Programa Vozes da Resistência, com Douglas Belchior, recebeu nesta segunda-feira 5 na TV 247 duas personalidades da cena artística de São Paulo: o ator, diretor, pesquisador e co-fundador da Cia Os Crespos, Sidney Santiago Kuanza, e a doutoranda em psicologia e crítica de cinema, Viviane A. Suzy Pistache; o debate teve como gancho o sucesso do filme da Marvel “Pantera Negra”, mas também tratou de artivismo, sub representatividade negra no cinema e na produção áudio visual com paralelos EUA e Brasil
Do Brasil247

O programa Vozes da Resistência, com Douglas Belchior, recebeu nesta segunda-feira 5 duas personalidades da cena artística de São Paulo: o ator, diretor, pesquisador e co-fundador da Cia Os Crespos, Sidney Santiago Kuanza, e a doutoranda em psicologia e crítica de cinema Viviane A. Suzy Pistache.
O debate, que durou cerca de uma hora e foi transmitido ao vivo pelo Facebook e Youtube pela TV 247, teve como gancho o sucesso do filme da Marvel “Pantera Negra”, mas também tratou de artivismo, sub representatividade negra no cinema e na produção áudio visual com paralelos EUA e Brasil.
“Nos EUA dos anos 70, o Partido Panteras Negras apoiou um movimento independente e de renovação do cinema, liderado pelo diretor Melvin Van Peebles, responsável pelo clássico “Sweet Sweetback’s Baadasssss Song”, de 1971. Melvin lança um manifesto com a receita do que acreditava ser o cinema para os negros: 1 – Fazer um cinema sobre o negro real e de maneira que o espectador negro termine o filme orgulhoso; 2 – O filme tem que entreter como o diabo; 3 – Cinema é negocio, logo, tem que fazer dinheiro. Pantera Negra de 2018 segue rigidamente esses princípios e talvez por isso seja um sucesso”, registrou Viviane.
Ao analisar mais especificamente as produções brasileiras, Sidney foi contundente: “O cinema e o áudio visual brasileiro é o mais racista do mundo porque ele não leva em consideração sua diversidade étnica e cultural. O sucesso do filme Pantera Negra demonstra que, apesar de todos os problemas desse tipo de representação, estamos necessitando de novas formas e abordagens”.
Foi um bate papo agradável e, para quem gosta de debates sobre cinema indústria cultural, está imperdível.
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