Racismo no San Pelegrino Shopping Mall em Caxias do Sul

Vilmar Oliveira é presidente da WABDL (Associação Mundial de Levantadores de Peso) para a América do Sul. Técnico da Seleção Brasileira de Power Lifting e Presidente da Federação Gaúcha de Powerlifting. Numa tentativa de divulgar a modalidade esportiva que ele pratica fechou uma parceria com o San Pelegrino Shopping Mall para a realização de um evento chamado “Maratona Esportiva”.

Acontece que o evento não acabou muito bem, ou melhor, nem começou. Veja a nota abaixo que Vilmar publicou no Facebook.

No último sábado (17/12) promovi, juntamente com o San Pelegrino Shopping Mall de Caxias do Sul o evento ” Maratona Esportiva“. O evento, inédito no RS, reuniria 25 modalidades esportivas e dança. Durante a realização da apresentação de capoeira,no sábado,final da tarde, fui abordado por um senhor, acompanhado pelo chefe da segurança, que se identificou como proprietário do Shopping. Apontando para um grupo de capoeiristas negros, falou: “não quero esse tipo de gente aqui no meu shopping“. Ordenou também que a equipe de seguranças encerrasse o evento imediatamente.E não satisfeito com isso,em seguida,mandou o chefe de segurança me comunicar que o Evento no domingo estava cancelado.

O prejuizo financeiro e Moral foi muito grande,pois a maioria dos Campeonatos aconteceria no domingo e muitos atletas já estavam na cidade ou se deslocariam para o Evento.

Então meus Amigos,eu lhes pergunto: Que tipo de gente poderá frequentar o referido Shopping?

Estou a 38 anos no Esporte,como Atleta,como Dirigente e como Organizador de Eventos esportivos,e confesso-lhes que Nunca havia presenciado uma Barbaridade dessas.

O referido acontecimento está registrado na Policia Civil sob o numero da ocorrência 44981/2011 em 19/12/20011.

Desde a sua inauguração, há um ano atrás, o San Pelegrino tenta construir uma imagem de que seu foco seriam as classes A e B. Isso é reforçado pela fala do presidente da CDL, Luiz Antonio Kuiava, na inauguração do empreendimento. “A tendência é de que o empreendimento, localizado no bairro São Pelegrino e voltado às classes A e B, atraia um público que antes comprava em outras regiões”, afirmou.

Como se vê, mesmo que atualmente se negue, estava na gênese do empreendimento tentar afastar a “gente diferenciada”, então, mesmo que seja revoltante, essa situação já estava marcada para acontecer. Cabe agora, a exemplo do que aconteceu com um caso similar no Supermercado Andreazza, ser apurada as responsabilidades.

 

 

Fonte: PolentaNews

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