência sexual.

Jovens de todo o mundo vão pedir aos governos o fim da violência nas escolas e arredores, durante o Fórum Mundial de Educação, que ocorre nesta semana no Reino Unido.

Representando crianças e jovens de diferentes países, Khuthadzo Silima e Jonathan Franca, jovens ativistas de 18 anos da África do Sul e dos Estados Unidos, apresentarão um manifesto a ministros de Estado no evento em Londres, detalhando o que crianças e jovens precisam para se sentir seguros dentro e nos arredores da escola.

“O manifesto representa as vozes de milhões de crianças e jovens que enfrentam a violência na escola todos os dias”, disse Silima antes do evento. “A mensagem que queremos transmitir é clara: os adultos devem nos ouvir e levar a questão da violência escolar a sério”.

Manifesto Jovem #ENDviolence foi redigido no fim de 2018 por mais de 100 crianças e jovens de todo o mundo, incluindo Silima, Franca e a brasileira Lays dos Santos, que viajou à África do Sul, a convite do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), para representar meninas e meninos brasileiros.

Clique aqui para saber mais sobre a trajetória de Lays.

O manifesto também se baseou em uma recente pesquisa do UNICEF sobre jovens, que recebeu mais de 1 milhão de respostas de mais de 160 países, e sugestões de uma série de palestras lideradas por estudantes sobre o fim da violência, realizadas em todo o mundo.

A iniciativa pede que pais, responsáveis, escolas, formuladores de políticas e comunidades levem os estudantes a sério; estabeleçam regras claras; façam leis restringindo armas; garantam segurança na escola; forneçam instalações escolares seguras; capacitem professores e conselheiros; e ensinem sobre consentimento e resposta à violência sexual.

O documento pede a proteção da diversidade e da tolerância nas escolas, independentemente de cultura, gênero, identidade, deficiência, orientação sexual, nacionalidade, raça, etnia, status de migração e religião; e proteção de todos os alunos – aqueles que experimentam violência e aqueles que se envolvem em comportamento violento.

O Manifesto Jovem #ENDviolence faz parte de um esforço coletivo para acabar com a violência dentro e nos arredores das escolas, chamado “Safe to Learn”, liderado por organizações como UNICEF, Departamento para o Desenvolvimento Internacional do Reino Unido (DFID), Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), a Parceria Global para Acabar com a Violência contra Crianças e a Iniciativa de Educação de Meninas das Nações Unidas (UNGEI).

O UNICEF está incentivando jovens de todo o mundo a levantar suas vozes e dizer como estão trabalhando juntos e quais soluções estão usando para acabar com a violência dentro e nos arredores das escolas de uma vez por todas. Saiba mais em https://uni.cf/end-violence.

Com o manifesto, os jovens falaram sobre os perigos que enfrentam na escola todos os dias, incluindo brigas, pressão para participar de gangues, intimidação tanto presencial quanto online, disciplina violenta, assédio sexual e violência armada.

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