Sete meses se passaram desde que um thriller sul-coreano ganhou o Oscar de melhor filme, mas o caminho para transformar a Academia de Cinema de Hollywood em uma instituição global ainda parece estar pela metade. O próximo passo é exigir certas condições mínimas de diversidade dos filmes que disputem essa categoria. As exigências afetam tanto o que se vê em tela como as equipes de produção, para “refletir melhor a diversidade do público do cinema”, conforme anunciou a Academia na terça-feira.
Nos prêmios de 2025, ou seja, para os longas produzidos em 2024 que quiserem disputar o Oscar de melhor filme, alguma destas condições terá de ser atendida: pelo menos um protagonista que não seja branco; pelo menos 30% de personagens secundários mulheres, minorias, LGBTQ ou deficientes; ou que o tema principal aborde um destes grupos sub-representados na tela.
A trajetória da Academia para se transformar em uma instituição global e diversificada, na qual todas as plateias possam se reconhecer, começou cinco anos atrás, após a polêmica do #Oscarssowhite (“Oscars brancos demais”). Naquele ano, os 20 indicados nas categorias para atores eram brancos, quando havia filmes notáveis com intérpretes negros. Aquela polêmica acendeu um debate em Hollywood, ao que a Academia reagiu estabelecendo objetivos muito ambiciosos para ampliar a diversidade entre seu eleitorado, até então composto majoritariamente até por homens brancos, norte-americanos e de certa idade.
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