Roda de Conversa que acontece em 21 de março no marco do lançamento de Olhares Negros pela Editora Elefante, pretende refletir sobre a importância da obra de bell hooks para a compreensão de questões raciais e de gênero
Divulgação/ Fundação Rosa Luxemburgo
Para ela, nada tem mais importância do que as ideias e o conhecimento: “o mais importante em meus livros é a substância e não quem sou eu”. Por isso, bell hooks escreve seu nome desta forma: somente com letras minúsculas.
Com uma vasta produção ( possui mais de 30 livros, o que inclui obras infantis), a feminista, escritora, crítica cultural e ativista estadunidense é pouco conhecida (e traduzida) no Brasil para além dos círculos de organizações acadêmicas e de movimentos de mulheres negras. Porém, há um crescente interesse pela obra de hooks que fornece elementos fundamentais para a compreensão de questões conectadas ao debate de raça gênero e classe. Lançado neste mês de março pela editora Elefante com o apoio da Fundação Rosa Luxemburgo, o livro Olhares Negros – Raça e representação, questiona as narrativas construídas na literatura, cinema e música para representar a população negra, trazendo a tona punjentes reflexões sobre branquitude, negritude e a subjetividade das pessoas negras.
Com uma intensa influência do brasileiro Paulo Freire, a escritora defende a pluralidade dos feminismos e compreende a prática pedagógica como um lugar fundamentalmente político e de resistência nas lutas antirracista e anticapitalista. Neste sentido valoriza todo o tipo de conhecimento e pedagogia, incluindo aqueles que nascem fora dos ambientes acadêmicos, a partir das práticas cotidianas.
Para refletir sobre a importância da obra da escritora estadunidense, a Fundação Rosa Luxemburgo convida para a Roda de Conversa que pretende estabelecer pontes e diálogos entre a obra de bell hooks e os debates sobre raça e gênero no Brasil. A atividade conta com a participação de Rosane Borges, jornalista, pós-doutorada em ciências da comunicação, professora e colaboradora de grupos de pesquisa sobre estética e vanguarda e teorias e práticas feministas na Universidade de São Paulo (USP) e na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp); Suelaine Carneiro, socióloga, assessora da Relatoria do Direito Humano à Educação e coordenadora da área de educação da Geledes Instituto da Mulher Negra; Juliana Gonçalves, jornalista, mestranda pela Universidade de São Paulo e integrante da Marcha de Mulheres Negras de SP. A mediação será de Christiane Gomes, jornalista e coordenadora de projetos da FRL.
SERVIÇO
O feminismo negro de bell hooks e suas conexões com o Brasil
Com Rosane Borges, Suelaine Carneiro, Juliana Gonçalves e mediação de Christiane Gomes
21/03/2019 – às 19h
Auditório da Ação Educativa
Rua General Jardim, 660 – Vila Buarque – SP (próximo ao metrô Higienópolis/Mackenzie)
Entrada franca