Envie seu texto para o Portal
sábado, janeiro 23, 2021
Portal Geledés
  • Home
  • Geledés
    • O Geledés
    • Quem Somos
    • O que fazemos?
    • Projetos em Andamento
      • PLPs em Ação – Geledés no Enfrentamento ao coronavírus
    • Apoiadores & Parceiros
    • Geledés no Debate
    • Guest Post
    • Gęlędę na tradição yorubá
    • Publicações de Geledés
    • Geledés 30 anos
    • Memória Institucional
    • Worldwide
  • Questões de Gênero
    • Todos
    • LGBTQIA+
    • Marielle Franco
    • Mulher Negra
    • Sueli Carneiro
    • Violência contra Mulher
    DAVE KOTINSKYGETTY IMAGES

    Quem é Amanda Gorman, a poeta de 22 anos convidada para a posse de Biden

    Barbie de Maya Angelou || Reprodução Instagram

    Escritora e ativista Maya Angelou ganha Barbie em sua homenagem no mês da História Negra

    Anielle Franco (Foto: Bléia Campos)

    Mulheres pretas acadêmicas

    Mônica Calazans tem 54 anos e trabalha na UTI do Instituto de Infectologia Emílio Ribas (Foto: Arquivo pessoal)

    Primeira a ser vacinada é mulher, negra e enfermeira do Emílio Ribas em SP

    Primeira vereadora negra eleita na Câmara de Curitiba, Carol Dartora recebeu ameaças de morte por e-mail (DIVULGAÇÃO/Imagem retirada do site El País)

    Ameaças de neonazistas a vereadoras negras e trans alarmam e expõem avanço do extremismo no Brasil

    Ingrid Silva é a primeira bailarina negra e brasileira a ser palestrante principal em Harvard

    Pesquisadoras também produziram livreto em homenagem às profissionais que atuam no combate ao coronavírus - Ilustrações: Marcelo Jean Machado

    Projeto dá visibilidade ao trabalho de cientistas negras brasileiras de forma lúdica

    Divulgação

    2º Festival Frente Feminina abre inscrições e seleciona artistas negras para residência artística virtual

    A cantora Alaíde Costa Kazuo Kajihara/ Sesc-SP

    ‘Não tenho muito o que me queixar da vida’, diz a cantora Alaíde Costa

    Trending Tags

      • Mulher Negra
      • Violência contra Mulher
      • LGBTQIA+
      • Sueli Carneiro
      • Marielle Franco
    • Questão Racial
      • Todos
      • Artigos e Reflexões
      • Casos de Racismo
      • Cotas Raciais
      • Violência Racial e Policial
      Comissão ARNS (Divulgação )

      Brasil: etnocracia branca contra a maioria negra

      Aliyyah e Yasmeen Koloc/ Imagem retirada do site UOL

      Irmãs de 16 anos são alvos de racismo e sexismo no Rally Dakar; FIA repudia

      Reprodução/Facebook

      O que será dos profissionais de saúde que distorcem a ciência?

      Bianca Santana - Foto: João Benz

      “Mas morreu esse tanto de gente por covid-19 mesmo?”

      Arquivo Pessoal

      O Sol de Cada Um

      Alicia Keys (Foto: Rob Latour/Shutterstock)

      Alicia Keys pede para Joe Biden lançar iniciativa de justiça racial nos EUA

      Enfermeira Mônica Calazans, de 54 anos, é a primeira brasileira a receber dose da vacina Coronavac (Foto: Governo do Estado de São Paulo / Divulgação)

      “Precisa dizer que Mônica é negra?”: o racismo à brasileira e a CoronaVac 

      Em foto de 2019, Ananda Portela segura a mão da avó, internada com covid-19 Imagem: Acervo Pessoal

      Após o final do ano, a covid-19 explodiu em minha família – e no país

      Thiago Amparo (Foto: Marcus Leoni/CLAUDIA)

      O Brasil é uma enfermeira preta vacinada

      Trending Tags

      • #memoriatemcor
      • Artigos e Reflexões
      • Casos de Racismo
      • Cotas Raciais
      • Violência Racial e Policial
    • Em Pauta
    • Discriminação e Preconceitos
      • Todos
      • Casos de Preconceito
      • Defenda-se
      Maíra Vida: Advogada, Professora, Conselheira Estadual da OAB BA e Presidenta da Comissão Especial de Combate à Intolerância Religiosa (Foto: Angelino de Jesus)

      Do crente ao ateu, não faltam explicações para o racismo religioso no Brasil

      Foto: Deldebbio

      Prefeito de Duque de Caxias é investigado por intolerância religiosa a crenças de matriz africana

      FÁBIO VIEIRA/ESPECIAL METRÓPOLES

      Após ser alvo de ataques transfóbicos e racistas, Érika Hilton irá processar 50 pessoas

      A parlamentar Laetitia Avia propôs a nova nova lei, enquanto o primeiro-ministro Jean Castex foi ridicularizado por seu sotaque (GETTY IMAGES)

      Por que a França pode criminalizar a discriminação pelo sotaque

      Adolescente de 16 anos foi espancada pelo pai por ser lésbica, na Bahia — Foto: Divulgação/Polícia Civi

      Adolescente é espancada pelo pai na BA e relata que motivo é ela ser lésbica; avó da vítima denunciou homem à polícia

      (Jonathan Alcorn/AFP/)

      Painel trata combate ao racismo como exercício de cidadania e justiça

      Imagem: Geledes

      Racismo Estrutural – Banco é condenado a indenizar cliente por discriminação racial

      GettyImagesBank

      13 palavras e expressões da língua portuguesa para não usar mais

      Racismo e desigualdades: o que há de democrático na Covid-19?

      Trending Tags

        • Defenda-se
      • África e sua diáspora
        • Todos
        • Africanos
        • Afro-americanos
        • Afro-brasileiros
        • Afro-brasileiros e suas lutas
        • Afro-canadenses
        • Afro-europeus
        • Afro-latinos e Caribenhos
        • Entretenimento
        • Esquecer? Jamais
        • Inspiradores
        • No Orun
        • Patrimônio Cultural
        Rainha Abla Pokou (Foto: Imagem retirada do site DW)

        Rainha Abla Pokou: Mãe do povo Baoulé da Costa do Marfim

        Jessica Ellen em foto de divulgação do single Pomba Gira (Foto: Gabriella Maria)

        Jéssica Ellen canta a Umbanda e celebra ancestralidade em ‘Macumbeira’: ‘Conexão espiritual’

        Tatiana Tibúrcio levou o prêmio APCA de Melhor Atriz por sua interpretação da doméstica Mirtes Souza, no especial 'Falas Negras' — Foto: TV Globo/Victor Pollak

        Tatiana Tibúrcio ganha o prêmio APCA de Melhor Atriz por atuação em ‘Falas Negras’

        Edneia Limeira dos Santos - Foto: Nego Júnior

        Samba Rock na Cidade de São Paulo: Uma Análise da Evolução do Gênero Desde os Anos 1970 nos Bailes Blacks, até o Registro Como Patrimônio Cultural Imaterial

        Francisco Ribeiro Eller (ou Chico Chico), 27 anos (Foto: Marina Zabenzi)

        Chicão, filho de Cássia Eller: ‘Batalha das minhas mães é parte do que sou’

        Elenco de 'Uma Noite em Miami' (Foto: Patti Perret/Amazon)

        ‘Uma Noite em Miami’: Regina King celebra o homem negro em encontro estelar

        O protagonista de "Os Intocáveis", Omar Sy, (Foto: Jordan Strauss/Invision/AP - Jordan Strauss)

        Além de Lupin: conheça a carreira de Omar Sy em 5 filmes

        O escritor nigeriano Wole Soyinka, durante visita ao Brasil em 2015 - Bruno Poletti/Folhapress

        ‘Aké’ é oportunidade de ler Wole Soyinka, um dos maiores nomes da África

        Divulgação

        Série Oxalaive promove 14 encontros poéticos virtuais

        Trending Tags

          • Africanos
          • Afro-americanos
          • Afro-brasileiros
          • Afro-brasileiros e suas lutas
          • Afro-canadenses
          • Afro-europeus
          • Afro-latinos e Caribenhos
          • Entretenimento
          • Esquecer? Jamais
          • Inspiradores
          • No Orun
          • Patrimônio Cultural
        Sem resultados
        Ver todos os resultados
        • Home
        • Geledés
          • O Geledés
          • Quem Somos
          • O que fazemos?
          • Projetos em Andamento
            • PLPs em Ação – Geledés no Enfrentamento ao coronavírus
          • Apoiadores & Parceiros
          • Geledés no Debate
          • Guest Post
          • Gęlędę na tradição yorubá
          • Publicações de Geledés
          • Geledés 30 anos
          • Memória Institucional
          • Worldwide
        • Questões de Gênero
          • Todos
          • LGBTQIA+
          • Marielle Franco
          • Mulher Negra
          • Sueli Carneiro
          • Violência contra Mulher
          DAVE KOTINSKYGETTY IMAGES

          Quem é Amanda Gorman, a poeta de 22 anos convidada para a posse de Biden

          Barbie de Maya Angelou || Reprodução Instagram

          Escritora e ativista Maya Angelou ganha Barbie em sua homenagem no mês da História Negra

          Anielle Franco (Foto: Bléia Campos)

          Mulheres pretas acadêmicas

          Mônica Calazans tem 54 anos e trabalha na UTI do Instituto de Infectologia Emílio Ribas (Foto: Arquivo pessoal)

          Primeira a ser vacinada é mulher, negra e enfermeira do Emílio Ribas em SP

          Primeira vereadora negra eleita na Câmara de Curitiba, Carol Dartora recebeu ameaças de morte por e-mail (DIVULGAÇÃO/Imagem retirada do site El País)

          Ameaças de neonazistas a vereadoras negras e trans alarmam e expõem avanço do extremismo no Brasil

          Ingrid Silva é a primeira bailarina negra e brasileira a ser palestrante principal em Harvard

          Pesquisadoras também produziram livreto em homenagem às profissionais que atuam no combate ao coronavírus - Ilustrações: Marcelo Jean Machado

          Projeto dá visibilidade ao trabalho de cientistas negras brasileiras de forma lúdica

          Divulgação

          2º Festival Frente Feminina abre inscrições e seleciona artistas negras para residência artística virtual

          A cantora Alaíde Costa Kazuo Kajihara/ Sesc-SP

          ‘Não tenho muito o que me queixar da vida’, diz a cantora Alaíde Costa

          Trending Tags

            • Mulher Negra
            • Violência contra Mulher
            • LGBTQIA+
            • Sueli Carneiro
            • Marielle Franco
          • Questão Racial
            • Todos
            • Artigos e Reflexões
            • Casos de Racismo
            • Cotas Raciais
            • Violência Racial e Policial
            Comissão ARNS (Divulgação )

            Brasil: etnocracia branca contra a maioria negra

            Aliyyah e Yasmeen Koloc/ Imagem retirada do site UOL

            Irmãs de 16 anos são alvos de racismo e sexismo no Rally Dakar; FIA repudia

            Reprodução/Facebook

            O que será dos profissionais de saúde que distorcem a ciência?

            Bianca Santana - Foto: João Benz

            “Mas morreu esse tanto de gente por covid-19 mesmo?”

            Arquivo Pessoal

            O Sol de Cada Um

            Alicia Keys (Foto: Rob Latour/Shutterstock)

            Alicia Keys pede para Joe Biden lançar iniciativa de justiça racial nos EUA

            Enfermeira Mônica Calazans, de 54 anos, é a primeira brasileira a receber dose da vacina Coronavac (Foto: Governo do Estado de São Paulo / Divulgação)

            “Precisa dizer que Mônica é negra?”: o racismo à brasileira e a CoronaVac 

            Em foto de 2019, Ananda Portela segura a mão da avó, internada com covid-19 Imagem: Acervo Pessoal

            Após o final do ano, a covid-19 explodiu em minha família – e no país

            Thiago Amparo (Foto: Marcus Leoni/CLAUDIA)

            O Brasil é uma enfermeira preta vacinada

            Trending Tags

            • #memoriatemcor
            • Artigos e Reflexões
            • Casos de Racismo
            • Cotas Raciais
            • Violência Racial e Policial
          • Em Pauta
          • Discriminação e Preconceitos
            • Todos
            • Casos de Preconceito
            • Defenda-se
            Maíra Vida: Advogada, Professora, Conselheira Estadual da OAB BA e Presidenta da Comissão Especial de Combate à Intolerância Religiosa (Foto: Angelino de Jesus)

            Do crente ao ateu, não faltam explicações para o racismo religioso no Brasil

            Foto: Deldebbio

            Prefeito de Duque de Caxias é investigado por intolerância religiosa a crenças de matriz africana

            FÁBIO VIEIRA/ESPECIAL METRÓPOLES

            Após ser alvo de ataques transfóbicos e racistas, Érika Hilton irá processar 50 pessoas

            A parlamentar Laetitia Avia propôs a nova nova lei, enquanto o primeiro-ministro Jean Castex foi ridicularizado por seu sotaque (GETTY IMAGES)

            Por que a França pode criminalizar a discriminação pelo sotaque

            Adolescente de 16 anos foi espancada pelo pai por ser lésbica, na Bahia — Foto: Divulgação/Polícia Civi

            Adolescente é espancada pelo pai na BA e relata que motivo é ela ser lésbica; avó da vítima denunciou homem à polícia

            (Jonathan Alcorn/AFP/)

            Painel trata combate ao racismo como exercício de cidadania e justiça

            Imagem: Geledes

            Racismo Estrutural – Banco é condenado a indenizar cliente por discriminação racial

            GettyImagesBank

            13 palavras e expressões da língua portuguesa para não usar mais

            Racismo e desigualdades: o que há de democrático na Covid-19?

            Trending Tags

              • Defenda-se
            • África e sua diáspora
              • Todos
              • Africanos
              • Afro-americanos
              • Afro-brasileiros
              • Afro-brasileiros e suas lutas
              • Afro-canadenses
              • Afro-europeus
              • Afro-latinos e Caribenhos
              • Entretenimento
              • Esquecer? Jamais
              • Inspiradores
              • No Orun
              • Patrimônio Cultural
              Rainha Abla Pokou (Foto: Imagem retirada do site DW)

              Rainha Abla Pokou: Mãe do povo Baoulé da Costa do Marfim

              Jessica Ellen em foto de divulgação do single Pomba Gira (Foto: Gabriella Maria)

              Jéssica Ellen canta a Umbanda e celebra ancestralidade em ‘Macumbeira’: ‘Conexão espiritual’

              Tatiana Tibúrcio levou o prêmio APCA de Melhor Atriz por sua interpretação da doméstica Mirtes Souza, no especial 'Falas Negras' — Foto: TV Globo/Victor Pollak

              Tatiana Tibúrcio ganha o prêmio APCA de Melhor Atriz por atuação em ‘Falas Negras’

              Edneia Limeira dos Santos - Foto: Nego Júnior

              Samba Rock na Cidade de São Paulo: Uma Análise da Evolução do Gênero Desde os Anos 1970 nos Bailes Blacks, até o Registro Como Patrimônio Cultural Imaterial

              Francisco Ribeiro Eller (ou Chico Chico), 27 anos (Foto: Marina Zabenzi)

              Chicão, filho de Cássia Eller: ‘Batalha das minhas mães é parte do que sou’

              Elenco de 'Uma Noite em Miami' (Foto: Patti Perret/Amazon)

              ‘Uma Noite em Miami’: Regina King celebra o homem negro em encontro estelar

              O protagonista de "Os Intocáveis", Omar Sy, (Foto: Jordan Strauss/Invision/AP - Jordan Strauss)

              Além de Lupin: conheça a carreira de Omar Sy em 5 filmes

              O escritor nigeriano Wole Soyinka, durante visita ao Brasil em 2015 - Bruno Poletti/Folhapress

              ‘Aké’ é oportunidade de ler Wole Soyinka, um dos maiores nomes da África

              Divulgação

              Série Oxalaive promove 14 encontros poéticos virtuais

              Trending Tags

                • Africanos
                • Afro-americanos
                • Afro-brasileiros
                • Afro-brasileiros e suas lutas
                • Afro-canadenses
                • Afro-europeus
                • Afro-latinos e Caribenhos
                • Entretenimento
                • Esquecer? Jamais
                • Inspiradores
                • No Orun
                • Patrimônio Cultural
              Sem resultados
              Ver todos os resultados
              Portal Geledés
              Sem resultados
              Ver todos os resultados

              Os privilégios de ser uma mulher branca

              03/08/2013
              em Mulher Negra, Questões de Gênero
              Tempo de leitura: 15 min.

              mulher-branca
              Foto: Ana Clara Marques

              Nestes dois anos de muita pesquisa, nunca tivemos tanta dificuldade em achar artigos que fundamentassem nossos textos. Não pela ausência de material sobre a condição da mulher negra, mas pela inexistência de textos representativos capazes de sentenciar os privilégios sociais de ser uma mulher branca. Toda via, a partir das sementes plantadas por Lélia Gonzalez, Sueli Carneiro, Ângela Davis e Eldridge Claever, e muitas outras, além de uma entrevista da escritora CONCEIÇÃO EVARISTO, nós Maçãs Podres conseguirmos construir uma dialética que nos forneceu as primeiras respostas sobre este tema ainda tão pouco explorado dentro do feminismo.

              no Maçã Podre
              Foto: Rafael Arbex/FolhaPress

              “Ser uma mulher negra não é simplesmente ser uma mulher”

              Muito lúcida, a escritora CONCEIÇÃO EVARISTO explica que há diferentes implicações feministas entre ser mulher negra e ser simplesmente uma mulher:

              “É muito diferente (ser mulher negra e simplesmente mulher). A questão étnica pode ter um peso bem grande, mas vai depender muito da situação em que se está. Na questão do feminismo, por exemplo, enquanto as mulheres brancas precisaram sair às ruas para ficar livres da tutela do pai, do marido ou do irmão, esse não foi o nosso caso. Não precisamos lutar pra ficar livre da dominação e querer trabalhar. A gente sempre precisou trabalhar. O nosso feminismo vem para a gente se afirmar como pessoa. Eu acho que a nossa primeira luta feminista não foi contra o homem negro, mas contra os nossos patrões e patroas. Enquanto a primeira luta da mulher branca e da mulher de classe média foi contra os homens de sua própria família – e eu não estou dizendo que o homem negro não seja machista -, nós nos posicionamos primeiro contra o sistema representado, principalmente, pelo homem branco e pela mulher branca”.

              Foto: Marcus Steinmayer

              Ser uma mulher branca significa ter miseráveis privilégios

              Se nunca te perguntaram se a “patroa” estava em casa, quando você foi atender alguém no portão da residência onde mora; se você nunca reparou que foi vigiada por seguranças ao entrar em um Shopping Center; se você nunca se preocupou com o fato de um porteiro ou inquilino te mandar entrar pela área de serviço do condomínio privado em que mora uma amiga; se provavelmente você jamais buscou saber dos estudos que comprovam que os professores tendem a tratar melhor e dar maiores notas aos alunos e alunas brancas; ou se jamais notou que, a medida que sua escolaridade aumentava, existia cada vez menos meninas negras sentadas ao seu lado, sinta-se uma miserável privilegiada, pois provavelmente você deve ser branca.

              Agora, se você já se perguntou por que te chama a atenção o fato de que a maioria das doutoras da faculdade tinha a pele clara? Ou por que sua ginecologista, dentista e psicóloga nunca eram negras? É porque você provavelmente já se incomodou ou ousou questionar os privilégios miseráveis de ser uma mulher branca.

              Provavelmente não foi fácil sentir que para “superar as desigualdades geradas pela histórica hegemonia masculina, você terá também que superar as ideologias complementares desse sistema de opressão, como é o caso do racismo”, como bem entendemos, ao lermos a SUELI CARNEIRO. Não é fácil, mas é necessário.

              Foto: Paul Morigi via Getty Images

              Ser mulher negra significa lutar dentro dos movimentos negro e feminista para não ser invisibilizada

              ANGELA DAVIS, provavelmente a maior intelectual do movimento negro do séc. XX, sentenciou que (existe) “…uma síndrome infeliz entre alguns ativistas masculinos Pretos – que confundem sua atividade política com uma afirmação da sua masculinidade. …Eles viram – e alguns continuam vendo – a masculinidade Preta como algo que se separa do estado de mulher Preta. Esses homens examinam mulheres Pretas como ameaça à sua obtenção da masculinidade – especialmente aquelas mulheres Pretas que tomam a iniciativa e trabalham para serem líderes no seu próprio direito.”, ou seja, é provavelmente muito comum que mulheres negras (que ainda não desenvolveram uma forte consciência feminista, ao buscarem sua afirmação pessoal quando saem de algum movimento formado predominantemente por mulheres brancas, como citou CONCEIÇÃO EVARISTO) acabem tendo seu potencial de atuação limitado pelo machismo que se estruturou na cabeça dos homens negros, filhos das diásporas africanas.

              janaina

              Ser uma mulher branca significa ter o privilégio miserável de se destacar nas estatísticas

              A conjugação de lutas (contra o machismo e o racismo) é tão importante e direta para o feminismo que, só com a fusão das duas práxis e teorias, é que nos foi possível sair das frias estatísticas que semopre divulgamos.

              Indignadas com os atos de violência contra a mulher, nós percebemos que dos casos recentemente expostos na grande mídia, apenas duas das vítimas mostradas eram negras (Janaína Brito Conceição, de 16 anos, e Gabriela Alves Nunes, de 13 anos), e isso só ocorreu pela barbaridade do crime e logo foi esquecido, e que nenhuma das delegadas responsáveis para solucionar qualquer um estes crimes eram negras.

              Ou seja, apesar de todas as estatísticas que já denunciamos aqui e todos os estudos que divulgamos, do projeto em que estampamos os nomes de vítimas fatais e dos textos em que afirmamos serem as mulheres negras as maiores vítimas da violência patriarcal, nunca havíamos ido além das impessoais estatísticas, nunca mostramos seus rostos e assim também as transformamos em números, invisibilizando o machismo racista do Brasil.

              Foto: Lee Lockwood/Getty

              Ser mulher negra significa “representar no imaginário popular a escravidão”

              O ex-pantera negra, ELDRIDGE CLAEVER autor de “Alma no Exílio”, um dos mais contundentes e honestos relatos sobre a masculinidade, escreveu que: “não sei exatamente como a coisa funciona, quero dizer, não consigo analisar, mas sei que o homem branco fez da mulher negra o símbolo da escravidão e da mulher branca o símbolo da liberdade. Todas as vezes que abraço uma mulher negra estou abraçando a escravidão, e quando envolvo em meus braços uma mulher branca, bem, estou apertando a liberdade”.

              Não existe imaginário que se mantenha no conciente coletivo se também não existirem estruturas materiais e limitações institucionais capazes de sustentar tais mitos. Ainda pesa sobre as mulheres negras todo um conjuto de impedimentos sociais que faz com que a realidade se projete na mente das pessoas, como se “naturaliza” nas novelas.
              Se o feminismo é a nossa principal teoria de libertação das mentes e dos corpo, eis que então temos muita responsabilidade nisso, não?apresentação

              Ser mulher branca significa ter o privilégio miserável de representar a felicidade

              É difícil pra qualquer mulher consciente se ver incluída no mundo machista, mas, ao menos, nas fotos das revistas do sonho burguês ou nas belíssimas pinturas renascentistas, existem imagens que justificam o que disse Stendhal: “a beleza é a promessa da felicidade”.

              Dada a simbologia machista, o corpo das mulheres brancas também é a principal representação da justiça, da liberdade e da revolução. O pior é que as meninas negras também cressem vendo e sendo influenciadas por estes signos.

              ArtigosRelacionados

              Imagem: Arquivo Pessoal

              “Lutei e provei inocência do meu filho, hoje ajudo mães em penitenciárias”

              18/01/2021
              Agência Brasil/EBC

              Mulheres pretas

              09/01/2021

              Como cientista da Nasa de Uganda, Catherine Nakalembe, usa satélites para impulsionar a agricultura

              03/01/2021

              Lógico que como já disse Marx: “tudo esta impregnado do seu contrário” e assim como as mulheres negras não são a “escravidão”, estas  representações da liberdade, da justiça e da revolução são imóveis e petrificadas, normalmente não nos atingem ao ponto de podermos nos apoiar nelas. Porém, queiramos ou não, num contexto geral, seus significados “facilitam” nossa vida, pois todas as características fisicas tidas como boas ou “apresentáveis” (cabelo, nariz, etc) estão presentes em nosso corpo, o que facilita nossa aceitação conosco e com o mundo.  Gisele Bündchen que diga.

              Mas, como recitou Vinicius de Morais: “o destino dos homens é a liberdade”. Não sendo somente um símbolo sexual, mas um objeto de liberdade, este patrimônio físico que naturalizara em nós, nos coisifica. Seja para o homem branco (que nos utiliza como troféu) ou, como disse Cleaver, para o homem negro, que encontra nas mulheres brancas “o equilíbrio e a igualdade” que lhe negaram (cada um com seu privilegio miserável, eles como homens e nós como brancas, eles oprimidos como negros e nós como mulheres), como todo objeto, nossa função é garantir parte da satisfação e da liberdade do “proprietário”, executando trabalhos degradantes ou gerenciando a degradação de outrem, assim como ocorria com os escravos e seus feitores.

              Outros privilégios de ser uma branca

              Não sou a voz das mulheres negras, sei que os espaços negros são uma forma de resistência e enfrentamento frente ao racismo. Por respeito, sei onde posso entrar e onde não posso invadir. Lembro-me de uma baile black que tinha aqui na cidade, onde entrava somente negros e negras, e os brancos ficavam indignados. Não me indignava, pois sabia que todos os espaços eram espaços de brancos. Por tanto, peço licença para expor a parte que me cabe.

               Como menina branca, percebi muito cedo minha vantagem em relação as meninas negras. Só não sabia que esta vantagem se estenderia por toda minha vida. E que vinha de tantos séculos.

              Foi nas “brincadeiras de meninas brancas” que vi como era difícil, para elas, sonharem os mesmo sonhos que eu. Um sonho de criança só é sonho quando você consegue prolongar sua sensação de olhos abertos. Mas se cada imagem que te cerca, te lembra que aquele sonho não pode ser possível, a realidade fica marcada na sua cabeça, invertendo a lógica do desenvolvimento humano. Para duas amigas de infância, ao abrirem os olhos, elas viam que a verdade delas estava na cor da pele, na quantidade de melanina. E isso limitou o desenvolvimento lúdico delas.

               Como tantas outras meninas dos anos de 1980, imitávamos os passos das paquitas, mexendo e remexendo longos e lisos cabelos. Na hora de dançarmos com as madeixas, eu não pensava duas vezes, mas para elas isso era como se rasgasse a pele. A solução elaborada foi amarrarem um pano na cabeça. E lá estava eu, lúdica, de cabelo solto e as duas precisando superar as barreiras e disfarçar suas características físicas com panos na cabeça. É em momentos como este que fico indignada com as frases do tipo: “a dificuldade estimula a criatividade”. Sim, eu sei que é verdade, porém a que custo?

              Este era somente um dos grandes problemas enfrentados por minhas amigas negras, outro eram as bonecas. As cruéis imitações da Barbie. Nós olhávamos e víamos a brancura, o olho azul tão desejável, o cabelo amarelo, as roupas, tudo que as meninas deveriam sonhar e desejar e isso era o que minhas amigas nunca iriam ter. E por mais que soubessem, elas ainda tentavam aproximar-se desta figura.

              O cabelo é parte considerável na auto estima das mulheres. As duas alisavam os cabelos, e isso é um ritual de embranquecimento. Não havia nenhuma menina negra na vila onde eu morava que não tivesse o cabelo alisado. Era quase uma regra de “limpeza”. Mesmo sabendo da artificialidade e de como era difícil e doloroso, todas se embranqueciam. Tinha de fazer. Poderia até faltar comida, mas o alisante estava lá todo final do mês. Eu não precisava me preocupar com isso, afinal “Deus foi bom comigo” – foi o que uma vizinha de mamãe falou.

              Realmente eu não me preocupava. Até que um dia vi uma de minhas amigas sem cabelo. O cabelo havia caído e a química queimado o couro cabeludo. Ela chorava e eu não sabia o que falar. Disse pra ela que ela não precisava fazer mais aquilo. E ela disse que não poderia sair na rua com “o cabelo ruim”. Ela queria “um cabelo bom”. Ou melhor, um cabelo de branco como o meu! Ao vê-la sofrer tanto, percebi um dos meus primeiros privilégios.

              Lembro da gente saindo para festas e como era mais fácil me arrumar. Não tinha muito que pensar nestas horas. E olha que eu nem era tão “feminina” assim. Uma delas ficava muito insegura, arrumando o cabelo o dia todo, tentando deixá-lo o mais liso possível. O mais próximo do “desejável”. Nesta época, as meninas molhavam o cabelo para deixar menos crespo, molhavam o cabelo toda hora no banheiro. Os meninos as chamavam de “as molhadinhas”. Em locais de “caça”, eu e as outras meninas brancas ficávamos despreocupadas. Sabíamos que pelo menos dois meninos iam nos tirar pra dançar. Com elas, nem isso.

              Hoje sei tal realidade é definidora da saúde mental de uma pessoa. Influencia em sua identidade, na ausência ou não de autoconfiança e no decorrer de seu futuro e visão de mundo. Eis outro privilégio.

              Não precisar agradar tanto um menino, evita um cem número de violências de gênero. Poder dizer não, se ele quisesse transar sem camisinha, era a possibilidade de “negociar” o uso do preservativo, sem medo de perder o cara. O que me dava coragem de dizer “não” era o fato de ele me aceitar como eu sou: branca.

              mulher-negra-privilegios

              Para as meninas negras era contrário .

              A “insegurança” nascida do racismo fazia que elas se submetessem a “tudo” que o cara quisesse, pois não tinham a certeza que outro poderia querê-las. Transar sem camisinha é comum nas periferias nascidas com o fim da escravidão. O racismo faz com que meninas negras façam coisas que não querem fazer. Na descoberta do corpo e da sexualidade, as meninas negras se encontram muito mais vulneráveis a uma gravidez do que meninas brancas. Era como se esta “ficada” fosse a única chance de uma noite ou de uma vida toda.

              mulher-branca-privilegios

              O tratamento que uma de nós recebe é diferente, mas a menina com mais melanina e que tinha o fenótipo negro mais marcado, nos disse o quanto o cara havia invadido o corpo dela. Numa dessas invasões, ela acabou engravidando. Mesmo ainda não sendo feminista fui a única que dei a opção do aborto. Mas para elas, que sentiam que pouco tinha a conquistar, “perder” um filho é inimaginável.

              Mesmo sabendo que várias mulheres havia realizado o aborto, ela teve o filho.Um lindo menino de fenótipo negro. Mas de olhos verdes, pele branca e “cabelo amarelado”. Ele era o orgulho da casa. Outro privilégio: uma criança “não-negra” no meio de seis crianças negras se destaca. Eu via como esta criança era tratada e como as outras eram apagadas da existência.

              Hoje enquanto mulher branca reconheço outros vários privilégios. Sei como é dolorido abrir mão de privilégios, mas quis abrir mão deles. Sei que reconhecer meu privilégio é fundamental para o fim do racismo e sei que em alguns espaços é importante me posicionar, pois vivendo o politicamente correto, os brancos construíram sua identidade em cima do racismo, se somos o que somos, se temos esta auto estima é porque outros tiveram rasgadas sua identidade e reconhecer estes privilégios é um dos poucos papéis que os brancos tem para a eliminação do racismo.

              Para as minhas amigas os objetivos, os sonhos que elas conseguiram alcançar, as vontades e os limites eram totalmente diferentes dos que a sociedade me ofereceram.  Hoje uma delas trabalha como vendedora e outra de doméstica, enquanto eu sou uma “cientista social”. Eis mais um privilégio que não me envaidesse, mas comprova a lógica expostas neste texto.

              Conclusão:

              Por que é preciso enegrecer o feminismo?

              No capitalismo a liberdade é medida por um bom cargo, por uma alta remuneração, pelo acúmulo de propriedades e dinheiro e principalmente pelo número de pessoas excluídas. Este é o principal indicativo que comprova como a sociedade das desigualdades sexuais se estruturou em oferecer privilégios miseráveis,  para algumas mulheres, que  garantam a manutenção do que se originou com o primeiro patriracado: a exclusão social/sexual.

              O sistema econômico patriarcal não quebrará mesmo se todas as mulheres assumirem todos postos de chefia da política, dos bancos e das industrias, pois isso significará que os homens da alta burguesia, donos de 99% das grandes propriedades privadas¹, estarão apenas nos colocando pra gerenciar a exploração dos homens pobres e de outras mulheres. E nem mesmo se este bolo for dividido entre os gêneros, ainda assim, existirá mulheres aliendas, com seus corpos excluidos, das riquezas materiais e humanas.

              No capitalismo, nem todas as atividades são transformadoras ou geram mais-valia e bem sabemos que, numa sociedade hieraquizada, jamais existirão cargos de chefia para todas as pessoas, o que garante a hierarquia da desigualdade economia, ou seja, no atual sistema econômico patriarcal, assim como em sua origem, a tal liberdade não é para [email protected] . Se hoje existe alguma “liberdade para as mulheres” no Brasil, não é por que nós somos mulheres, mas por nós seremos brancas ou burguesas. Assim como há espaço para algumas mulheres gerenciarem a exploração alheia, também existe (em menor escala) os mesmo cargos de gerência para algumas pessoas da comunidade negra (lógico que mais para os homens, do que mulheres, já que a economia responde as lógicas do machismo). Introduzir uma pequena parte dos excluidos dentro dos sistemas patriarcais é uma tática de manutenção que existe desde os tempos da Roma Antiga.
              Se quase 50 anos após a comercialização das pílulas contraceptivas, ainda precisamos urgentemente da construção de creches, em parte, isso nos revela o quanto as conquistas do movimento de mulheres burguesas, responderam as necessidades imediatas impostas pelo próprio capitalismo. A filhas dos grandes burgueses brancos e da classe média urbana, na maioria, foram as que mais colheram os frutos de tais conquistas. Conquistas estas que converteram as antigas operárias das fábricas, em vendedoras de magazines e funcionárias de fraldeiros.

              Leila Gonzales

              Se as mulheres negras, em sua maioria, continuam em  condições tão próximas da imediata anulação do escravismo, conclui-se que as “melhoras tão midiáticas” não ocorram para a grande massa de mulheres brasileiras. Se as mulheres, que hoje trabalham em atividades de grande status, precisam de outras mulheres para cuidarem de seus lares e filhos, perguntamos quem são estas cuidadoras e onde estão os filhos destas mulheres?

              É fundamental para a construção de uma consciência feminista mais ampla, que nós não venhamos a nos referir a questões raciais como um “altruísmo humanista”, comum aos filósofos brancos, mas como uma questão fundamental para uma nova elevação das práxis feministas.

              Isso fica fácil de reconhecer e comprovar quando usamos as mesmas letras da grande LÉLIA GONZALEZ :
              “Em pesquisa que realizamos com mulheres negras de baixa renda (1983), muito poucas, dentre nossas entrevistadas, começaram a trabalhar já adultas.Migrantes na grande maioria (principalmente vindas de Minas Gerais, do Nordeste ou do interior do Estado do Rio de Janeiro), e muitas vezes já tendo “trabalhado na roça”, entravam na força de trabalho por volta dos 8-9 anos de idade para “ajudar em casa”. Desnecessário dizer que, nos centros urbanos, começavam a trabalhar “em casa de família”, além de tentarem freqüentar alguma escola. Pouquíssimas conseguiram “fazer o primário”. Um dos depoimentos mais significativos para nós, o de Maria, fala-nos das dificuldades da menina negra e pobre, filha de pai desconhecido, em face de um ensino unidirecionado, voltado para valores que não os dela. E, contando seus problemas de aprendizagem, ela não deixava de criticar o comportamento de professores (autoritariamente colonialistas) que, na verdade, só fazem reproduzir práticas que induzem nossas crianças a deixar de lado uma escola onde os privilégios de raça, classe e sexo constituem o grande ideal a ser atingido, através do saber ‘por excelência’, emanado da cultura ‘por excelência’: a ocidental burguesa.”

              Observem as características sócioculturais das pessoas a quem estes números “antigos” (1983) se referem, são os mesmo perfis da pesquisa que a Organização Internacional do Trabalho revelou em seu último relatório.

              Se certa vez“sua mente já desejou a insurreição e suas mãos trabalharam para a revolução”, te perguntamos o que é revolução (feminista)?

              Com certeza, ela não é a mínima igualdade salarial, ou a conquista de espaços economicamente planejados no mercado de trabalho, que produzem ainda mais mais-valia, ou a exigência de representação nos altos cargos políticos de um  Estado estruturado para violentar mulheres e exterminar pessoas pobres e negras.

              Muito sabiamente, Maquiavel disse: “dividir para dominar”, e nós feministas (brancas) certamente, ao de não denunciarmos os privilégios miseráveis que o patriarcado nos oferece como mulheres brancas (para nos manter dentro de nossa condição de mulher), contribuimos para confirmar as maquiavélicas estruturas do “príncipado burguês”. Ainda bem, mas a custo de muito sofrimento, que sempre existe uma feminista (negra) que levanta a mão e coloca, nas pautas de nossas reuniões, a ferida aberta da opressão racista patriarcal. Até o dia que ela se cansa de falar e, assim como também fizeram (fizemos com) as meninas negras da escola, que se sentavam ao nosso lado na carteira) ela sae de nosso lado e vai buscar sozinha (com as demais companheiras) seu lugar ao sol. Que esta realidade mude, antes da nova primavera dos povos (feministas).

              Viva o movimento Feminista!

              Sueli Carneiro: Enegrecer o Feminismo: A Situação da Mulher Negra na América Latina a partir de uma perspectiva de gênero

              *- para escrever este texto também tivemos como referência os linques abaixo:
              http://www.fazendogenero.ufsc.br/8/sts/ST69/Regina_Marques_Parente_69.pdf

              http://www.fundaj.gov.br/geral/observanordeste/valdenice.pdf
              http://aqueladeborah.wordpress.com/2010/04/09/os-privilegios-em-ser-branca/
              http://asppir.wordpress.com/artigos/a-opiniao-de-uma-mulher-branca-acerca-da-mulher-negra-e-a-resposta-de-um-homem-negro/
              http://oglobo.globo.com/ciencia/mat/2011/02/17/brasileiros-sao-mais-europeus-do-que-se-imaginava-923828390.asp
              http://webcache.googleusercontent.com/search?q=cache:Tm6wln6iSCsJ:portaldovoluntario.org.br/blogs/54329/posts/228+o+racismo+das+mulheres+brancas&cd=8&hl=pt-BR&ct=clnk&gl=br&source=www.google.com.br
              http://www.fazendogenero.ufsc.br/8/sts/ST69/Silvana_Verissimo_69.pdf
              http://www.ueangola.com/index.php/criticas-e-ensaios/item/190-o-corpo-feminino-da-na%C3%A7%C3%A3o.html

              Fonte:Maçãs Podres

              Tags: Angela DavisConceição EvaristoLélia GonzalezMulher NegraPrivilégio brancoQuestões de GêneroSueli Carneiro
              PLPs em Ação - Geledés no enfrentando ao corona virus PLPs em Ação - Geledés no enfrentando ao corona virus PLPs em Ação - Geledés no enfrentando ao corona virus
              Postagem Anterior

              ‘A situação está muito difícil’, diz fundador do AfroReggae

              Próxima Postagem

              Eleonora Menicucci: Respeito às mulheres que sofrem violência sexual

              Deixe um comentário abaixo, sua contribuição é muito importante.

              Artigos Relacionados

              Imagem: Arquivo Pessoal
              Violência Racial e Policial

              “Lutei e provei inocência do meu filho, hoje ajudo mães em penitenciárias”

              18/01/2021
              Agência Brasil/EBC
              Mulher Negra

              Mulheres pretas

              09/01/2021
              África e sua diáspora

              Como cientista da Nasa de Uganda, Catherine Nakalembe, usa satélites para impulsionar a agricultura

              03/01/2021
              A deputada estadual Erica Malunguinho (PSOL), em retrato feito na Alesp (Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo) Imagem: Bruno Santos/Folhapress
              LGBTQIA+

              Érica Malunguinho: “Trans têm mais a oferecer do que apenas pautas LGBTs”

              02/01/2021
              Imagem: Quadro Negro
              Violência Racial e Policial

              Em 2020, o negro ainda é útil ao colonizador

              30/12/2020
              (Foto: @EZEKIXL/ Nappy)
              Questões de Gênero

              Representatividade na propaganda ainda está longe do ideal, diz pesquisa da ONU Mulheres e Heads Propagands

              20/12/2020
              Próxima Postagem
              Eleonora Menicucci

              Eleonora Menicucci: Respeito às mulheres que sofrem violência sexual

              Últimas Postagens

              Rainha Abla Pokou (Foto: Imagem retirada do site DW)

              Rainha Abla Pokou: Mãe do povo Baoulé da Costa do Marfim

              23/01/2021

              Posicionamento da Coalizão Negra por Direitos sobre a Comissão de Juristas da Câmara Federal destinada ao aperfeiçoamento da legislação de combate ao racismo

              Jéssica Ellen canta a Umbanda e celebra ancestralidade em ‘Macumbeira’: ‘Conexão espiritual’

              Brasil: etnocracia branca contra a maioria negra

              Irmãs de 16 anos são alvos de racismo e sexismo no Rally Dakar; FIA repudia

              Tatiana Tibúrcio ganha o prêmio APCA de Melhor Atriz por atuação em ‘Falas Negras’

              Artigos mais vistos (7dias)

              DAVE KOTINSKYGETTY IMAGES

              Quem é Amanda Gorman, a poeta de 22 anos convidada para a posse de Biden

              20/01/2021
              Regé-Jean Page (Foto: Reprodução/Instagram)

              Quem é Regé-Jean Page, a estrela da série “Bridgerton”?

              13/01/2021

              52 nomes africanos femininos e masculinos para o seu bebê

              31/03/2020
              Diego Reis, CEO do Banco Afro | Divulgação/Imagem retirada do site o Globo

              Banco Afro atinge 30 mil clientes com salto após declaração de sócia do Nubank

              13/01/2021
              O protagonista de "Os Intocáveis", Omar Sy, (Foto: Jordan Strauss/Invision/AP - Jordan Strauss)

              Além de Lupin: conheça a carreira de Omar Sy em 5 filmes

              16/01/2021

              Twitter

              Facebook

              • "O artigo inicia-se a partir do conceito de cultura no sentido geral, antropológico. Entre os tantos termos que são utilizados para definição de cultura. Neste artigo, cultura será analisada por meio dos próprios atores que a promovem, nas esferas sociais e políticas. Além disso, por ser o samba rock uma manifestação cultural contemporânea e em avanço, foi analisado o conceito de que para uma cultura em observação, as variáveis são muitas e estão em pleno acontecimento, construção e evolução." Leia o Guest Post de Edneia Limeira em www.geledes.org.br
              • A coluna NOSSAS HISTÓRIAS desta quarta-feira vem com a assinatura da historiadora Iracélli da Cruz Alves! O tema “Mulheres negras, política e cultura do cancelamento no Brasil republicano” é abordado no artigo e no vídeo nos quais ela oferece reflexões a partir de registros da atuação de mulheres negras integrantes do Partido Comunista Brasileiro (PCB) na década de 1940! Confira um trecho: “O que essas mulheres têm em comum? Todas eram comunistas, trabalhadoras e muito provavelmente negras, como é perceptível nas poucas imagens que até hoje encontrei. Além disso, não podemos esquecer que a classe trabalhadora brasileira tem sido majoritariamente negra, o que aumenta a probabilidade de essa pressuposição fazer sentido para os casos em que não acessei registros fotográficos. Outro ponto em comum em suas trajetórias é que todas participaram ativamente da vida política do país em meados do século XX, atuando significativamente no partido no qual escolheram militar. No entanto, foram praticamente esquecidas (ou silenciadas?) tanto pela historiografia política do Brasil quanto pelas narrativas históricas sobre o PCB. Os nomes delas, na maioria das vezes, nem sequer são citados.” Leia todo o artigo no Geledés: https://www.geledes.org.br/mulheres-negras-politica-e-cultura-do-cancelamento-no-brasil-republicano/ Veja o vídeo no Acervo Cultne: https://youtu.be/pS35-3RuNMc
              • Já que o mundo está em medida de contenção social, acredito estar diante de um dos maiores desafios que o ser humano possa receber da vida, que é o de ter a oportunidade de ficar sozinho e explorar a sua consciência, conhecer quem é essa pessoa que cohabita em meu corpo, ou seja tentar descobrir quem “eu dentro de mim”. Leia o Guest Post de Tatiane Cristina Nicomedio dos Santos em: www.geledes.org.br
              • Enfermeira Monica Calazans, primeira pessoa vacinada em território nacional
              • "Escolhi parafrasear no título do presente guest post a escritora brasileira, Conceição Evaristo, que constrói contos e poemas reveladores da condição da população negra no país. A intelectual operaciona a categoria de “escrevivência”, através de uma escrita que narra o cotidiano, as lembranças e as experiências do outro, mas sobretudo, a sua própria, propagando os sentimentos, as lutas, as alegrias e resistências de um povo cujas vozes são silenciadas." Leia o Guest Post de Ana Paula Batista da Silva Cruz em: www.geledes.org.br
              • ✊🏾 1960-1970: Grupo Palmares de Porto Alegre e a afirmação do Dia da Consciência Negra ✊🏾 Está disponível mais uma sala da Exposição “20 de Novembro - Dia Nacional da Consciência Negra” no Google Arts & Culture! Link: https://artsandculture.google.com/culturalinstitute/beta/u/4/exhibit/1960-1970-grupo-palmares-de-porto-alegre-e-a-afirma%C3%A7%C3%A3o-do-dia-da-consci%C3%AAncia-negra/tgLSJakjmcizKA 🙌🏿 Esta sala é especialmente dedicada à movimentação do Grupo Palmares em Porto Alegre, fundado em 1971, afirmando o Vinte de Novembro como Dia da Consciência Negra. Em 2021, o Vinte completa 50 anos! Conecte-se ao compromisso de ativistas negros e negras gaúchas em defesa de uma história justa sobre as lutas negras por liberdade por meio de depoimentos, fotografias, poemas, anotações, cartas, entre outros documentos. Vamos junt@s! 🖤 O material pode ser acessado em português e inglês e é mais um resultado da parceria entre a Rede de HistoriadorXs NegrXs(@historiadorxsnegrxs , Geledés Instituto da Mulher Nega e o Acervo Cultne! (@cultne) 🎉 Ao longo de todo 2021, muitas outras “Nossas Histórias” sobre vidas, lutas e saberes da gente negra serão contadas em salas de exposições virtuais!
              • "A história do indigenismo no século XIX tem importantes pontos de conexão com a história do tráfico escravista. A investigação dessas conexões permite compreender como possibilidades de branqueamento foram projetadas na nação brasileira, para além da mais conhecida: a imigração europeia ocorrida entre o último quartel do século XIX e 1930." Leia o artigo do historiador Samuel Rocha Ferreira publicado na coluna “Nossas Histórias” **A coluna “Nossas Histórias” é uma realização da Rede de Historiadoras Negras e Historiadores Negros em parceira com o Portal Geledés e o Acervo Cultne.
              • "Afirmar que este ano foi ganho para a EDUCAÇÃO parece beirar à cegueira. Escolas fechadas, estudantes, professores, gestores todos os servidores em casa e sem aulas presenciais." Leia o Guest Post de Jocivaldo dos Anjos em: www.geledes.org.br
              Facebook Twitter Instagram Youtube

              Geledés Instituto da Mulher Negra

              GELEDÉS Instituto da Mulher Negra fundada em 30 de abril de 1988. É uma organização da sociedade civil que se posiciona em defesa de mulheres e negros por entender que esses dois segmentos sociais padecem de desvantagens e discriminações no acesso às oportunidades sociais em função do racismo e do sexismo vigentes na sociedade brasileira.

              Fique em casa

              Rainha Abla Pokou (Foto: Imagem retirada do site DW)

              Rainha Abla Pokou: Mãe do povo Baoulé da Costa do Marfim

              23/01/2021
              Foto: Reprodução/ Coalizão Negra por Direitos

              Posicionamento da Coalizão Negra por Direitos sobre a Comissão de Juristas da Câmara Federal destinada ao aperfeiçoamento da legislação de combate ao racismo

              23/01/2021
              Jessica Ellen em foto de divulgação do single Pomba Gira (Foto: Gabriella Maria)

              Jéssica Ellen canta a Umbanda e celebra ancestralidade em ‘Macumbeira’: ‘Conexão espiritual’

              22/01/2021

              1997 - 2020 | Portal Geledés

              Sem resultados
              Ver todos os resultados
              • Home
              • Geledés
                • O Geledés
                • Quem Somos
                • O que fazemos?
                • Projetos em Andamento
                  • PLPs em Ação – Geledés no Enfrentamento ao coronavírus
                • Apoiadores & Parceiros
                • Geledés no Debate
                • Guest Post
                • Gęlędę na tradição yorubá
                • Publicações de Geledés
                • Geledés 30 anos
                • Memória Institucional
                • Worldwide
              • Questões de Gênero
                • Mulher Negra
                • Violência contra Mulher
                • LGBTQIA+
                • Sueli Carneiro
                • Marielle Franco
              • Questão Racial
                • Artigos e Reflexões
                • Casos de Racismo
                • Cotas Raciais
                • Violência Racial e Policial
              • Em Pauta
              • Discriminação e Preconceitos
                • Defenda-se
              • África e sua diáspora
                • Africanos
                • Afro-americanos
                • Afro-brasileiros
                • Afro-brasileiros e suas lutas
                • Afro-canadenses
                • Afro-europeus
                • Afro-latinos e Caribenhos
                • Entretenimento
                • Esquecer? Jamais
                • Inspiradores
                • No Orun
                • Patrimônio Cultural

              1997 - 2020 | Portal Geledés

              Welcome Back!

              Login to your account below

              Forgotten Password?

              Create New Account!

              Fill the forms bellow to register

              All fields are required. Log In

              Retrieve your password

              Please enter your username or email address to reset your password.

              Log In

              Add New Playlist

              Utilizamos cookies para fornecer uma melhor experiência para os visitantes do Portal Geledés. Ao prosseguir você aceita os termos de nossa Política de Privacidade.OKVer Política de Privacidade