Guerra entre etnias tutsi e hutus deixou 800 mil mortos e milhares de mulheres abusadas
O Tribunal Penal Internacional para Ruanda (TPIR) condenou nesta terça-feira (17) o ex-comandante do Estado-Maior do Exército ruandês, Augustin Bizimungu, a 30 anos de prisão, depois que ele foi considerado culpado do crime de genocídio.
O general Bizimungu assumiu o comando do Exército de Ruanda em 16 de abril de 1994, em pleno genocídio motivado por disputas entre as duas etnias que ocupavam a região: os tutsi e os hutus.
Bizimungu foi condenado a uma pena equivalente ao tempo que já passou preso. Outros dois altos oficiais acusados no processo, o major François-Xavier Nzuwonemeye e o capitão Innocent Sagahutu, receberam pena de 20 anos de prisão.
Segundo ONU, 800 mil pessoas foram assassinadas durante o genocídio em Ruanda, em sua maioria tutsi.
A maioria das mulheres que sobreviveram ao massacre foi violentada sexualmente e cerca de 5.000 crianças nascidas dessas violações acabaram assassinadas.
Fonte: R7