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    Stephany Rejani, 20 anos, moradora da periferia de São Paulo, conciliava estudos com o trabalho, mas deixou de ir à escola por causa da pandemia de covid-19 (FOTO: TONI PIRES)

    “Não estudo nada há um ano. Fico em casa limpando e cozinhando”

    Benny Briolly (PSOL-RJ) foi vítima de transfobia no plenário da Câmara de Niterói (RJ) Imagem: Rafael Lopes/Divulgação

    Vereadora sofre transfobia: “É roubar nossa dignidade não usar nome social”

    Anielle Franco (Foto: Bléia Campos)

    Mães e gestantes negras na pandemia de covid-19: O desafio está ainda maior

    Ana Fontes, criadora do Instituto Rede Mulher Empreendedora e da iniciativa "Heróis Usam Máscaras", que distribuiu 12 milhões de máscaras na pandemia - Foto: Renato Stockler

    ‘Recuperação econômica passa por investir em mulheres e estado não olha para elas’, diz finalista do Prêmio Empreendedor Social

    A jornalista e comentarista da CNN Brasil Basília Rodrigues (Foto: Divulgação/ CNN)

    Se fosse loira e de olhos azuis, você não estaria enchendo o saco dela

    Gabriela Souza (Foto: Reprodução/ Facebook)

    Casos Samuel e Saul Klein: violência de gênero também se aprende em casa

    Getty Images

    A saúde mental de trabalhadoras após um ano de pandemia

    Polícia Civil do Rio de Janeiro resgatou idosa em condição análoga à escravidão nesta semana | Foto: Divulgação/Imagem retirada do site Sul 21

    Na pandemia, aumentam denúncias de empregadas domésticas mantidas em cárcere privado

    Imagem: POLONEZ/SHUTTERSTOCK

    Mulheres de favelas sofrem com dificuldade de acesso a programas contra violência doméstica

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      A médica Jurema Werneck, diretora da Anistia Internacional Brasil Imagem: Divulgação/Anistia Internacional Brasil

      Diretora da Anistia Internacional: EUA reconheceram morte de Floyd por racismo

      O presidente americano, Joe Biden, e a vice Kamala Harris durante pronunciamento na Casa Branca após julgamento do caso George Floyd (Foto: BRENDAN SMIALOWSKI / AFP)

      Biden diz que condenação de ex-policial pela morte de George Floyd é ‘passo adiante’

      (Foto: Geledés)

      Adolescente negra de 15 anos é morta a tiros por policiais em Ohio, nos EUA

      20.abr.2021 - Mulher se emociona após saber da condenação de ex-policial Derek Chauvin pela morte de George Floyd, em Minneapolis (EUA) (Foto: Octavio Jones/Reuters)

      Lágrimas de alegria e alívio após veredito sobre assassinato de Floyd

      Manifestantes pedem justiça no julgamento da morte George Floyd, em Minneapolis (Foto: Stephen Maturen - 9.abr.21/AFP)

      Júri começa a discutir veredicto de ex-policial que matou George Floyd

      Foto: Valdecir Galor/SMCS

      As mulheres estão no centro da crise humanitária da pandemia

      Viola Davis (Foto: Getty Images / Rachel Murray / Correspondente)

      Artistas negros são ‘tratados como sobras’ em Hollywood, diz Viola Davis

      Foto: Ari Melo/ TV Gazeta

      Centésima criança baleada no Rio, Kaio Guilherme, de 8 anos, permanece internado em estado grave

      Joey Bada$$ e Andrew Howard em cena de 'Dois Estranhos', da Netflix - Divulgação/Netflix

      ‘Dois Estranhos’ mostra que pretos são alvos não importa o que façam

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      A população negra é a maior vítima da violência no Brasil (Getty Images)

      Brasil é ‘racista’ e parece executar ‘indesejados’ com conivência da Justiça, diz Comissão Interamericana da OEA

      Ivanir Dos Santos (Foto: Arquivo Pessoal)

      Ivanir dos Santos: Ainda há esperança em prol da tolerância

      Bandeira do orgulho trans hasteada em São Francisco, nos Estados Unidos. Foto: Flickr (CC)/torbakhopper

      Brasil segue no topo de ranking de assassinatos de pessoas trans no mundo

      Maíra Vida: Advogada, Professora, Conselheira Estadual da OAB BA e Presidenta da Comissão Especial de Combate à Intolerância Religiosa (Foto: Angelino de Jesus)

      Do crente ao ateu, não faltam explicações para o racismo religioso no Brasil

      Foto: Deldebbio

      Prefeito de Duque de Caxias é investigado por intolerância religiosa a crenças de matriz africana

      FÁBIO VIEIRA/ESPECIAL METRÓPOLES

      Após ser alvo de ataques transfóbicos e racistas, Érika Hilton irá processar 50 pessoas

      A parlamentar Laetitia Avia propôs a nova nova lei, enquanto o primeiro-ministro Jean Castex foi ridicularizado por seu sotaque (GETTY IMAGES)

      Por que a França pode criminalizar a discriminação pelo sotaque

      Adolescente de 16 anos foi espancada pelo pai por ser lésbica, na Bahia — Foto: Divulgação/Polícia Civi

      Adolescente é espancada pelo pai na BA e relata que motivo é ela ser lésbica; avó da vítima denunciou homem à polícia

      (Jonathan Alcorn/AFP/)

      Painel trata combate ao racismo como exercício de cidadania e justiça

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        Juçara Marçal (Foto: José de Holanda)

        Juçara Marçal fala de Chiquinha em live no Instagram do Itaú Cultural e nova Experiência Virtual une a maestrina e Dona Ivone Lara

        Foto: Divulgação/ Amazon Prime Video

        Nova série de terror ‘Them’ mostra família negra que se muda para bairro branco

        Mc Soffia (Foto: Divulgação/ Revista Raça)

        Mc Soffia estampa capa de revista e reflete sobre juventude negra

        H.E.R. (Foto: Emma McIntyre/Getty Images for The Recording Academy)

        6 músicas para conhecer H.E.R, indicada ao Oscar 2021 por ‘Fight For You’ [LISTA]

        Primeiro dia do circuito comercial do documentário "O Caso do Homem Errado" Imagem: Reprodução/Facebook

        Um casulo, diversas borboletas e muitos conteúdos nacionais

        Chadwick Boseman: Portrait of an Artist (Reprodução/Youtube)

        Ator de Pantera Negra, Chadwick Boseman ganha documentário da Netflix

        Foto: Imagem retirada do site HQ's com Café

        Livro: Negritude, Poderes e Heroísmos

        Foto: Duda Viana

        Cia. do Despejo faz crítica à necropolítica brasileira na videoarte online ‘IRETI’, inspirada na mitologia Iorubá

        O escritor Ousman Umar - Foto: Cadena Ser

        Enviar arroz à África nunca vai conter a migração para a Europa, diz escritor de Gana

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          Benny Briolly (PSOL-RJ) foi vítima de transfobia no plenário da Câmara de Niterói (RJ) Imagem: Rafael Lopes/Divulgação

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          Anielle Franco (Foto: Bléia Campos)

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          Ana Fontes, criadora do Instituto Rede Mulher Empreendedora e da iniciativa "Heróis Usam Máscaras", que distribuiu 12 milhões de máscaras na pandemia - Foto: Renato Stockler

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          A jornalista e comentarista da CNN Brasil Basília Rodrigues (Foto: Divulgação/ CNN)

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          Gabriela Souza (Foto: Reprodução/ Facebook)

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            O presidente americano, Joe Biden, e a vice Kamala Harris durante pronunciamento na Casa Branca após julgamento do caso George Floyd (Foto: BRENDAN SMIALOWSKI / AFP)

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            Viola Davis (Foto: Getty Images / Rachel Murray / Correspondente)

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              Comentários sobre a Carta de Juristas Negras na III Conferência Nacional da Mulher Advogada

              11/03/2020
              em Mulher Negra
              Tempo de leitura: 9 mins read
              A A

              Fonte: Por Chiara Ramos, Maíra Vida e Maria Sylvia de Oliveira, enviado para o Portal Geledés 
              Foto: André Leonardo

              Foto: André Leonardo

              O dia 06 de março de 2020 ficará marcado na história da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) como o dia em que mulheres negras se articularam para dar voz aos pleitos de equidade racial no Sistema OAB, defendendo a necessidade de uma política institucional que, interseccionando gênero e raça, rompa com as barreiras construídas pelas estruturas do machismo e do racismo.

              A mobilização das mulheres negras em rede para atuação sociopolítica e jurídica não é fato inédito, uma vez que, tanto dentro quanto fora da institucionalidade, a realidade reivindica-nos racionalidade instrumental e comunicativa e estratégias ancestrais substanciosas, para que seja garantida existência, desenvolvimento, participação nas arenas decisórias historicamente defesas e não retrocesso das conquistas obtidas pelo protagonismo coletivo.

              E, assim, a atuação coletiva comentada se deu no âmbito da III Conferência Nacional da Mulher Advogada (CNMA), com o tema Igualdade, Liberdade e Sororidade, que ocorreu em Fortaleza, nos dias 05 e 06 de março, e contou com a participação de mais de 2.600 mil inscritas, que se dividiram entre as dezenas de painéis, mesas redondas, workshops e oficinas, com a abordagem de diversos temas do direito, da política e da sociedade, resguardada a dimensão de gênero, tudo isso em ocasião vizinha ao Dia Internacional da Mulher, instituído pela ONU.

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              18/04/2021
              Amarilis Costa (Foto: Arquivo Pessoal)

              Pesadelo do Dia da Foto

              17/04/2021

              A tônica desta Conferência foi a reivindicação de espaços de poder e decisão para as mulheres advogadas, que demandam por mais atuação política e representatividade dentro da OAB. Os dados trabalham em favor desta reivindicação, afinal as mulheres representam quase 50% da advocacia nacional, segundo informações divulgadas e atualizadas pelo site do Conselho Federal da OAB (2019), mas essa proporção está longe de se materializar nos espaços decisórios da instituição. Para citar um exemplo, as mulheres ocupam apenas 20% dos cargos no Conselho Federal da Ordem (CFOAB) no mandato relativo ao triênio 2019-2021.

              Mas, o diferencial dessa Conferência foi a atuação de um grupo de pouco mais de 20 mulheres negras, advogadas que certamente serão lembradas por sua articulação coletiva e estratégica para se fazerem vistas e ouvidas em um ambiente estruturalmente construído para a invisibilização das suas pautas e, também, de seus corpos desviantes. A OAB não nasce democrática, mas, sim, no auge da república velha e possui passagens destoantes de sua missão precípua declarada em Estatuto, Código de Ética e Regimentos, fortaleceu-se enquanto ambiente massivamente masculino – inclusive, devido ao estreito e obstaculizado acesso feminino à formação superior e ao exercício da advocacia – e aristocrático, ou seja, duplamente classista.

              As juristas negras buscaram caminhar em grupo durante todo o evento e participar das atividades da Conferência preferindo as mesas em que houvesse participação de juristas negras e negros na qualidade de expositoras/expositores. Ainda que a representação em mesa fosse solitária, emergia (e transbordava) da plenária solidariedade. A decisão de andarmos juntas, aquilombadas, a despeito de sermos uma coletividade heterogênea, não foi tirânica, mas, natural, um resgate imemorial e cultivo de afetos negados – e ainda não totalmente recuperados – na violenta diáspora africana.

              Era notório que, apesar da ausência de paridade étnico-racial nas atividades, muito provavelmente, o CFOAB jamais tenha tido em um evento de repercussão nacional, e cuja temática não fosse étnico-racial, a expressiva participação de palestrantes negras verificada na III Conferência Nacional da Mulher Advogada. Infelizmente, não é possível respaldar essa impressão estatisticamente, mas, tão somente, pelo valioso saber empírico: estávamos lá (isso não é comum, pois os custos envolvidos inviabilizam imersões análogas), nos vimos, fomos vistas e tudo isso com razoável recorrência. Assim, esperamos avançar ainda mais com o apoio de mais mulheres negras advogadas, de mulheres não negras e de homens, que reconhecem a igualdade como o verdadeiro quinhão da justiça social. Acreditamos que na IV Conferência Nacional da Mulher Advogada teremos um número exponencial de mulheres negras advogadas, comparado a essa edição, pois não arrefeceremos diante das intempéries.

              Reunindo-se durante o evento, esse grupo, formado por advogadas naturais das mais diversas regiões do país ensinou sobre o potencial transformador da união de mulheres negras em torno de um mesmo propósito. A várias mãos redigiram durante o evento “A Carta Aberta de Juristas Negras”, requerendo ao CFOAB a elaboração de um Plano Nacional de Ações Afirmativas, a ser construído com a ampla e efetiva participação da advocacia negra, e que preveja ações relevantes para a efetiva inclusão das advogadas e dos advogados negros no Sistema OAB. (https://peticaopublica.com.br/pview.aspx?pi=BR115303)

              E foram essas várias cabeças pensantes e a soma de experiências diversas, que sistematizaram os pleitos mínimos da classe como, por exemplo, a inclusão do critério raça/cor para cadastramento e recenseamento da advocacia, de forma a explicitar qual o número real de advogadas e advogados negros no país, bem como a adoção de cotas de 30%, que interseccionem gênero e raça, aplicáveis aos mais diversos órgãos e atividades da Ordem, em todas as suas esferas – federal, seccional e subseções -, além de ações voltadas para a advocacia negra jovem e na defesa das prerrogativas.

              No dia 05 de março, a Carta foi entregue ao vice-presidente da OAB Nacional, Dr. Luiz Viana Queiroz, representando o presidente Dr. Felipe Santa Cruz, que se comprometeu a dar andamento ao pleito. Na oportunidade, além das diversas juristas negras envolvidas na elaboração do documento, esteve presente a Dra. Silvia Cerqueira, presidenta da Comissão Nacional de Igualdade Racial da OAB, que também se comprometeu a ampliar o debate sobre as pautas no Encontro Nacional das Comissões de Igualdade Racial, que ocorrerá em maio do corrente ano, na cidade de Porto Alegre.

              Foto: Bruno Gomes

              Na sequência, a Carta foi lida por advogadas negras nos painéis e mesas redondas dos quais participaram. A primeira a ler o documento foi a Dra. Manoela Alves, presidenta da Comissão de Igualdade Racial da OAB-PE, que durante a apresentação dos projetos das Comissões da Mulher Advogada, no dia 06 de março, destacou a importância de cada um dos pleitos feitos pelas advogadas negras e finalizou a sua apresentação afirmando que: “seguiremos resistindo e na luta para que todos os espaços, inclusive o da OAB, possam gozar de uma democracia de fato, racial e de gênero”.

              Destacada também foi a atuação da Dra. Marcelise Azevedo que, durante a leitura da carta, fez uma brilhante analogia sobre o tão discutido teto de vidro que impede as mulheres de ascenderem em suas carreiras. Segundo a conceituada advogada brasiliense, as mulheres negras lidam com uma realidade ainda mais gravosa em sociedade, havendo não um teto de vidro que as impedem de ascenderem a posições de poder, mas sim uma porta de vidro, que sequer as permitem adentrar em determinados espaços institucionais.

              Também participou como palestrante a Dra. Chiara Ramos, que quebrou o protocolo, convidando ao púlpito todas as juristas negras que participaram direta e indiretamente da elaboração da Carta, de forma a evidenciar o trabalho coletivo que foi realizado conjuntamente. Em sua fala, a procuradora federal destacou a importância de unirmos esforços na luta contra o machismo e o racismo, citando importantes ações que antecederam a elaboração do documento, a exemplo da luta para realização do censo da advocacia, incluindo o critério raça/cor, que é encabeçada pela Dra. Maria Sylvia de Oliveira, presidenta da Comissão de Igualdade Racial da OAB-SP. Ao final da sua exposição, a palestrante, citando Ângela Davis, destacou a importância de atitudes antirracistas, esclarecendo que todas e todos possuem um lugar de fala na luta pela equidade e pela justiça social.

              Durante a Conferência outras juristas negras e mulheres negras de outras áreas de conhecimento integraram os painéis, foram expositoras, palestrantes e contribuíram com discursos proeminentes, dentre as quais registramos, exemplificadamente, Maria Sylvia de Oliveira, Cláudia Luna, Zelma Madeira, Renata Deiró, Silvia Cerqueira, Ana Carolina Querino, Ana Patricia Dantas Leão, Helena Delamonica, Cristiane Damaceno e Francene D´Aguiar. O painel intitulado “O papel do homem na promoção da igualdade de gênero” contou com a participação do jornalista negro Ismael dos Anjos e do jurista negro Samuel Vida. Outro destaque de relevo foi a Conferência Magna de Encerramento, cuja conferencista foi a filósofa E mulherista africana Katiuscia Ribeiro, professora de Filosofia Jurídica na Escola de Magistratura do Rio de Janeiro/EMERJ.

              Ao final do evento, a Presidenta da Comissão Nacional da Mulher Advogada, Dra. Daniela Borges, em respeito à construção do coletivo de mulheres advogadas negras releu a carta com as reivindicações elencadas, seguindo-se à leitura da Carta de Fortaleza – Ceará, atinente a III Conferência Nacional da Mulher Advogada, quando verificamos que o documento absorvera parte das demandas apresentadas pelas Juristas Negras, transmutando os pleitos das mulheres advogadas negras em pleitos de todas as mulheres advogadas, encaminhados na forma de recomendações de políticas a serem adotadas pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil.

              A Comissão Nacional da Mulher Advogada, em observância ao Plano Nacional de Valorização da Mulher Advogada, instituído pelo Provimento nº 164, de 2015, que prevê uma série de políticas para a mulher advogada, iniciou um levantamento com recorte de gênero destinado à construção do perfil das mulheres que advogam no Brasil, considerando as peculiaridades regionais. Mas, entendemos que a falta de um censo sobre a advocacia brasileira, com recortes específicos para gênero, raça, etnia, deficiência, idade, diversidade sexual, dentre outros recortes, dificulta a análise de dados sobre todas essas especificidades e obsta as possibilidades de pensar políticas específicas para cada grupo dentro do sistema OAB, órgão essencial à justiça. Atualmente, apenas a OAB BA possui o componente racial inserido em seu cadastro de advogadas e advogados (2019), mas, a entidade não promoveu um recenseamento, o que serviria de estímulo à atualização de sua base cadastral para fins de conhecimento do perfil da advocacia territorial.
              O Provimento nº 164, de 2015, em seu artigo 2º, inciso, VI, prevê “a construção de uma pauta de apoio à mulher na sociedade”, tendo focos principais:

              a) a igualdade de gêneros e a participação das mulheres nos espaços de poder; b) o combate à violência doméstica, incluindo assistência às vítimas; c) o apoio a projetos de combate ao feminicídio e a outras violências contra a mulher; d) a defesa humanitária das mulheres encarceradas; e) a defesa e a valorização das mulheres trabalhadoras rurais e urbanas; f) a defesa e a valorização das mulheres indígenas; g) o combate ao racismo e à violência contra as mulheres negras; h) o enfrentamento ao tráfico de mulheres; i) a mobilização contra a banalização da imagem da mulher na mídia publicitária. (grifo nosso)

              Conforme se deduz no texto do Plano Nacional de Valorização da Mulher Advogada, a temática racial tem sido disputada entre atores e atrizes sociais diversos, dentro e fora da Ordem. O combate ao racismo também tem sido pautado interna corporis, contudo, há carência de efetividade aos programas e normativas.
              A OAB precisa fazer a sua lição de casa, iniciando por confrontar o racismo e promover a inclusão dentro de sua própria instituição, reconhecendo a existência étnico-racial nos seus quadros e criando políticas que efetivem a atuação da advocacia negra, com especial atenção às advogadas negras. Por isso reafirmamos a importância do movimento de articulação promovido pelas juristas negras para efetiva inclusão e reconhecimento da advocacia negra.

              Os efeitos concretos da Carta Aberta das Juristas Negras já se fazem presentes na incorporação de algumas das suas reivindicações na Carta de Fortaleza (http://s.oab.org.br/arquivos/2020/03/ba435ead-bb3c-4a31-978b-a1192936c1a4.pdf) . documento oficial que sintetiza os compromissos assumidos pelas mulheres advogadas na concretização do Estado Democrático de Direito, quais sejam: “(…) 9 – Garantir a participação no sistema OAB para a mulher advogada, levando em consideração suas diversidades: jovens, idosas, negras, indígenas, pessoas com deficiência e outras; 10 – Obrigatoriedade da inclusão no requerimento da inscrição do bacharel em Direito nos quadros da OAB da autodeclaração de raça; 11 – Inclusão de advogadas negras proporcionalmente ao quadro de inscritas das respectivas Seccionais; (…)”

              Pode parecer pouco diante do quadro de urgência das demandas das advogadas negras, mas, a partir daí, é possível abrir o debate sobre a necessidade de um Plano de Ações Afirmativas para a Advocacia Negra como um imperativo de justiça.

              A OAB, bem como as demais instituições que compõem o sistema de justiça brasileiro, não podem continuar silenciando sobre uma das mais nocivas consequências do racismo estrutural, qual seja: o racismo institucional, que hoje se discute em escala mundial, sobretudo, após a proclamação pela Organização das Nações Unidas (ONU) da Década Internacional de Afrodescendentes (2015 a 2024), que tem como tema “Povos Afrodescendentes: reconhecimento, justiça e desenvolvimento”. Essa iniciativa da ONU conclama a todos para envidar esforços para participação plena e igualitária de afrodescendentes em todos os aspectos da sociedade.

              A própria Constituição Federal quebra o pacto de silenciamento racial, criminalizando a prática do racismo. Após intensa luta dos movimentos negros no Brasil, as/os constituintes reconheceram que não seria possível a concretização de um Estado Democrático de Direito sem o enfrentamento do racismo estrutural. E não apenas por uma questão de reparação histórica pelas atrocidades cometidas durante e após o sistema escravagista, mas por uma necessidade de maior eficiência do sistema de justiça nacional.

              A OAB Federal, cuja natureza sui generis não descaracteriza seu nascedouro e sustentáculo na sociedade civil, conquanto organização da sociedade civil e entidade de classe que é, está pronta a constituir novas ferramentas para que alcancemos formalmente e materialmente paridade de gênero e equidade racial.
              Nós vivemos em uma sociedade caracterizada por uma pluralidade de autodescrições fundadas em diversas racionalidades parciais conflitantes, sendo o dissenso elemento estrutural, haja vista que toda observação tem um ponto cego. Pluralidade é, portanto, sinônimo de eficiência, pois quanto mais pessoas negras, indígenas, com identidade e orientação sexual diversas, oriundas de classes sociais distintas, com deficiência, de diferentes faixas etárias ocuparem espaços nos órgãos que compõem o sistema de justiça, mais ampliado será o horizonte de visão e mais adequadas serão as respostas do sistema jurídico às complexas demandas da sociedade.

              Chiara Ramos, Procuradora Federal, Co-fundadora da Abayomi Juristas Negras e Membra da Comissão de Igualdade Racial da OAB/PE.

              Maíra Vida, Conselheira Seccional da OAB BA; Presidenta da Comissão de Combate à Intolerância Religiosa e Membra da Comissão de Direitos Humanos da OAB BA.

              Maria Sylvia de Oliveira, Conselheira Seccional da OAB SP; Presidenta da Comissão de Igualdade Racial da OAB/SP.

              Tags: Geledés Instituto da Mulher NegramachismoMaria Sylvia Aparecida de OliveiraOABRacismo
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              • "E eu, mulher, negra, nordestina, vivendo em terras sudestinas? Nas Minas, mais especificamente. Como as “clivagens regionais” atuam nas minhas experiências de ser negra? A fim de responder essas perguntas, resolvi publicizar algumas experiências que venho registrando há algum tempo. Experiências vividas nos últimos quatro anos, desde que me mudei de Itabuna, Bahia, para o sudeste do país" Leia o Guest Post de Thaíse Santana em www.geledes.org.br
              • Diante do quadro de pandemia e alto desemprego no País, o Geledés – Instituto da Mulher Negra e o Instituto RME fecharam uma parceria para auxiliar mulheres negras, em especial as que vivem em comunidades periféricas, em seu desenvolvimento profissional e pessoal. Os cursos serão oferecidos por meio da plataforma digital Potência Feminina, do @institutorme em parceria com o Google.org e hospedada no portal do Geledés. O projeto oferece capacitações gratuitas em empreendedorismo, empregabilidade e tecnologia de forma totalmente gratuita e de fácil acesso. Participe e compartilhe conhecimento!
              • No artigo da Coletiva Negras que Movem de hoje, a Mestre em Desenvolvimento Econômico Clara Marinho Pereira, mostra como a trajetoria de mulheres negras é mercada por ensinamentos e aprendizados. Confira um trecho:"Que lições as mulheres negras que ocupam a cena pública em presença e espírito têm deixado para nós? Apresentando-nos a negritude como lugar de força, criatividade e conquistas, pretas de diferentes segmentos têm nos deixado ensinamentos preciosos, partilhados conosco a partir da certeza da influência positiva na nossa autonomia. Neste texto, listo 7 lições aprendidas que busco recordar continuamente, por entender que elas nos dão régua e compasso para seguir em frente." Leia o artigo completo em: www.geledes.org.br A seção Coletiva Negras que Movem (@negrasquemovem), traz artigos de integrantes do Programa de Aceleração do Desenvolvimento de Lideranças Femininas Negras: Marielle Franco, do Fundo Baobá (@fundobaoba).
              • "Esse texto não é o definitivo. Mas, se constitui em sementes introdutórias lançadas no bom terreno do diálogo ampliado, adocicado pela poesia lancinante da alma feminina/masculina e de outras definições para Masculinidades e Feminilidades." Leia o Guest Post de Rosangela Aparecida Hilário em www.geledes.org.br
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              • Na coluna desta semana, Marina Vieira de Carvalho investiga a trajetória da poeta Gilka da Costa Machado e a luta pelo reconhecimento da produção intelectual das mulheres negras no pós-abolição. A despeito da qualidade de suas letras, Gilka não escapou ao silenciamento imposto pela sociedade patriarcal brasileira. Esse silenciamento, observado na trajetória de Gilka, é presente, ainda hoje, no desafio enfrentado pelas intelectuais negras contemporâneas. Mas o texto (re) apresenta Gilka da Costa Machado e a potência de sua obra feminista ao público. Confira um trecho do artigo"Musas Negras: raça, gênero e classe na vida de Gilka da Costa Machado":"Imagine o escândalo que foi (e ainda é para muitas pessoas) a visibilidade de uma mulher cujos poemas não eram considerados"femininos" - como as"flores", o"lar", o"recato" - e sim de letras deliberadamente eróticas. E se essa escritora, além disso tudo, fosse afro-brasileira e periférica? Aí começamos a entender os significados dos medos e esperanças que atravessam a revolução chamada Gilka da Costa Machado". Acesse o texto e o vídeo completos no Portal Geledés e no Acervo Cultne. https://youtu.be/GAwq2GaugGY A Coluna Nossas Histórias é uma parceria entre a Rede de HistoriadorXs NegrXs, o Geledés e o Acervo Cultne. #Raça #Genero #Classe #GilkadaCostaMachado #EscritorasNegras #HistoriadorasNegras #NossasHistórias
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