Aniversário de 24 anos da Themis
Lançamento online da Revista Themis
no Themis enviado para o Portal Geledés
Neste dia internacional da mulher e também aniversário de 24 anos da Themis, nós paralisamos as atividades atendendo ao chamado internacional realizado por ativistas e intelectuais de direitos humanos na Women’s March, em 21 de janeiro de 2017, um dia após a posse de Donald Trump, novo presidente eleito dos Estados Unidos.
Angela Davis e Nancy Fraser, entre outras militantes feministas, inspiradas pela coalizão argentina “Ni una Menos”, lançaram o manifesto “Para além do “faça acontecer”: por um feminismo dos 99% e uma greve internacional militante em 8 de março”. Trata-se de uma espécie de carta conclamando as mulheres de todo o planeta a se integrarem a um novo movimento feminista internacional com uma agenda anti-racista, anti-imperialista, anti-heterossexista e anti-neoliberal.
Os tempos são de avanço de políticas governamentais que tornam ainda mais vulneráveis as condições de vida para as mulheres negras, indígenas, pobres, imigrantes, transgêneros, lésbicas, trabalhadoras ou desempregadas.
O curto período de trégua, representado por governos alinhados a ideais de transformação e justiça social, não nos entorpeceu. Continuamos vigilantes, atentas e inconformadas com as diferentes formas de violência e discriminação de gênero.
Nesse momento em que a “vanguarda do retrocesso”, representada por agentes públicos conservadores e fundamentalistas que não tem nenhum pudor em expressar seus ódios e recalques, a reação dos movimentos sociais deve ser massiva e articulada.
No dia 08 de março queremos nos somar as diferentes iniciativas populares de enfrentamento a todas as formas de violência e discriminação contra as mulheres.
Nossa contribuição, nesse dia em especial e em todos os 365 dias do ano, vai ao encontro dessa agenda alargada do movimento feminista. Queremos contribuir com o debate sobre os novos desafios para a implementação da Lei Maria da Penha, no Brasil.
A Revista Themis discute alternativas para desconstruir a cultura da violência contra as mulheres, através da conjugação de esforços entre novas tecnologias digitais, como os aplicativos de celular, e uma consistente rede comunitária de mulheres, especialmente capacitadas para acolher outras mulheres em situação de violência doméstica.
Esperamos que com essa singela contribuição estejamos mais perto de um mundo em que todas nós sejamos reconhecidas como sujeitas que merecem igual respeito e consideração.
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