Participam do evento de Geledés a ministra das Mulheres, Aparecida Gonçalves, a ministra de Igualdade Racial, Anielle Franco, a diplomata do Itamaraty, Rafaela Fontes, a coordenadora de Geledés na área de Advocacy e Incidência Política, Nilza Iraci e a coordenadora de Geledés na área de Políticas de Promoção da Igualdade de Gênero e Raça, Maria Sylvia de Oliveira.
A ideia do instituto é debater o impacto das questões cruciais relacionadas à (in)visibilidade de gênero e raça, bem como a pobreza intergeracional, além de explorar instrumentos e enfrentar os desafios para o empoderamento econômico das mulheres afrodescendentes. Afinal, essas mulheres enfrentam interseções únicas de discriminação e marginalização, baseadas em sua raça e gênero.
“A próxima CSW 68 terá como tema prioritário ‘Acelerar a conquista da igualdade de gênero e o empoderamento de todas as mulheres e meninas, abordando a pobreza e fortalecendo as instituições e o financiamento com uma perspectiva de gênero, mas não é possível discutir gênero sem pensar, também na perspectiva de raça”, diz Maria Sylvia de Oliveira.
“Buscar a emancipação econômica e financeira de mulheres afrodescendentes é um passo importante para que se possa atingir a igualdade de gênero e diminuição da pobreza, fatores que impactam de forma desproporcional as mulheres e meninas afrodescendentes. Para isso, é preciso fomentar e envolver as instituições neste debate a fim de que medidas efetivas sejam alcançadas”, completa a coordenadora.
De acordo com pesquisa do Centro de Estudo das Relações de Trabalho e Desigualdades (Ceert), 41,5% das mulheres negras no Brasil encontravam-se subutilizadas no mercado de trabalho no final de 2021. Já os homens brancos eram de cerca de 18% nesta mesma categoria no período relatado.
Como bem pontuou o professor assistente da Universidade do Texas, Marcelo Paixão, “empoderar economicamente as mulheres negras melhora não apenas suas condições de vida e de suas famílias, mas também fortalece suas vozes e contribui para a construção de sociedades mais justas e inclusivas”.
Link para assistir ao evento horário as 15h30 de Nova York (16h30 de Brasília):