Empoderamento econômico das mulheres negras é tema de Geledés na ONU

Artigo produzido por Redação de Geledés

Geledés - Instituto da Mulher Negra promove nesta quarta-feira, 13 de março, às 15h30 de Nova York (16h30 de Brasília), no Baha’í International Community, em Nova York, o evento 'Estratégias para o Empoderamento Econômico da Mulher Negra'. O encontro acontece em paralelo à 68ª Comissão Sobre o Status da Mulher (CSW 68), a ser realizada entre os dias 11 e 22 de março na sede da ONU, em Nova York.

Participam do evento de Geledés a ministra das Mulheres, Aparecida Gonçalves, a ministra de Igualdade Racial, Anielle Franco, a diplomata do Itamaraty, Rafaela Fontes, a coordenadora de Geledés na área de Advocacy e Incidência Política, Nilza Iraci e a coordenadora de Geledés na área de Políticas de Promoção da Igualdade de Gênero e Raça, Maria Sylvia de Oliveira.

A ideia do instituto é debater o impacto das questões cruciais relacionadas à (in)visibilidade de gênero e raça, bem como a pobreza intergeracional, além de explorar instrumentos e enfrentar os desafios para o empoderamento econômico das mulheres afrodescendentes. Afinal, essas mulheres enfrentam interseções únicas de discriminação e marginalização, baseadas em sua raça e gênero.

“A próxima CSW 68 terá como tema prioritário ‘Acelerar a conquista da igualdade de gênero e o empoderamento de todas as mulheres e meninas, abordando a pobreza e fortalecendo as instituições e o financiamento com uma perspectiva de gênero, mas não é possível discutir gênero sem pensar, também na perspectiva de raça”, diz Maria Sylvia de Oliveira.

Maria Sylvua – Geledés Instituto da Mulher Negra

“Buscar a emancipação econômica e financeira de mulheres afrodescendentes é um passo importante para que se possa atingir a igualdade de gênero e diminuição da pobreza, fatores que impactam de forma desproporcional as mulheres e meninas afrodescendentes. Para isso, é preciso fomentar e envolver as instituições neste debate a fim de que medidas efetivas sejam alcançadas”, completa a coordenadora.

De acordo com pesquisa do Centro de Estudo das Relações de Trabalho e Desigualdades (Ceert), 41,5% das mulheres negras no Brasil encontravam-se subutilizadas no mercado de trabalho no final de 2021. Já os homens brancos eram de cerca de 18% nesta mesma categoria no período relatado.

Como bem pontuou o professor assistente da Universidade do Texas, Marcelo Paixão, “empoderar economicamente as mulheres negras melhora não apenas suas condições de vida e de suas famílias, mas também fortalece suas vozes e contribui para a construção de sociedades mais justas e inclusivas”.

Link para assistir ao evento horário as 15h30 de Nova York (16h30 de Brasília):

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