Por: Jeff Benício
O Jornal Nacional está no ar há 45 anos, desde setembro de 1969. Somente em 2002 um jornalista negro surgiu na bancada: Heraldo Pereira.
Paulista de Ribeirão Preto, ele construiu carreira na emissora como repórter especializado em política, baseado em Brasília.
Desde então, participa do rodízio de apresentadores durante folgas e férias dos titulares, aos sábados e em ocasiões especiais. Além de ancorar coberturas especiais, como no domingo (5), sobre as eleições.
A partir da ascensão de Heraldo, começaram a circular comentários sobre a presença de uma mulher negra na bancada do principal telejornal da emissora líder em audiência no país.
Gloria Maria, que por 9 anos comandou o Fantástico, chegou a ser cogitada quando Fátima Bernardes comunicou que deixaria o JN, em 2011.
A cobiçada vaga acabou ocupada por Patrícia Poeta, que se despede do jornalístico no próximo dia 31, sendo substituída por Renata Vasconcellos.
O processo de troca de cadeiras e renovação de apresentadores deverá ter nova etapa no início de 2015.
O nome de Maria Júlia Coutinho surge como forte concorrente a uma vaga no rodízio de apresentadores do JN.
Hoje, ela aparece eventualmente no telejornal como moça do tempo, no quadro de previsão meteorológica, mesma função desempenhada em outros jornalísticos do canal, como o Bom Dia Brasil.
Chamada pelos colegas de emissora de Maju, a jornalista de 36 anos tem experiência em bancada. Apresentou telejornais na TV Cultura de São Paulo, inclusive ao lado de Heródoto Barbeiro, hoje âncora na Record News.
Foto: Zé Paulo Cardeal/TV Globo
Fonte: Terra
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