No Dia Internacional da Literacia, ONU pede investimentos e parcerias

Ao assinalar a data, neste domingo, organização lembra que mais de 770 milhões de pessoas não sabem ler; Secretário-Geral fala de ação para fazer frente ao drama que também afeta 250 milhões de crianças.

Escrever o seu próprio capítulo de oportunidades. Foto: Unesco.

As Nações Unidas apelaram a todos os países que assumam a educação e a literacia como prioridades nacionais. A recomendação é para que estes trabalhem com os parceiros da sociedade para alcançar tais objetivos.

Na mensagem sobre o Dia Internacional da Literacia, assinalado neste 8 de setembro, o Secretário-Geral lembra que mais de 773 milhões de jovens e de adultos de todo o mundo não se alfabetizaram por completo.

Era do Conhecimento

Ban Ki-moon destaca que as mulheres compõem dois terços do grupo,   ao lembrar que na era do conhecimento, a literacia é uma fundação para um mundo mais justo, inclusivo e sustentável.

De acordo com a Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura, Unesco, África tem metade dos adultos que não sabem ler e escrever de todo o mundo.

Desafios

Falando à Rádio ONU, de Dakar, a responsável da agência para Educação no continente, Zulmira Rodrigues, disse que há desafios que devem seguir a aposta de investimento nas mulheres e nos jovens.

“Utilizar a alfabetização e a educação de adultos como um dos veículos para proporcionar a aquisição de habilidades que reforcem o posicionamento da capacidade do indivíduo de responder aos desafios contemporâneos. É a questão do meio ambiente, da saúde, da pobreza e da sustentabilidade –  é tentar ver como dentro dos problemas da alfabetização transmitir esses conhecimento de modo que os indivíduos possam adquirir habilidades para viver de maneira harmoniosa com seu meio ambiente e ao mesmo tempo saber lidar com os desafios que estão ligados à saúde pública básica”, disse.

Dignidade Humana

Na sua mensagem, o chefe da ONU disse que investir na aprendizagem e na literacia, é aplicar fundos na dignidade humana, no desenvolvimento e na paz. Ban disse que o motivo levou a que apostasse na iniciativa da Educação em Primeiro Lugar, concentrada em garantir que todas as crianças possam ter acesso à escola.

A ONU estima que em todo o mundo, pelo menos 250 milhões de crianças em idade escolar primária não sabem ler, escrever ou contar. Metade destes rapazes e raparigas, nunca chegam a ir à escola, ou são obrigados a deixá-la antes do seu quarto ano.

Capacidades Literárias

De acordo com as estimativas, 200 milhões de adolescentes, incluindo os que completaram a educação secundária, não possuem capacidades literárias básicas.

Para Ban, promover a literacia permite ajudar milhões de pessoas a escrever o seu próprio capítulo de oportunidades nas suas vidas e no futuro comum do mundo.

 

 

 

Fonte: ONU

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