África – por Maurício Pestana

Na culinária, o vatapá, o acarajé, a feijoada, o mugunzá, o caruru, o quiabo, a pimenta, o leite de coco e o azeite de dendê. Na religião, o candomblé, a umbanda e a quimbanda. Nos instrumentos, o tambor, o atabaque, a cuíca, a marimba e o berimbau. Na música, o samba, o afoxé, o maracatu, a congada, o jongo, a umbigada e a capoeira.

Enviado por Maurício Pestana vai Guest Post para o Portal Geledés 

Celebrar o Dia da África, comemorado em 25 de maio, é mais do que relembrar nossas raízes africanas e a história de nossos ancestrais, que vieram escravizados para o país na chamada diáspora africana, e trouxeram com eles toda a influência histórica e cultural que conhecemos hoje. É impossível pensar como seria o Brasil sem essa contribuição.

A África, terceiro maior continente do planeta, também chamado de berço da humanidade com seus inúmeros povos, línguas, dialetos, recursos naturais, conhecimentos e beleza, carrega consigo uma riqueza histórica que vai muito além da mostrada na televisão, de conflitos políticos, sociais, misérias e doenças.

A herança de um povo, que teve sua identidade e patrimônio histórico suprimidos ao longo dos séculos por conta da escravidão, e outras formas de exploração, precisam ser exaltadas em cada oportunidade.

A Secretaria de Promoção da Igualdade Racial prestará sua homenagem ao continente amanhã, por meio de um show que trará sete cantoras negras brasileiras cantando clássicos do samba, ritmo que faz parte de uma dessas heranças africanas e é um dos símbolos da cultura e resistência negra no Brasil.

Não podemos ficar apenas no campo das homenagens. Leis como a 10.639\2003, que tornam obrigatória a inclusão da história e cultura afro-brasileira nas escolas, são essenciais para o aprendizado sobre um povo que faz parte de nossa formação como sociedade. Povo que teve que lutar para sobreviver em meio à exploração, e depois foi jogado às ruas com a Lei Áurea.

Mas que sempre manteve a esperança, a força e a coragem para lutar contra as correntes da opressão e preservar o legado de sua terra. Viva a Mãe África!

+ sobre o tema

A perversidade que existe nas “princesas”

Crianças do sexo feminino nascem num mundo cor-de-rosa. São...

Ronaldinho Gaúcho diz que viveu seus melhores anos no Barcelona

Em carta à torcida, Craque se mostrou emocionado ao...

A cultura do estupro e o “estupro culposo”

Nos últimos dias ganhou grande repercussão o caso do...

para lembrar

A presunção de inocência e o “negro de alma branca”

O famigerado princípio constitucional da presunção de inocência, previsto...

Jefferson tenta ser 1º goleiro negro a ganhar Copa com Brasil

MARTÍN FERNANDEZ ENVIADO ESPECIAL A TORREÓN Jefferson, 28,...

Angela Davis nos dá esperança!

Ontem, 23 de outubro de 2019, Angela Davis realizou...

Conversa com Joel Zito Araújo – posicionamento, estéticas e cinematografias

por Sumaya Machado Lima Joel Zito Araújo é cineasta...

Refletindo sobre a Cidadania em um Estado de Direitos Abusivos

Em um momento em que nos vemos confrontados com atos de violência policial  e  não punição, como nos recentes casos de abuso de poder...

Casa onde viveu Lélia Gonzalez recebe placa em sua homenagem

Neste sábado (30), a prefeitura do Rio de Janeiro e o Projeto Negro Muro lançam projeto relacionado à cultura da população negra. Imóveis de...

No Maranhão, o Bumba meu boi é brincadeira afro-indígena

O Bumba Meu Boi é uma das expressões culturais populares brasileiras mais conhecidas no território nacional. No Maranhão, esta manifestação cultural ganha grandes proporções...
-+=