Quilombolas participam de oficina de ‘Educomunicação em fotojornalismo’ em Oriximiná

Oficina foi realizada no sábado (18) com o objetivo de incentivar o empoderamento de jovens quilombolas por meio da fotografia.

por G1

Foto: Ascom/Ecam

Jovens quilombolas de Oriximiná, no oeste do Pará, participaram, no sábado (18), de uma oficina de “Educomunicação em Fotojornalismo”, promovida pela Equipe de Conservação da Amazônia (Ecam), no Eixo Quilombola do Programa Territórios Sustentáveis.

40 alunos participaram da oficina, que objetiva incentivar o empoderamento dos jovens a partir do uso de ferramentas da educomunicação, aliada às técnicas do fotojornalismo como enquadramento, posicionamento, ângulo, luz, plano, e claro, a criatividade e a percepção do fotojornalista.

Ildimara dos Santos, moradora da comunidade quilombola do Jarauacá, reconhece que a sensibilidade de cada fotógrafo é o que diferencia a produção. “Cada um de nós saiu com um aprendizado, a gente não aprendeu tudo, mas alguma coisa ficou capturada e nós vamos colocar em prática”, disse.

O Ecam tem apoio financeiro da Mineração Rio do Norte e a parceria da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (Usaid). A oficina faz parte do Programa Novas Tecnologias e Povos Tradicionais: compartilhando mundos.

Oficinas começaram a ser oferecidas para os jovens desde o mês de fevereiro, para incentivar o protagonismo dos quilombolas pelo YouTube. Nesta fase, o programa entrou em parceria com o FotoClube Tapajós, instituto formado por 14 fotógrafos profissionais, que é membro da Confederação Brasileira de Fotografia.

O presidente do Fotoclube Tapajós, Ádrio Denner, ressaltou a importância do fotojornalismo para contar histórias. “Sem a fotografia não existiria o cinema, vídeos e os jornais. A fotografia combinou a escrita e simplificou o entendimento da informação a gente consegue com a foto fazer a análise de situações visuais e as pinturas rupestres são registros visuais, e a fotografia é isso”, enfatizou.

Oficinas sobre fotojornalismo incentiva a percepção do fotógrafo na hora de tirar a foto (Foto: Ascom/Ecam)

Desde o início do início das oficinas, os jovens produziram vídeos que são publicados no canal do YouTube da Associação das Comunidades Remanescentes de Quilombos do Município de Oriximiná (Arqmo), que apoia a ação.

A coordenadora da Arqmo, Claudinete Colé, frisou que, por meio das publicações dos vídeos, os participantes podem acompanhar suas produções e melhorar cada vez mais. “Essa oficina é mais um passo que estamos dando no nosso aprendizado e crescimento e vem contribuir para gente produzir vídeos melhores, fotografias melhores e isso vai poder ser visto no nosso canal do YouTube. Esse é um conhecimento e aprendizado que a gente vai levar para nossa vida”, disse.

As oficinas destinadas aos jovens quilombolas continuarão a ser desenvolvidas.

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